O VINGADOR NEGRO - JUSTIÇA TARDIA, MAS INFALÍVEL CAPÍTULO 26

O bandido urrou de dor quase não conseguindo levantar-se do solo arenoso. Quando levantou, olhou para o mascarado e disse...

- Seu miserável. Finalmente conseguiu me pegar.

O Vingador Negro retrucou:

- Demorou sim, mas peguei. Ninguém escapa por muito tempo do Vingador Negro! E você não vai escapar dessa incólume. Você merecia muito mais que essa chicotada. Mas vou assistir de camarote a vingança de um pai.

- Como assim? – perguntou Jerry.

- Francisco pode vir.Eu vou deixar você uns instantes com esse imbecil que pensa que pode tudo, mas no fundo, não pode nada. Acho que você merece a chance de dar uns sopapos nele para aprender mais a usar crianças para fazer chantagem.

- Tenha certeza que ele vai se arrepender disso.

O vingador se afastou e deixou Francisco e Jerry juntos para que lutassem. Chamou Lupito para assistir a luta.

- Esse cara nunca vai ganhar do meu pai – disse Lupito.

- Como tem tanta certeza amiguinho?

- Ele era um boxeador quando era mais novo.

O Vingador resolveu observar melhor a luta.

Jerry correu para cima de Francisco tentando derrubá-lo, mas quando chegou perto o bastante recebeu um soco de direita. A lua estava muito bonita nesse dia e deixava quem estava perto ver o que acontecia.

Jerry demorou para se levantar, mas quando estava em pé recebeu uma voadora  que o jogou nas margens do rio desmaiado.

- Pronto vingador. Não tenho mais o vigor de antes mas acho que ele recebeu uma dura lição mesmo com esses poucos golpes.

- Deus me livre de lutar contra você Francisco – disse o Vingador e os três sorriram.

No dia seguinte...

Eu estou muito grato por tudo Vingador Negro. Você será sempre bem-vindo aqui.

Lupito se abraçou nas pernas do mascarado e disse de cabeça baixa, quase chorando...

- Eu não queria que você fosse embora...

O vingador percebeu que o menino se afeiçoara a ele e se acocorou ficando no mesmo nível de Lupito:

- Não fique triste. Nós vamos nos ver muito ainda. E tirou do bolso uma insígnia e deu a ele.

- A partir de hoje você faz parte do clube dos Vingadores. Membro honorário.

 - Obaaaaaa!!!! Viu Pai? Eu sou membro do clube do Vingador!

- Quando precisar estou às ordens.

Lupito pediu para o mascarado o colocar no colo e assim que foi feito, deu um beijo no rosto dele o que fez descer uma lágrima. Depois pôs o menino no chão e seguiu em frente.

Uma hora depois no Posto...

- D. Alvarenga seguirei em frente, mas a cinco quilômetros de Laredo, tenho que parar, pois não é mais minha jurisdição. Se ele tiver passado a fronteira, então nem o Xerife de Laredo poderá ajudar.

- Xerife, eu vou com o senhor. Tenho que encontrar D. Gabriel.

De repente um cavaleiro todo de negro em seu cavalo vai em direção ao prédio do posto e joga um homem que ia na garupa amarrado na frente do imóvel. Em seguida sai em disparada.

Os homens do Xerife ficaram tão surpresos que não esboçaram reação.

- Era o Vingador Negro – disse D. Alvarenga.

O Xerife correu até o posto e viu o homem sentindo dores.

- Ora,ora,ora, se não é o tal Jerry que estamos caçando.

- Xeri-fe... uuuhnnn, ai meu braço... tem um bilhete pra vc no bolso da camisa – disse o bandido.

O xerife abriu o bolso dele e tirou uma pequena folha de papel que dizia:

- Aí está o meliante que lhe prometi. Com os cumprimentos do Vingador Negro.

- Hunf! Esse mascarado gosta de dar presentes...

- Bom, já que o bandido está aqui então está tudo resolvido. Peguem ele e botem em um cavalo com dois homens vigiando. Um na frente outro atrás. Vamos voltar para San Antônio.

D. Alvarenga irritado, perguntou se o Xerife não ia procurar D. Gabriel.

O xerife respondeu:

- O Sr. acha que um janota ia entrar em brigas? Francamente!

Horas depois...

- Aí está o seu D. Gabriel D. Alvarenga ah!ah!ah!ah! –disse o xerife rindo.

- D. Gabriel o senhor está aqui há quanto tempo? – Perguntou D. Alvarenga.

Eu tive problemas no rio, na volta encontrei um homem que morava na floresta, comprei um cavalo dele e voltei para cá. Pensei que estava ocupado, por isso não voltei ao posto, e a propósito Xerife ainda vai cobrar aquele dinheiro do pobre vendedor de frutas?

- Como estou de bom humor porque EU peguei esse bandido, vou liberar. Pode vender a vontade, mas sem confusão.

Neste momento. D. Gabriel deu uma gargalhada.

CONTINUA...

Alcí Santos
Enviado por Alcí Santos em 09/03/2023
Código do texto: T7736485
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