O VINGADOR NEGRO - JUSTIÇA TARDIA, MAS INFALÍVEL CAPÍTULO 25
Francisco e Lupito mergulharam bem fundo. O menino que vira D.Gabriel indo para o fundo e Francisco que fora atrás do filho achando que era imaginação.
Em certo momento Lupito olhou para trás e viu seu pai. De repente Lupito apontou em uma direção e o pai do menino viu o corpo de descia devagar até o fundo do rio. Resolveu então a nadar e a salvar o homem. Era D.Gabriel.
Já com o ar lhe faltando Francisco pegou o homem e o levou para a superfície, onde com a ajuda de Lupito colocou na jangada. Imediatamente fez os procedimentos de primeiros socorros. Foi quando D. Gabriel deu três tossidas, voltando à consciência. Quando viu Francisco quis levantar-se, mas este o empurrou de volta.
- Homem, descanse um pouco. Por muito pouco você não morreu afogado.
- D. Gabriel tossiu mais duas vezes e disse para Francisco:
- Obrigado senhor. Estou em dívida.
- Se está em dívida não é comigo e sim com meu filho Lupito.
D. Gabriel olhou para o outro lado e viu o pequeno moleque daqueles que são baixinhos e tem aquele corte estilo dos índios brasileiros. O mesmo sorria bastante e disse.
- Tio o senhor escapou de uma boa. Se não tivesse lhe visto...
O menino falou de uma maneira tão autêntica que D. Gabriel riu.
Depois foram para a orla e D. Gabriel ficou descansando mais um pouco na casa deles que ficava na margem do rio.
D. Gabriel ficou como hóspede até recuperar as forças, foi quando resolveu ir embora.
- Francisco te agradeço muito por tudo e a você Lupito, agradeço por ter salvo a minha vida, mas tenho que ir. Vocês tem minha palavra que a partir de hoje viverão da forma que gostam, mas não mais lhe faltará nada nunca. Dou-lhes minha palavra.
Perto dali...
- Estou sentindo o cheiro de fumaça. Mas não é cheiro de folhas queimadas. Alguém tem uma fogueira acesa aqui por perto – disse Jerry.
O bandido andou mais à frente e localizou a casa onde estavam os mais novos amigos.
Neste momento Lupito saiu pelo outro lado para pegar água no rio. A fogueira crepitava na frente da casa iluminando até o rio.
- Pois é, mas não vai levar isto?
Francisco mostrou o traje do Vingador Negro para D. Gabriel.
-Isto estava preso em sua cintura quando o encontramos.
- Francisco, isso é uma longa história – disse D. Gabriel olhando nos olhos do homem.
- D. Gabriel eu vou pouco à cidade mas das vezes que fui ouvi relatos que tem um homem que procura ajudar a lei que se veste todo de negro. Não precisa falar nada, aqui seu segredo está salvo. Tem minha palavra.
- Eu te agradeço muito Francisco. Tenho medo de pôr em risco a vida das pessoas que convivem comigo, por isso luto dessa forma.
- Eu sei, não se preocupe. Agora entendo tudo. Vá lá atrás da casa e veja o que tem para você.
Um minuto após D. Gabriel sair da sala, o facínora entra em posição a dar uma gravata mortal em Lupito.
- Parado ai homem, ou mato o garoto.
Francisco ao ver Lupito, fez menção de atacar mas o bandido pegou as duas mãos e disse:
- Se você der mais um passo eu quebro o pescoço dele.
Francisco ficou arrasado e teve que obedecer.
- Tudo bem senhor por que faz isso?
- Cale-se. Quero comida e whisky já!
- Senhor não tomo essa bebida. Vivo do trabalho no rio tenho só suco de frutas.
- Você deve estar brincando comigo.
- Não senhor, é a verdade.
Atrás da casa, momentos antes...
- Eu nem estou acreditando no que estou vendo. Meu cavalo e minhas coisas. Francisco deve ter pego durante o período que cai no mar. Ele deve ter vindo sozinho para cá.
Quando ia voltando para agradecer, ouviu a conversa dos dois...
- Então traga logo essa praga de peixe se não quiser que eu mate o moleque e nem pense em fazer algum truque - disse Jerry
- Sim senhor
D. Gabriel rapidamente vestiu as roupas de Vingador Negro e pegou o chicote que estava no cavalo.
Neste momento...
- D. Gabriel me ajude, ele vai matar Lupito – Disse Francisco desesperado.
- Eu não vou deixar, mas volte para dentro e faça o que ele mandar. Ele não pode suspeitar que estou aqui.
- Certo.
O Vingador deu a volta na casa por fora cautelosamente sem que Jerry notasse nada.
Ao chegar próximo à fogueira, pegou o balde cheio d’agua que Lupito fora pegar no rio quando foi capturado.
Aproximou-se da janela e enquanto o homem comia, Lupito olhou em uma oportunidade na janela. Mostrou o balde e o pé. Imediatamente Lupito entendeu.
Jerry comia avidamente um peixe assado quando...
As luzes da fogueira apagaram deixando somente a luz da lua banhando a casa.
Lupito deu um pisão no pé de Jerry e esse gritou. Lupito rapidamente se desvencilhou do bandido e correu para fora. Francisco correu por trás e fechou a porta. Jerry atônito correu para fora e sentiu uma forte chicotada estalar em sua costa.
CONTINUA...