O malandro da maloca
Amanhece mais um dia e o jovem malandro vem gingando, cantando e tirando muita onda com o seu gingado Brasileiro de sambista nato que é_ e de encontro com ele vem descendo a massa trabalhadora deste morro próximo de sua casa, onde ele mora sozinho e sem pagar aluguel. Pois a velha maloca foi herança de um velho avó que ganhou a casa de um português que deixou tudo para voltar a Portugal. Antes da gripe espanhola dizimar toda a sua família.
No entanto isto não foi justificativa para desistir de viver ou como seria mais adequado sobreviver entre a cruz e a espada e entre um dia de fome e um dia de fartura e assim foi se passando os anos, onde este moço aprendeu todas as manhãs da boa malandragem nas tais ruas do velho Rio. E sem se deixar abater ele seguiu em frente, sendo apatriado pelo um velho malandro mais velho e experiente que lhe ensinou todas as jogadas da malandragem.
E os anos se passaram e o jovem malandro se tornou respeitado e onde ele passava a sua presença era notada no meio da comunidade, no morro ou no asfalto. Isto era em plena era Vargas, onde a palavra de ordem era trabalho, ordem e progresso. Todavia no submundo da árdua realidade as regras eram diferentes e eram outras. Porém só quem vive na periferia sabe como é viver as agruras do cotidiano da vida real.