UMA NOITE NA FLORESTA
A noite caia serenamente. Sobre a escuridão das montanhas, o frio intenso e a umidade estendiam-se por todas as partes. Debaixo das árvores, musgos e folhas molhadas. As chuvas não davam tréguas. O orvalho serenava como uma cortina branca que se estendia por todos o vale. Apensas insetos: formigas e pernilongos, de vez em quando escorpiões e lacraias surgiam em nossa frente – era o entardecer mais triste que vivi.
Não posso negar, que houvesse ali as condições ideais de sobrevivência! Talvez eu não soubesse explorar. A vida parecia eterna ao nosso redor. Nesse ambiente hostil, como muitas águas escorrendo sobre os nossos pés, apenas pedras ladeadas de arbustos e árvores gigantesca, em nosso caminho, fazia nos esquecer do frio e do esgotamento físico e mental que pesava sobre os nossos corpos.
Os meus pés doíam, quando tocava ao solo rochoso, molhado!... Mas precisava andar. Da pouca energia que me sobrara, era tudo que tínhamos para atravessar aquele vale sombrio. De vez em quando, o som do canto assustador de alguns pássaro de hábitos noturno. No instante silenciava os insetos, que em coro imitiam sons intermináveis.
Era, cedo da noite. Um turvo caminho surgia na nossa frente. Aquele caminho estreitos e sujo, estendia-se na nossa frente, ao longo da mata, às vezes evadido por arbustos e árvores retorcidas, indicando que há muito tempo ninguém passava por ali.
Atônitos, com a possibilidade de uma serpente, cruzar o nosso caminho, o medo era constante. Deparar com algum animal naquele caminho, não era algo inusitado! Uma vez que o horário era propício e não tínhamos como repousar.
A vida nem sempre é perfeita. Às vezes experienciamos situações que jamais esqueceremos. Aquele dia na mata me marcou para sempre. Nem só a mim, mas a todos que vivera aquele terrível enoitecer. Mas confesso aos senhores que foi a melhor experiencia que vivi em minha vida.