O REINO DO NORTE E6
Horácio vem de encontro a Elizandro que faz menção de desembanhar sua espada de corte mortal, porém é lembrado por Micael e pelo general Veiga de sua precária posição naquele castelo e nova forma de governo, o rei recebe a carta em mãos e sobe no púlpito de onde inicia a leitura.
"Caros e leais servos, povo deste reino imenso em bravura e de vasta fartura nas mesas de seus habitantes.
Nisto inicia-se uma vaia estrondoza orquestrada por Anastácia e Luana, logo a guarda do reino junto aos soldados do sul rodeiam o púlpito no intuito de lembrar a todos sob a nova forma de governo e ordenança.
" Á partir de hoje eu deponho meu poder e crio o império do Norte - Sul, um grande e vasto contrato de fé, caridade e troca de tecnologia, além de quê passaremos a nos estabelecer e firmar grandes acordos nos cultivos, distribuição de terras e informações relevantes a certames e periódicos no que diz a politica de gestão e empenho financeiro.
Quero deixar claro que continuo sendo o rei do Norte porém em comum acordo com as ligações e políticas de governo beneficiários do Sul.
A carta segue em outras demandas e comandas que outros escritos talvez lhes sejam relatados, as lágrimas de Elizandro são vistas por alguns aldeães que na sua maioria comemoram a nova forma de governabilidade, principalmente a divisão de terras para as classes mais baixas e o fim as regras feministas de Samantha no requer de gostos e vaidades do público de seu sexo.
As mulheres gritam e calçolas são arrancadas e jogadas ao ar que faz alguns soldados e guardas do reino resgatarem e colocarem nos bolsos.
A cerimônia do casamento de Elizandro fora recheada de desacertos por parte da alta e média classe discutindo sobre boas perdas de regalias para o Sul, inclusive o acesso exclusivo pelas vias nas montanhas de Arús.
O clima ficou ainda mais forte diante ao boato de que pela manhã seria expedido um documento de ordem a valores no comércio e pagamento de servos dando fim ao regime de rações e roupas.
Ai sim a gritaria foi geral, pelas ruas, becos, vielas só haviam festejos e gente bêbada a gritar pela liberdade tanto querida e angústiada.
Como dito pela manhã saiu vários documentos colocados em vias públicas, praças e bancas do comércio, ninguém mais trabalha por menos de 500 mil Dens, a nova moeda nasceu junto com a necessidade de alinhar a questão econômica dos dois reinos.
No sul, o festejo não foi o mesmo quanto a união ao Norte, já que para eles perderam boa parte dos lucros obtidos por meio de contrabandos e troca de conhecimento no mais sujo mercado negro conhecido.
Com o passar, o tempo foi tornando tudo passível para todos e como qualquer população foi aceitnado as variantes e crescentes enxurradas de leis e decretos feitos pelos escriturários do sul junto a Gaspar que foram remanejando e criando outras formas de ganho e lucro até superior a outros tempos.
Um dos mais comentados foi o decreto anexo ao baixo de notas para as profissionais do prazer que agora tem de recolher 5% do ganho a coroa, o que faz algumas casas fecharem por falta de mão de obra, clientes e higiene, agora que fora criada a guarda sanitária, formada por garotos e algumas moças sob ordem do terceiro tenente de assuntos sanitários e biológicos, Muriel ficou no comando deste e realiza diversas incurssões a tavernas e prostíbulos a guetos de baixas classe.
Qualquer irregularidade fica a cargo do agente ali decidir por pagamento no ato de 15 dens ou prisão e o acúmulo de 1000 dens.
Hered veio do extremo Sul para dar aulas de manuseio de alimentos e procedimentos de abates de caprinos, ovínos, suínos e gado.
Grandes instalações foram construídas para estes fins assim ressuscitando os matadouros e frigoríficos, ainda sem total acesso ao quesito tecnológico, câmaras frias, freezers e alguns utensílios dantes proibidos foram colocados no circuito diário daquela gente faminta por novidades e comidas.
O esgoto passou a ser tratado com auxílio de alguns minérios estelares, o povo da lua se torna mais frequente e cobra pelas construções do que seria seus templos, assunto ainda questionável e sempre colocado a segundo plano já que a fé é liberal a todos tendo cada qual sua forma e maneira de exerce-la.
030722.........................
Aléxia olha para os lados, não vendo guardas e soldados ela assovia baixo e logo vários garotos cruzam o corredor com caixas e sacos.
- Para onde senhora?
- Tem um carro fora do castelo, eu acho.
- E se formos pegos?
- Seremos mortos.
- Tem certeza que quer fazer isso, senhora?
- Só me acompanhe, por favor.
Já quase chegando ao portão de acesso a saída de cozinha e depósitos de alimentos.
- Aléxia, o que esta fazendo?
- O que você já deveria ter feito.
- Vai fugir?
- Olhe como tudo mudou, somos desnecessários aqui.
- Para onde vai?
- Resolvo isso bem longe daqui.
- Isso é passível a um..........
- Crime de estado, eu sei muito bem disso, ainda mais com estas loucas idéias e leis que são elaboradas, redigidas e outorgadas a bel prazer do sul.
- Minha irmã sumiu, não sei onde ela está, isso virou um inferno.
- Venha comigo.
- Mais.............
- Então fique e sofra tudo o que eles quiserem.
- Onde poderei te encontrar caso eu mude de idéia?
- Vou ficar na estalagem da Ursúla só por essa noite.
- Vou para lá, me espere.
- Sim, adeus.
- Vai.
Os garotos somem e ela segue até ficar frente a Elizandro.
- Rei.
- Sabia que ia ter algo de noção.
- Por favor, majestade.
- Só vá, vou atrasar no que puder.
- Obrigado sr rei.
- Adeus.
- Adeus.
Fora do castelo, duas carroças elétricas foram carregadas com caixas e sacos, os garotos olham para ela, que lhes dá um valor.
- Dividam.
- Por favor, nos leve junto.
- Não posso, seria uma grande loucura minha, eles iriam atrás, nos matariam.
- Vamos sofrer muito por aqui.
- Não, acredite, este governo preza muito o trabalho, dedicação e mente de vocês.
- O que vai acontecer com a gente?
- Crescerão e serão muito felizes. As carroças são ligadas e seguem, na terceira curva ela se depara debaixo de uma árvore, Roni e seus irmãos.
- Pare o carro, por favor. O veiculo é parado e ela desce.
- O que faz por aqui, deveria estar no cuido dos animais?
- Eles arrumaram um outro.
- E vocês?
- Vão nos mandar para as lavouras do sul.
- Selvagens.
- Não quero ir, nem meus irmãos. Aléxia olha para os lados, decide.
- Entrem logo antes que eu desista.
- Obrigado senhora Aléxia. A carroça é ligada e eles seguem rumo a estalagem, lá chegando, ela compra uma boa quantidade de mantimentos e alguns minérios lunares para abastecer os veiculos, todos bebem água, comem salgados e ela paga a um garoto que fica com um bilhete que será entregue a Jhonatã caso apareça.
- Obrigado.
- Adeus.
De novo na estrada, eles seguem noite adentro até parar frente a ponte tríplice onde ela decide por seguir ao leste.
- São terras cruéis, cheia de assassinos, bandidos.
- Agora somos iguais a eles.