O REINO DO NORTE E4

Montanhas de Kelvin mais ao sul, ali em determinado ponto 3 capelas estão com fogo aceso.

- Por que ela ainda não vaio?

- Não se indaga um ser deste.

- O que foi Jairo, de repente se acovardou na vida?

- Não é isso, eu respeito aquilo que não conheço.

- São seres de fora daqui, sabemos disso, mais não podem nos humilhar assim.

- O que foi Zena, a graça foi reinvindicada, você recebeu quase tudo o que pedira.

- A justiça tem de ser completa.

- Que justiça, ficou louca, o povo do norte vai sofrer tanto quanto a nós por estes tempos.

- Você viu o flagelo, sentiu, soube o que é perder um filho para aquelas pragas.

- Foram frutos de nossas ignorâncias.

- Eu não mandei que abrissem aquele maldito fosso. Grita ela ali diante ao chefe das 8 tribos gélidas.

- Nem eu, Azafe vai pagar, melhor já pagou, perdeu 3 filhos, 2 mulheres.

- Aquele homem é um merda de guerreiro.

- Ele te livrou dos Aicás.

- Aquela gente é selvagem mais conhece o peso do ouro.

- Tanto que acabou com o que tinha.

- Eu vou resolver isso.

- Como Zena, mandando garotos cobrar a dívida de um ato falho seu?

- Eu ordeno a corte dos Ventos.

- Não pode, sabe que não pode.

- Por que Jairo, afinal, diz para mim e minha irmã, que trato tão nefasto você fez com os povos da lua?

- Nenhum trato.

Zena joga o copo com restante de vinho na parede, sua irmã Eliba pega o copo e leva a pia de utensílios.

- Minha casa já não suporta mais seus gestos de violência.

- E meu povo não aguenta mais a fome e a escravidão.

A porta é batida e um garoto entra ali.

- Elas chegaram.

- Elas, mais e a mãe?

- Só vieram 3 mulheres.

- Vou ve-las.

Jairo olha com certo desaponto a Zena que ainda esta furiosa com os ditos ali.

- Quer outro copo de vinho?

- Não.

- Pois já sabe o que tem de ser feito.

- Eu estou indo, espero respostas.

- Terá.

Zena olha para Eliba que seca as mãos por ter lavado as vasilhas sujas ali.

- Vamos embora.

- Sim.

Elas saem pela porta dos fundos e olham as 3 fileiras de carros e carroças motorizadas, todas de delegados de tribos e outros chefes das terras gélidas do sul.

Ali elas sobem nos cavalos e saem num galope mediano em direção a tribo de Etti.

No salão, vários delegados e chefes se fartam de vinho e outras bebidas em mel.

- Olá.

- Olá, vocês vieram para anunciar a mãe?

- Não, ela não virá.

- O que houve?

- Problemas de ordem maior em nossos domínios.

- E então?

- Trouxemos o minério e as sementes.

- Quanto?

- O valor de sempre. Jairo olha para Elã, que entende e faz sinal aos garotos que correm para o depósito anexo e logo retornam com 8 jarros de 3 litros cada.

- Temos somente isso por enquanto.

- Já serve, a mãe agradece.

- Que seja eterno a nossa aliança.

- Será, fiel é o seu povo e nós lhe seremos iguais.

- Tudo bem.

As 3 mulheres se olham e pegam os jarros sem tanto esforço, saem pela porta principal e Jairo vai em seguida para fora do salão ali frente a porta estão os sacos de sementes e 3 fardos de minério lunar, suficiente a garantir energia para tudo ali, desde fogo ao mover de motores veiculares.

- Recolham tudo, quero relatório e as notas.

- Sim chefe. Os garotos colocam aquilo em 5 carrinhos de madeiras e levam para o depósito sob aplausos dos convidados ali que logo iniciam a comilança no banquete.

Após 15 viagens de carrinhos, dando o total de 213 kg de produtos que foram bem estocados no armazéns, logo uma mulher sobe na torre e toca um insrumento que é um chifre que ao sopro emite um som estrondozo por todo lugar e além.

De longe se vê as fogueiras sendo acesas e logo chegam as comitivas que recebem suas partes do que fora deixado antes desta reunião com as damas da lua.

Ja esta perto do amanhecer quando Zena retorna ali junto de 8 garotos que rapidamente carregam 2 carroças de sacarias e ela agradece a Jairo.

- Obrigado, se não fosse por ti, morreríamos de fome.

- Suas terras ainda são mais férteis do que as nossas.

- E Tomáz?

- Enviou o sinal, já estão prontos com certeza a essa hora já tem a rainha.

- Eu quero ficar frente a ela.

- Só o conselho pode decidir sobre isso, por favor, não torne isso um inferno.

- Que seja, estou indo, muito obrigado.

- Vá com a força da luz.

- Sim.

Amanhece e quase todo o território de Etti já esta semeado, as meninas bordam grandes toalhas e os garotos auxiliam os mais velhos no plantio, as senhoras recebem a quantia de minério da lua para usarem de forma a gerar energia, Zena olha para sua tribo ali a cantar antigas canções do sul, o gado e caprinos foram alimentados, ela ordenou que fizesse o sacrificío de algumas rezes novas, o sangue fora captado em vasilhas de porcelanas e armazenados em câmaras subterrâneas onde a temperatura é sempre estável, antes da colheita que acontecerá dali 3 semanas, ela entregará as vasilhas para Jairo por meio de um servo deste.

Distante dali no conselho do sul e Norte, porém tendo o norte maior participação, Samantha ordena a matança de 5 chefes de tribos, ao término deste ela recebe a visita de Zaor.

- O que faz neste lugar sagrado?

- Isso.

Samantha é presa por anões do extremo Norte, um povo que não deve obrigações e nem atende a rei algum, mercenários por nascença.

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Samantha olha Iris com um olhar de ódio, fora entregue após entrar na mata dos perdidos, não pudera sequer ter qualquer objeto de seu uso ali com ela, agora ali na tribo dos Enãs, ela vê a glória de uma rival, a líder de 3 tribos que ela própria havia se vangloriado de ter aniquilado a algum tempo atrás.

- Como podem estarem vivos?

- Cale-se, desde que te deixaram você não cala essa sua boca maldita.

- Quero ver o ancião de vocês.

- Que ancião, se esqueceu você ordenou nossa matança.

- E por que demônios ainda vivem?

- Se esquece, Samantha, você é e sempre será a mais odiada por todos os reinos.

- Malditos, sabia, eu mesma deveria ter vindo e dado fim a todos, seus lixos.

Iris olha para ela e lhe dá um bofete.

- Quero água, sua maldita. Samantha pede com certa autoridade não demonstrando qualquer dor por ter recebido aquele tapa, que faz Iris roer em ódio mais ordena a um garoto que traga água para a cativa, o garoto vai até um casebre e logo retorna com a vasilha com água.

- Obrigada.

- Sim, rainha.

O garoto recebe um esporro de Iris que faz ele sair rolando dali, logo seu radinho toca e ela atende.

- Oi.

- E ela como está?

- Melhor do que nós, com certeza que sim.

- Trate-a como deve ser tratada uma rainha, não se esqueça, não quero erros e nem ferimentos nela senão já sabe?

- Oras, por que eu faria tal maldade a ela, só por que ela ordenou a destruição e dizimou um povo, não, vários ao longo de seu reinado, só isso?

- Só faça o que te pediram e te pagaram, por favor.

- Sim eu sei, farei como querem.

- Nosso povo esta com os moscos e eles ja entraram ou logo estarão no castelo, teremos tudo que queremos.

- Me traga ouro, só isso que preciso, muito ouro, pra minha gente.

- Você os terá, adeus.

- Adeus. Iris desliga e fica ali a olhar a fragilidade do que fora uma das grandes rainhas do tempo atual.

- O que vocês querem?

- O controle do norte.

- Para quê?

- Os corredores, afinal ja estamos mais que cansados de suas políticas medíocres e modos operantes que se distuam de qualquer outros reinos.

- E por que acham que somos assim, acredite sua insolente dos infernos é para o bem maior de todos, senão for assim, somos todos cinzas daquele povo, o povo da lua.

- Isso é algo que não vou discutir com você, afinal eu te odeio, mais não sou tola de entrar em assuntos desconhecidos a minha pessoa, terá um bom tempo para discutir isso com alguém que saiba o que diz.

- Então, não vão me matar?

- Ficou louca, você é mais valiosa que alguns kilos de minérios da lua, ja tem lugar pra ti.

- Onde?

- Amanhã, estará na grande mesa do rei Saul.

- Não, eu não quero ir para quele reino, o que vai acontecer ao norte, me diga eu exijo?

- Isso já não é assunto seu, agora o norte esta em outras mãos, outro governo, nova liderança.

- Elizandro, meu marido e rei, o que farão a ele?

- Fique tranquila, ele logo estará em novos braços, mais femininos e menos agressores.

- O que pretende sua ralé, escória?

- Acho que tudo aquilo que mais teme e nunca ordenaria, a volta da prole ao poder e recomeço da economia.

- Não, isso não, vocês querem dar o quê ao povo, ouro e liberdade total, ja fizeram isso em um passado e há centenas de escritos e módulos que explicam detalhadamente o que essa falsa liberdade trouxe a todos, o fim.

- Problema de quem vai governar, querida rainha dos tolos, agora sua gente, se é que eles te consideraram algum dia gente deles, serão libertos das amarras de escravidão do norte.

- Vamos ver quando eles terem idéias próprias, ai sim, correrão a mim ou fabricarão ás pressas algum tirano capaz de reassumir o poder e trazer a ordem.

- Sob o pranto de inocentes?

- Não são tão inocentes assim e acredite eles vivem bem melhor do que muitos de vocês.

- Logo saberemos, adeus rainha. Assim que Samantha inicia gritos ali, é medicada e adormece, Iris olha a todos ali.

- Coloquem ela em um carro e assim que receber o penho, daremos inicio a nossa viagem.

- Sim mestra.

Passados algumas horas ela recebe dois cavaleiros que entregam para ela 3 sacos, logo se despedem e retornam o caminho, ela abre estes e joga as moedas em uma mesa, contado os valores ela dá um bocado aos garotos ali que pegam suas partes e somem na mata, assim que ela abandona o lugar, tudo ali é incendiado e a tribo segue na mata para um outro local.

A carroça chega frente ao castelo, Roni vem ao encontro e logo é parado por um soldado mosco.

- Muleke saia de perto do carro.

- Eu só queria cuidar de algum animal.

- Que animal, não temos animais, por agora não, vá.

- Sim sr.

Roni sai ás pressas e vai entrando por aquelas vielas e becos que ele conhece bem, o soldado tenta segui-lo mais desiste logo de pronto.

- Vamos, temos de entrar logo neste castelo.

- Sim sr.

O garoto continua a correr até parar em uma viela onde encontra guardas reais, ele relata o que ele vira mais eles não acreditam, de tanto o garoto falar decidem por ir atrás do fato, ao acharem o carro são encurralados por soldados moscos.

- Joguem as armas.

- Sim.

Os guardas jogam as armas e deitam no chão, são revistados por 3 soldados.

Roni continua a correr até ver ao longe um grupo de escolta real, log lhes conta o ocorrido, Elizandro é avisado e eles retornam ás pressas ao castelo.

Ao chegarem, o rei nota que o lugar já fora tomado por soldados moscos, vários quadros e objetos foram retirados por estes.

- O que esta acontecendo aqui, eu ordeno que coloquem tudo nos lugares que estavam?

- Você não ordena mais nada por aqui.

- Quem é você?

Oito soldados ficam frente a ele, um deles retira o capacete e se apresenta.

- Sou Leandro, senhor da tribo Efaz.

- Por que vieram de tão longe, não temos tanto negócios com vocês?

- Acho que deveria ao invés de fazer perguntas bestas, saber o por que sua esposa querida e tão amada por seu povo ainda não retornou do conselho?

Elizandro entende aquilo com um certo aviso, num ato de fúria, com um golpe ele acerta de raspão o home que cai, ele pisa no pescoço do homem mais é logo contido a socos.

- Rei de bosta, queremos e faremos aqui um novo governo, não se esqueça disso, esse seu golpe vai te custar um bom castigo.

- Vá ao inferno vocês todos.

- Que inicie o seu então. A porta lateral é aberta e logo entram 6 moças e uma bela mulher num vestido preto com tantos detalhes em pedras e jóias.

- Essa é Emiza, minha irmã do meio, você será o seu esposo á partir de agora por toda a vida juntos.

- O quê?

- Levem-no, faça ele tomar um banho e o arrume, a união se fará a noite no salão de festas.

- Eu não vou me casar ja sou casado.

- Já resolvemos isso, quer saber. O juiz de paz é levado a frente deles.

- Isso nunca foi impedimento em nossa terra. Juiz morto e o livro jogado no fogo.

- Pronto, esta livre para um belo casamento.

- Isso é loucura. Elizandro segue com mais de 10 soldados para o seu aposento onde faz tudo que lhe é mandado.

- O que fizeram com minha mulher?

- Acho que também se casará e logo.

- Como assim?

- Vão manda-la a um reino distante, ela terá de casar com o rei Saul.

- Não, aquele maldito não. O soldado que diz aquilo ao rei sai dali receoso por ter dito, deixa Elizandro quase aos choros ali.

Já pronto ele é levado de voltas ao salão e ali na presença de alguns soldados e guardas reais que se dobraram aos moscos, ele assina o trato de união.

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ricoafz
Enviado por ricoafz em 07/07/2022
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