O REINO DO NORTE E3

- Luana tem certeza disso?

- Acho que sim, mesmo sem saber o que há nesta carta.

- Claro que sim, burra como uma porta, ela já deveria ter te ensinado ler e escrever.

- Ela vai me ensinar.

- Sei, ela vai. O homem olha para a moça e logo a despede, ela segue para a charrete e retorna para a casa de Luana.

- Entregou para ele?

- Sim mestra.

- Vá fazer a limpeza dos quartos.

- Sim.

Luana anda de um lado a outro num vestido azul brilhante, com golas de um acetinado branco, fruto de uma forte influência de fazendeiros do sul.

- Luana.

- O que foi Zara?

- Helena esta na porta.

- O que ela quer?

- Fazer um trato.

- Como deve ser.

A mulher vai junto de sua fiel gerente até a porta.

- Helena.

- Viu a comitiva?

- Sim.

- O sinal foi lançado.

- De que lado vai estar?

- Do lado que luta por melhoras.

- Vamos.

- Sim.

Helena acompanha Luana até o aposento desta e logo assina um documento digital tendo sua impressão firmada no aparelho de Luana.

- Vejo que já conseguiu sua autorização.

- As duras, só eu sei, contrabando do sul.

- Sempre tendo e mantendo bons laços com eles.

As guerras foram horríveis, a destruição quase que completa, as falanges, gritos, medos, mortos, ouço todos os dias os fantasmas em meus pensamentos.

- Pobre do Caim.

- Aquele só veio para perder.

- Mais vamos mudar isso tudo.

- Tomara, senão teremos outras noites de silêncio recheado de torturas e mortes sanguinárias.

- Os Moscos?

- Estão vindo, na verdade sinto que estão bem perto.

- Perto, quanto?

- Logo saberemos.

Anastácia termina de conferir os grandes panelões de sopa e cuzcuz que fora feito para uma multidão.

- Eles chegaram.

- Quantos?

- Aqui 3, lá fora uns 100 ou mais.

- Isso esta ficando sério.

- Tem certeza que vai ajuda-los?

- Lógico Amanda, afinal somos um só.

- A ordem das rosas, não sei por que falei disso para ti.

- Se arrepende?

- Um pouco Anastácia, afinal te coloquei frente as espadas reais.

- Vamos parar deste filó de época das trevas, o exército real é um dos mais bem armados.

- Mira ultralaser.

- Pois é, herança do que foi a grande aliança mundial.

- E pensar que uma bomba amiga mau colocada e acionada por um louco de poder geral destruiria a ilha que formaria a tensão pró mediterrâneo.

- A quarta grande guerra.

- Fora das doenças, o retorno das gripes e a C6H8.

- Aquela foi a pior, segundo os arquivos.

- Bem , vamos olhar o hoje por que aquele passado foi escrito em sangue inocente.

- E o nosso, não é?

- Vamos Anastácia, tem gente já no salão.

- Cuide dos meus, por favor.

- Sim, eu cuidarei. Anastácia segue para o salão, Amanda abre a porta da cozinha e logo 5 garotos entram e vão colocando a comida em vasilhas de bambús e carregando 3 carros de rondas.

- Vamos, depressa antes que algum guarda veja isso tudo.

- Sim dona Amanda.

Terminado o carregamento, ficaram panelas sujas e os garotos vibram ao receber seus 30 mil cada.

- Gastem com cuidado.

- Sim dona Amanda.

270622..............

Assim que param os carros na lateral da antiga catedral dos lamentos, logo surgem vários homens de roupas escuras, feitas em couro de caprinos e trazem escudos de bronze com tratamento de um aço especial, as armas são metralhadoras e algumas pistolas.

- Trouxe o rango.

- Finalmente.

- Vão, distribuam logo pois temos de esconder os veiculos.

- Sim capitão.

- Onde esta o general?

- Ele foi até o lago sr.

- Quantos foram com ele?

- Uns 15, acho.

- Guardem as refeições deles.

- Sim capitão.

O capitão Augusto pega seu alimento e entra em um dos carros sumindo na neblina da mata ali, logo os veiculos são escondidos.

O general Veiga termina sua higiene, seus subordinados também, a água geladissima os deixam despertos, corpos atléticos, o róseo nos rostos entregam a baixa temperatura ali.

Seus homens seguem enquanto ele fica de joelhos ali na pedra junto a água e abre um pergaminho de onde profere uma antiga oração cristã, algo já extinto nos dias ali, após a quarta guerra os que ficaram decidiram por cultuar várias entidades de várias culturas já extintas, o cristianismo tornou-se um tanto obsoleto, porém o respeito a seu culto e seus seguidores segue valendo, inclusive em lei.

Terminada a prece ele se prepara para seguir ao acampamento fantasma, porém vê uma jovem se despir e seguir para o lago em um banho.

- O que é isso? Os olhos não tem cerca, ele fica ali a observar a formosura de mulher e ali ele lambe os lábios ao ver ela nadar e flutuar nas águas.

- É uma Guaraci. Assim são chamadas as nativas das selvas por eles, não há outros nomes, somente Guaraci.

A nativa olha em direção a ele e logo entra em transformação, Veiga percebe o perigo e corre em direção aos outros, a mulher sai da água em forma de rastro de fogo incendiando por onde passa.

- Corram, preparem o mel, uma lânguida. Assim que a criatura entra próxima a eles é banhada em mel de abelhas do sul, elas tem 10 vezes o tamanho de uma abelha comum, ali presa ao mel ela retorna a figura feminina e morre no abafo do componente quimico daquele mel.

- Corte-a em pedaços.

- Vamos come-la?

- Não, somente salgue os pedaços, levaremos aos porcos.

- Boa idéia general, terão imunidade a várias doenças.

- Assim dizem, agora saberemos se realmente isso acontece.

- Sim general. Eles bebem o restante do mel misturado ao rum e outros liquidos fermentados, porém com a cautela do capitão que controla a tudo de forma que não se embriaguem e ponham tudo a perder.

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ricoafz
Enviado por ricoafz em 07/07/2022
Reeditado em 07/07/2022
Código do texto: T7554573
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