UM LUGAR LINDO, ENCANTADO!
Ingrid tinha 15 anos quando seus pais a deixaram na casa dos avós maternos durante as férias e partiram em viagem para os Estados Unidos. Precisavam ficar um tempo a sós e se desligarem de tudo. A adolescente no inicio não gostou muito, mas depois foi se encantando com o lugar pra onde tinha ido quando tinha uns 4 anos e de pouca coisa lembrava. Com o passar do tempo foi fazendo amizades e costumava sair com a turma por aí, de preferência de bicicleta. Num desses passeios enveredaram pela floresta onde encontraram uma gruta escondida entre a densa vegetação. Não deu outra, encostaram as bicicletas e entraram. Quanto mais percorriam aquela gruta, mais encantados ficavam. Cansados, resolveram parar e sem perceberem dormiram. Naquela altura alguns pais já estavam preocupados com a demora e começaram a se mobilizar. Ninguém dava notícias e o tempo ia passando deixando-os mais agoniados. No outro dia quando acordaram, não perceberam nada, porque ali o tempo não contava. Seguiram em frente e encontraram um lago belíssimo, transparente, que dava pra ver os peixinhos. Entraram e se deliciaram com a água fresquinha. Energias retomadas, seguiram caminho e foi lá adiante que encontraram uma linda casa no tronco de uma árvore centenária. Ficaram estupefatos! De repente a porta se abre e sai um ser tão belo, que é difícil de explicar. Logo, muitos apareceram, pareciam sair de um livro, desses que contam estórias de fadas, gnomos... Mas eram bem simpáticos! Invadiram os pensamentos dos meninos(as) e foi assim meio confusos que perceberam como se comunicavam. Eram muitas as perguntas tanto deles como dos seres especiais. Por fim foi servido um banquete de boas vindas regado a frutas e outras comidinhas gostosas. Tinha até som. Com instrumentos diferentes tocavam lindamente e os convidaram a dançar. Eles bailavam e os embalavam e a impressão que dava, é que estavam a levitar. Acordaram de repente sobre a relva na entrada da gruta. Olharam uns para os outros e começaram a perguntar entre si sobre o que havia acontecido. Todos falaram a mesma coisa sem omitir nada. Perplexos, chegaram a um combinado: nada diriam, porque ninguém acreditaria. Pegaram as bicicletas e pedalaram rumo a cidade onde todos os olhavam curiosos. Já estavam pensando o pior, afinal de contas, já havia passado 7 dias. Inventaram uma estória convincente que saiu em todos os jornais. Até hoje, já casados, mantém esse segredo. Mas contam em forma de estória para os filhos. Nunca mais voltaram àquele lugar, mas os seres especiais sempre vem visitá-los através dos pensamentos.