FOI ASSIM
Todos tinham a mesma faixa etária, estudantes de 16 a 20 anos, cheios de vida e euforia para viver e conhecer de tudo.
Os pais naquele controle natural, de proteção e cuidados não conseguiam impedir que o ímpeto da juventude latente em cada um deles fosse freado com um simples você não pode ir.
Uns iam escondidos, outros inventavam mentiras, outros iam sem os pais apoiarem e poucos os pais permitiam.
Eram festas, boates, acampamentos, cachoeiras, excursões, jogos, até um simples cineminha ao cair da tarde.
Os namoros se iniciavam com o flerte e já assim era gostoso. Já havia a emoção e a vontade de encontrar novamente.
Pegar no dedinho, na mão, cada toque uma deliciosa sensação. O dançar e colar o rosto, um beijinho na face, até o primeiro beijo, inesquecível primeiro contato entre a boca e a língua, com uma interação profunda e íntima, que era motivo de conversa entre as meninas, e aquelas que ainda não haviam beijado ninguém, morriam de vontade.
Dizer que todos aproveitaram bem sua juventude, não é bem assim.
Uns casaram cedo, antes dos 20 anos, algumas moças grávidas, outros porque queriam casar. Tiveram filhos e passaram pelos mesmos desafios que seus pais para educa-los.
A maioria concluiu o ensino superior e naquela época era mais fácil arranjar emprego.
Alguns chegaram a viver alguns anos casados, mas todos já se separaram e estão em outras uniões, se acertaram na escolha de seu atual acompanhante, também não é bem assim.
Assim diria aos amigos jovens maduros: enquanto vida tiver, nunca é tarde para ser feliz, acreditar que o bom da vida ainda está por vir, fazer acontecer, aproveitar para conhecer o que deixou lá atrás nesse momento agora, aonde e no tempo que estiver.
Gratidão.