O menino do escudo branco

Um menino nasceu numa terra longínqua.

Onde o sol nascia e morria ao meio-dia.

Suas vestes eram douradas e seu cabelo espetado.

Seus dentes eram brancos como a neve e suas mãos amarelas como um tesouro.

Um dia seu pai e sua mãe subiram num barco especial e foram embora.

Deixando o pobre garoto na aurora.

Oh que demora! Dizia o garoto

Ele pensava que um dia eles iriam voltar.

Um dia começava e o outro terminava.

Uma nave partia e a outra chegava.

Mas seus pais todavia não retornará.

Cansado de esperar e com o coração na mão - ele mesmo resolveu ir seguindo na sua vida e ambição.

Com o escudo branco na mão e a espada dourada, pegou um parco e desceu da sua morada.

Okey, eu sei, rima pra cá e rima aculá.

Mas agora a história vai começar.

Um dia o garoto chegou num vilarejo. Lá tinha muitas crianças mas nenhum adulto.

Perguntou se elas tinham vistos dois sujeitos - um homem e mulher.

Deu as descrições dos cabelos até os pés.

Mas aquelas crianças diziam que nada sabiam.

Já era de tarde quando terminou de falar com elas. O sol por alguma razão demorava pra desaparecer.

Eram 8 da noite e nada de entardecer.

As crianças todas se reuniram e com seus dedos apontados, disseram:

"Você chegou ao povoado. Agora é hora de ser coroado. Para sempre uma criança você deve ser, se não toda sua carne e ossos vamos comer".

Assustado nosso herói pegou sua espada e com seu escudo lutou na alvorada.

Zip zummm.

A espada zombia e cortava os inimigos.

As crianças agora eram monstrinhos feinhos.

Suas garras eram douradas e afiadas. Seus rostos como de um vampiro gelado.

Quando o último deles caiu. O sol sumiu. E as crianças da maldição acordaram.

Os adultos dali apareceram e todos ao ver a noite sorriram.

Estavam libertos.

"Eu conheço você" disse um deles, se aproximando do herói.

"Vá para o norte. Lá encontrará uma moça de cabelo rosa. Ela saberá onde está seus pais"

Sem perguntas, nosso jovem caminhou no horizonte e com seu barco viajou até a noite acabar e o sol naquela terra novamente a reinar.