O Guerreiro...O retorno. Parte 28.

Tomei o bus até a fronteira e no outro dia ao amanhecer estava novamente em território brasileiro.

De Foz até Ponta Porã fui conduzido pelo meu grande Amigo Juan José e que me estava escoltando até meu lar.

Com medo dos meus perseguidores e ao chegar na fronteira contatei com ele para fazer minha segurança e ele atendeu prontamente meu pedido e feliz de fazer um favor a seu amigo e assim pagar uma divida que ele dezia que tinha comigo.

Deixava para trás um capitulo da minha vida e com o tempo me dei conta que foi muito importante. A vida sonhadora de pessoas que quiseram mudar o destino do mundo que estava dominado pelo medo e pela opressão...

Mas os sonhos não duram eternamente e as vezes adiamos, mas elas não morrem jamais e mesmo que as vezes não se concretizem...Ficam adomecidas para acordar um dia mais forte do que nunca ou morremos tentando alcançã-los...

A amizade de Juan José era muito importante para mim e sabia que podia contar com meu amigo Bandido!!!

O BANDIDO

As circunstancias da minha amizade con Juan José se inicia quando por um golpe de sorte salvo a sua vida e este fato já havia comentado em outros momento.

A história se inicia no momento da nossa chegada a fronteira seca.

Reparamos que o medo estava instalado em nossas vidas e meu pai achava que se pudéssemos sumir por um tempo e sem deixar rastos, isto nos daria uma certa segurança.

Minha mãe e minha irmã ficariam em Ponta Porã e nós iriamos até Capitão Bado uma cidade limítrofe separada tão só por uma rua perdida no mapa.

Isto segundo meu pai nos daria essa segurança que procurávamos e precissávamos. Quando chegamos a este ponto pensei comigo que meu pai havia enloquecido. Aquilo não poderia ser verdade e para mim tudo era tão irreal...

Aquilo não podia existir, mas existia era para mim como se fosse uma típica cidade do oeste americano, mas na América do Sul.

Era uma cidade com caracteristicas de faroeste e para instalarnos procuramos um hotel e todos nos olhavam porque éramos os novos forasteiros do pedaço...

Olhavam e rapidamente nos esqueciam e ao chegar meu pai procura um banco para depositar o nosso dinheiro que era nosso tesouro para iniciar a vida e nosos trabalho no monte...

A conta foi aberta no meu nome e deixamos o justo para sobreviver uma semana.

Começamos a pesquisar o negocio da madeira que era tão rica na região e pelas informações que tinhamos bastariam seis meses para enriquecer e como nós estávamos desesperados e louco de sonhos...Acreditamos nessa quimera!!!!

Haviam falado para meu pai que em seis meses e se a gente tivéssemos sorte e um bom terreno poderiamos até ficar ricos.

Durante uma semana estudamos as posibilidades.

Compramos dois caminhões para carregar a madeira que pretendiamos tirar do mato.

Naquela noite após a janta e não conseguindo dormir ficamos na varanda do hotel bebendo umas cervejas bem geladas.

Reparamos na movimentação de alguns homens na rua e muitos deles portando armas de fogo abertamente.

Quando de pronto aparece e diante de nós um homem bem trajado e com fala mansa que nos faz um convite assim de surpresa e até inusitado.

A nossa surpresa era tamanha porque haviamos acabado de chegar e não conheciamos ninguém.

Mas a nossa curiosidade seria sanada já.

Sou o coronel Pereira Colmán Gaona e eu gostaria que me visitassem amanhã na minha fazenda e vendo nosso espanto...Parou por instante e continuou...Enviarei um carro para levá-los até a estância e ele não nos deixou escolha...

E pelo jeito este senhor era muito poderoso na região, pois quando foi embora e ao passar pelos que estavam no hall do hotel foi cumprimentado por todos ceremoniosamente.

Meu pai não falou nada e se retirou silenciosamente como era seu costume...Só falou, boa noite e foi se deitar!!!!

Cumprimentámos meu pai e o Juan Carlos me perguntou.

- Quê você acha?

Olhei para ele e falei pior do que está não poderia ficar.

Continuei falando...

- Devemos tomar algumas providências e precauções para não ser surprendidos e completei amanhã...Veremos como se presenta a coisa!!!

No outro dia acordei cedo e quando estava degustando o nosso café perguntei para o garçom que estava servindo o desjejum se conhecia o Coronel.

Ele me olhou e falou...

É o homem mais poderoso por estas bandas e muito perigoso.

Muito bem e como havia falado para meu irmão deveriamos tomar alguma providência e pensei com meus botões...Quál ou quê tipo de providência?

Pensei em armas, mas isso seria uma loucura porque estariamos em desvantagem.

Imaginava que o homem teria um exercito baixo seu comando e era melhor usar a cabeça ou melhor a inteligência para lidar com o poderoso chefão.

As oito o carro chegou e estava a nossa espera.

Subimos no carro...Meu pai na frente, meu irmão e eu no banco detrás e pensei que o homem nos estaria testando...

Se quisesse já nos havia eliminado...Imaginei que estaria interessado em alguma coisa e já saberiamos logo.

A fazenda era uma beleza o pasto verde e bem verde enfeitava a estância...

Gado nelore aos milhares e todas riqueza e luxo que alguém poderia almejar estava lá.

A fazenda estava toda enfeitada e pensei ou ele estava maluco ou haveria uma festa.

Logo pecibi que haveria uma festa e fomos conduzidos a uma mesa, nos sentamos e reparamos que fato haveria uma festa e das grandes...

O cheiro caracteristico do churrasco chegava até minhas narinas, mas o que estava me incomodando e despertando a minha curiosidade...Era, o por quê do convite? Não tinhamos nada a ver com essa pessoas e não conseguia entender.

Vi uma pista de aterrizagem e em minutos um monte de aeronaves descendo...

Pessoas chegando. Homens, mulheres e crianças e poderoso Coronel os recepcionava!!!!

Ricardo Sol
Enviado por Ricardo Sol em 30/11/2020
Reeditado em 06/05/2024
Código do texto: T7123927
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.