A grande joia
Sentido já não fazia mais, mas desistir não podia mais. O que faria? Era uma questão de vida ou morte, afinal. Fosse, viveria, porém, não mais de poucos dias. Caso fugisse, viveria também, mas seguido seria até morrer pelas mãos daquele que o incrimina.
Grande joia, reluzente, valiosa e colorida. Destacava-se o magenta, tinha o tamanho de sua mão, mesmo que mal coubesse nela, além de pesava era volumosa. Muitíssima bem lapidada, protegida por um recipiente de ferro e cristal que, mesmo ela confinada, deixava-se mostrar um pouco de sua beleza para quem a carregava.
A escolha estava para ser tomada, mesmo que soubesse o final: morte. Pensou em fugir, e assim fez, já que morreria mesmo, que fosse com emoção. Desviou-se do caminho traçado pelo Senhor do Mato. Agora, para viver, teria que correr e se esconder, a vida por um triz...