UMA LENDA
         
       Austrália um país continental, é o maior da Oceania, rodeados pelos oceanos índicos e pacíficos, é um campeão absoluto na conquista de títulos no Surf. Possui cidades lindas, dentre elas, a belíssima Gold Coast, dotada de belezas naturais fantásticas; suas belas praias, seus diversos parques, é considerada o berço do surfe australiano.
        E foi no tradicional bairro, Surfers Paradise, que nasceu o protagonista principal do nosso conto, Henry Collins, filho de um dos ícones do surf mundial, Oliver Collins, logo apaixonou-se pelos esportes náuticos. Ainda criança acompanhava o seu pai nas grandes competições internacionais. Em suas veias corria o sangue dos campões. Aos 15 anos de idade já era destaque nos torneios aquáticos que participava e já fazia parte da Divisão de Acesso (Qualification Series (QS) e ainda do Pro Juniuor Longbooard e surgia como uma iminente promessa no cenário mundial. Não demorou muito para compor a constelação dos astros do bailado sobre o mar.
          Aos 20 anos já disputava e se destacava nas competições no exterior e obtinha à sua primeira vitória no circuito mundial, o Fiji Pro, na Ilha de Fiji, localizada no pacífico sul, era o início de uma trajetória brilhante para um dos maiores sufistas da sua época. O sucesso não subiu à sua cabeça, a fama repentina que conquistou só elevou a paixão que ele tinha pelo o seu esporte favorito.
         O circuito Mundial Masculino de Surfe, WSL (Word Surf League) Championship Tour, é o mais importante torneio, e, Henry Collins, era um dos seus principais expoentes. Estava no auge da sua juventude, tinha completado 25 anos, quase todos eles dedicado ao Surf, em tom de brincadeira muitos diziam que ele nasceu velejando na bela baia de Sidney.
       Os anos iam se sucedendo, Henry, era considerado um dos três melhores do mundo, já havia conquistado o mundial, vencendo as principais etapas, Billabong Pro Teahupoo, Taiti, principal ilha da Polonésia Francesa, Ededie Word Go, um dos mais difíceis com ondas gigantescas, realizado em Waimea no Havaí e o Billabong Pipeline Masters, muito importante por se o último da temporada.
           Foi durante às competições realizadas no Havaí, que a vida de Henry tomaria um novo rumo, foi quando ele conheceu a belíssima, Kaimana Hanna, uma jovem havaiana, que há muito tempo morava em Paris e que também praticava o mesmo esporte que ele, entre ambos nasceu um amor avassalador. Os dois eram vistos juntos nos principais locais dos circuitos. Badalados encontros noturnos nos ambientes mais sofisticados onde estavam sendo realizadas às competições. formavam um par belíssimo, parecia que tinham nascido um para o outro.
          O tempo passava rápido, Henry Collins, já havia ganho 03 (três) campeonatos mundiais, mais queria encerrar sua carreira profissional aos 30 anos, era um dos mais premiado da época. Um grande destaque, um atleta completo que com à sua performance havia influenciado centenas de pessoas a praticar o Surfe, em todo o mundo. Suas proezas despertavam à atenção de todos que tinham à oportunidade de conhecer à sua história, havia criado à Association Humanitarion,Oliver Collins, of Friendes Continent African (AHFCAF) com o nome do seu genitor, para ajudar aqueles menos favorecidos nos países africanos nos setores: alimentar, educacional e saúde. Era um trabalho social fantástico, que tinha como objetivo, chamar à atenção das autoridades mundiais para a necessidade urgente de criação de políticas públicas de combate à fome e a mortalidade infantil no continente. Através dessa iniciativa brilhante, Henry, passou a ser destaque nas principais páginas dos veículos de comunicação da época.
          Nada era mais atraente para o casal do que o mar: seu encanto; seus indecifráveis enigmas; sua magia e todo seu fascínio sobre os seres humanos. Henry, costumava à afirmar em reuniões com os seus amigos que no dia que tivesse de partir deste mundo, gostaria de ir pelo mar, porque foi nele que viveu toda à sua infância e à sua juventude e queria adormecer eternamente nas suas águas azuis como às turmalinas e verdes como às esmeraldas, e descansar nas suas espumas brancas que bordavam às areias do marfim das praias, que tanto o acolheram e lhe proporcionaram os prazeres maravilhosos em toda à sua existência.
          Se aproximava o final da temporada, estava em jogo para Henry Collins o triunfo que ele tanto almejava, o 4º Título mundial, talvez para ele fosse o último, estava tão obcecado pela conquista que treinava alucinadamente, quando às condições climáticas favoreciam, estava no mar, buscando cada vez mais melhora a sua condição física e técnica.
Começou a fase de classificação, na primeira etapa, foram 36 competidores dividido em 12 baterias e o vencedor foi Henry, o que lhe rendeu a passagem direta para a segunda fase, que competia com 24 participantes divididos em 12 baterias, e mais uma vez, Collins venceu e foi classificado. Assim Henry foi vencendo, passou pela terceira, quarta e quinta fase até chegar às quartas de final, e foi o vitorioso, chegando a grande decisão onde à competição era mais ferrenha, homem a homem, no sistema de mata-mata, quem perdesse, estava fora da final. E, mais uma vez, Henry, classificou-se, era o início da realização do seu grande sonho, ganhar o seu quarto título mundial.
          A grande final seria, Billabong Pipeline, na ilha de Oahu, no Havaí, contra o americano, Kevin Chandler, nenhum dos dois era favorito, pois ambos tinham um currículo de excelência, que somente os grandes campeões são capazes de escrever. Finalmente chegou o grande dia, a meteorologia, previa chuva durante a prova, mais no momento o clima era perfeito para à competição.
         Era uma disputa acirrada onda-onda, até que numa manobra de 360º, que é dificílima Henry conquistou uma maiúscula vitória, tinha realizado o seu grande sonho. Aclamado pelos espectadores que estavam assistindo, principalmente à sua torcedora número um, Kaimana Hanna, que gritava de contentamento. A orla toda estava em festa e o palco pronto para premiação.
         Em meio aos aplausos entusiastas pela comemoração, aconteceu o inesperado, que chocou a todos, em dado momento, Henry Collins, em vez de se dirigir para o local onde o público o aguardava, voltou para o mar, queria se despedir daquele que tinha sido o seu principal companheiro em toda à sua vida. Era uma onda gigante e ele se aventurou num adeus suicida, um tubo de mais de 20 pés, o levou para sempre dos braços daqueles que tanto o amavam. Buscas foram feitas incessantemente, mas, nunca conseguiram localizar o seu corpo. O grande campeão se foi sem receber às honras da sua conquista; o tão sonhado 4º título mundial. Partiu como queria abraçado pelas ondas multicores daquela tarde.
         O troféu foi recebido, pela pessoa que ele mais amava, Kaimana Hanna, que o destinou para ficar exposto, junto com os demais na Association Humanitarion, Oliver Collins, of Friendes Continent African (AHFCAF).
Diz a lenda que na primeira semana do mês de dezembro, um jovem é visto surfando nas lindas praias de Gold Coast Bells Beach e Margaret River Mouth Beach e como por encanto ao entardecer ele desaparece misteriosamente como surgiu.

NOTA DO AUTOR: Esta é uma obra de pura ficção qualquer semelhança é mera coincidência.

Autor – José Valdomiro Silva



 
JValdomiro
Enviado por JValdomiro em 13/09/2020
Reeditado em 27/07/2021
Código do texto: T7062515
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