O caçador de mulheres casadas
Na cidade dos aflitos, havia um rapaz chamado Mvura, com uma idade de duas decadas e meia, super sedutor e gabava-se de ser o caçador de mulheres casadas, porque não lhe davam estresse e tinha direito a algumas gorjetas, contrariamente do que acontecia com as catorzinhas que só lhe davam trabalho e ainda exigiam-lhe algumas moedas que ele não dispunha. Mvura era um jovem preguiçoso, detestava estudar e muito menos trabalhar. Ele já tinha andado com mais da metade das mulheres casadas do bairro dos aflitos até que o azar bateu lhe a porta, quando engraçou-se com virginia, uma jovem desconhecida que conhecera nas dunas da praia do Estoril. Mvura não imaginava que aquela jovem, era esposa de um antigo combatente, natural da provincia de Tete, distrito de Angónia, um conhecedor nato das diversas magias negras de África.
Após várias tentativas de conquistas, a jovem Virginia caiu nas garas do Mvura e tiveram uma tarde inesquecível de prazeres roubados num dos famosos Guest House da cidade dos aflitos e ainda com direito a champanhe e algumas gorjetas, tudo facultado pela jovem mulher. Chegado a casa, super relaxado na sua poltrona, o jovem rapaz sentiu algo anormal, apalpou no meio das suas calças e sentiu que o seu instrumento sagrado tinha evaporado, ficando apenas uma camada lisa, sem ação e nem reação . O jovem pôs se aos gritos e berros, chorando aos quatro ventos como se tivesse sido assaltado uma bolsa cheia de dolares. Aquela ação, chamou a atenção dos vizinhos que acorreram em massa para ver in loco o que estava acontecendo, e o jovem rapaz inconsolável explicou de forma tremida o que lhe tinha acontecido. O velho Zemuja, muito experiente da vida, explicou que se tratava de Ngonde, um tipo de feitiço que as pessoas usavam para trancar as suas esposas para não dormirem com nenhum outro homem. Caso alguém dormisse com a mulher trancada, o seu orgão genital masculino desapareceria e a única maneira de quebrar o feitiço seria indo confeçar ao marido da mulher traída.
Sem margens para manobra, o rapaz tentou a todo custo localizar a casa da jovem mulher, mas tudo resultou num autêntico fracasso porque a jovem mulher sumiu do mapa como se tivesse sido engolido pela terra. O famigerado Mvura, continua desesperado até nos dias que correm, sem o seu instrumento masculino sagrado e longe das mulheres.
By Lino Manuel Chicamisse
In. “As aventuras do dia a dia”