expulso do navio
Terceiro dia numa ilha que não tinha areia e nenhuma bela paisagem de praia, era somente um chão de pedra coberto de lodo e arbustos altos e cheios de mato onde a noite pirata que foi obrigado a pular do navio se protegia dos bichos e do frio. a rocha que pisava era enorme escorregadia e com quinas que machucavam o pé quando pisava em falso. passava o dia olhando pra água procurando algo para comer, as vezes pegava algum peixe ou algas que ficavam na presos na rocha. fora isso não tinha nada ali. só o sol na cara e muito mato e lodo no chão.
O velho se ajoelhou no chão de pedra pedindo ao céus um socorro, mas nunca foi atendido, até que se ajoelhou mais uma vez, mas agora pedia perdão por tudo que havia feito, pelos roubos que cometera, os assassinatos quase sempre por ordem de superiores mas suas mãos o cometiam com destreza. passou um longo tempo citando cada ato criminoso que conseguia se lembrar, depois de tudo falou que se arrependia e que se tivesse outra chance seria uma pessoa diferente e que dali em diante só faria o bem e se esforçaria para ajudar outros errantes a encontrar o caminho no bem e da paz de espírito.
nesse momento avista no mar outro moribundo nadando, certamente tivera o mesmo destino e foi obrigado a pular do navio que trabalhava, ajudou o coitado a subir na pedra, pensou em fazer algumas perguntas sobre de onde vinha e o que o fez chegar ali, até que viu que trazia consigo três moedas de ouro furadas transpassadas por um cordão no pescoço e uma bussola com a tela trincada e o ponteiro vermelho que apontava para o norte quebrado ao meio e pendurado balançando dentro do visor. ligeiramente pegou uma pedra grande no chão e acertou com toda força na face do miserável que acabara de encontrar abrigo. embolou o corpo com o pé de volta pra água, que o envolveu e puxou pro fundo famintamente. pegou a sua herança olhou para o céu mais uma vez e disse, eu peço ajuda e você me manda uma tentação, pois bem; eu não estava pronto.