Capitulo 1 - A Doutrina do Destino Manifesto

Garous são soldados e não vão sobrar muitos deles até o fim, o que vão sobrar são só suas histórias, e essa parceiro, é uma história de Garous que debaixo do sol e da poeira de um país ainda em expansão conquistaram seu espaço não só territorial, mas nos registros mais preciosos de sábios Galliards, que acenderão imensas fogueiras para que se lembrarem deles.

Mas vamos começar pelo início, havia algo cravado no coração dos americanos, algo que os impulsionam a desbravar e seguir em frente, alguns dizem que foi isso que trouxe dos anais do reino espiritual, O Sonho Americano. O ano é 1848, a guerra havia terminado e os Estados Unidos expandiram em cerca de mais de 25% seu território total, nada mais justo segundo a mentalidade da maioria pois, era um direito de Deus que eles o fizessem. Eles são os vilões? Ou só pessoas buscando um futuro melhor onde pudessem ter uma vida decente?

Fato é que dentre as muitas caravanas que rumaram ao oeste, estrategicamente levando parentes e as vezes até os próprios Presas de Prata e reivindicar os territórios do oeste e unificar assim, as ditas “Tribos Puras” a Nação Garou. Próximo a uma das margens do rio American, um extremo de um território recém americanizado, um povoado de 300 pessoas chamado Sacramento, instituído próximo, onde foi descoberto uma pequena mina de carvão que era uma das principais fontes de renda do lugar. Algumas plantações, e criações de gados e cavalos familiares fincaram aquele como o povoado central de uma serie de outros assentamentos. Lugar pacato até os primeiros avistamentos de índios. Depois daquela estranha noite chuvosa, então os ataques começaram, o povoado ia sendo reduzido um a um, mas permaneciam lutando por suas terras até que uma segunda caravana chegou.

O local especial não havia passado despercebido, Garous foram alertados que devido ao ferimento de um dos golpes diretos da Devoradora-de-Tempestade na Umbra, o empenho dos seus moradores mesmo frente as adversidades subsequentes, parece ter alterado a ressonância daquele lugar, onde um Caern nasceu, e a primeira matilha chegou. Punho de Prata foi designado pela sua tribo a levar sua matilha a fincar domínio naquele lugar.

Alma-Selvagem um dos Anciões da Tribo de índios Nisenan de lá, não quis abdicar daquele espaço que havia se tornado muito valioso e numa batalha um contra um com o Punho, saiu derrotado. A hegemonia daquela matilha que nomeou o Caern com o mesmo nome de seu grupo, “Protetores da Ravina”, foi fincada.

Os moradores haviam sido muito reduzidos, devido aos ataques, porém o período de paz que foi conseguido fez o vilarejo voltar a prosperar, moradores novos sempre apareciam, algumas caravanas iam e vinham, e o tempo passou. Até que as estrelas começaram a sumir numa noite de céu completamente calmo. A tempestade se aproximava e um exército de suas crias pervertidas pela macula daquele grande espirito anômalo vinham em peso para a direção do assentamento, imediatamente todo o Caern entrou na luta e coincidentemente na Umbra os Anciões foram arrebatados para o meio da turbulência e desaparecendo. Garous em frenesi, sangue e morte em meio aos ventos e trovões. Uma matilha encontrou caminho até a Umbra profunda onde os Anciões já haviam sido dado como perdidos, porém em meio as trevas dos céus fechados uma luz branca se via em meio as pilhas e pilhas de espíritos em luta, após 3 dias de batalha eles chegaram até seus mentores e um buraco foi aberto na Devoradora de Tempestade naquele dia.

As matilhas de cliath, que focaram na defesa exclusiva do Caern lutaram com todo o empenho com os que escapavam das primeiras frentes de batalha. No entanto eles puderam perceber que naquele momento chave os índios sempre rondavam as divisas no entanto foram barrados pela notícia que vinha do interior daquele reino tão perigoso que os Anciões estavam vivos e estavam voltando. Na tentativa de tirar o assunto a limpo, Sorri-Vendo-As-Estrelas, após cuidar dos feridos e conduzir os rituais fúnebres necessários foi para a área onde acreditava-se ser o Caern dos Uktena e Wendigo, foi autorizada por seu irmão de matilha que agora era conhecido por Clarão-Branco. E ela que era o exemplo de temperança e bondade foi morta e seu corpo foi amarrado a beira dos cânions, que eram a fronteira dos domínios.

Agora sim, esse foi o início, tenho muito a contar ainda sobre esses novos lobos, digo, Garous, porque lobos parecem estar nos olhando por entre essas árvores e acredite no que eu digo, não os confronte nos olhos, você seguramente verá mais do que simples animais, a noite vai ser longa….

Elysium
Enviado por Elysium em 25/03/2020
Reeditado em 25/04/2021
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