UM DIA DE SÁBADO
Durval e eu recebemos o convite para passarmos o dia na praia em casa de amigos de nossa filha.
Para minha grata surpresa ele aceitou sem pestanejar o convite e logo cedo, no sábado, posemo-nos a arrumar e sair para encontrar o resto da turma e seguirmos juntos.
O dia estava lindo. O sol brilhava na estrada e eu podia admirar os verdes em várias nuances que passavam rapidinho pela minha janela. Morros, pedreiras, poucas moradias, alguns gados a pastar.
Nas pequenas pontes, resquícios de rios que secaram ou com veio d’água, dava pena ver que ali haviam peixes, fartura e brincadeira. Hoje, secura, sujeira, terra e gente sedenta.
Animada ficava quando surgiam açudes cheios e a beleza brilhava ao olhar.
Plantações de coqueiros emolduravam a estrada com maravilhosa sintonia e encantavam o caminho até passarmos pelo emocionante túnel de bambus.
A música no rádio, sorrisos nos lábios, íamos juntos nas curvas, com sol, natureza a cantar.
Chegando ao destino éramos aguardados pelos amigos, que nos receberam com carinho, muitas guloseimas e o brinde do mar.
Andando pela praia, maré baixa, água morna, muitas conchas e estrelas do mar na areia. Um navio compunha o cenário e alguns prédios da cidade ao longe.
O dia foi acabando, terminamos sentados apreciando o mar, alguns tomando banho, crianças brincando e as ondas no vai e vem sem cessar.
A noite chegou. Despedimos e levamos saudades.
Voltamos de balsa, atravessamos o mar, aportamos, chegamos em casa.
Um dia para recordar, agradecer e sonhar.