1º CAPÍTULO;NAS PRAIAS DO MIRAGAIA
                        (O LABIRINTO)

Noitinha, 04.07.1947

-Estamos aqui, como você queria! Agora me
explique sobre a minha Cleopátra...!
disse o Cavaleiro, ao chegarem através do
Teletransportador, nas praias do Miragaia,
na Região do Porto Seguro, Portugal....

-Sim, meu Cavaleiro..agora podemos conver-
sar de igual para igual....Respondeu a Rainha,
transformando na doce Marilia,o antigo amor
do Cavaleiro Antony....voltando em sua forma
humana, mais bela do que nunca, sob o belo
luar daquela praia solitária....

E caminhando em direção ao seu Cavaleiro,
disse;
-Lembra Antony ? como nos velhos tempos
no País de Guarapiranga...tanto no passado
e no presente, estamos novamente juntos!

- Não quero saber do passado e nem do pre-
sente!  quero saber agora..!quero saber o que
aconteceu com a minha amada Cleopátra!
como vocês a resgataram do Lapso Tempo -
ral? Perguntou o Cavaleiro.

-Ok Cavaleiro! não foi a Ordem que resgatou
a sua Amada Cleopátra! Foi a sua doce e
amada Elainy, irmã de Cleopátra...foi ela
que localizou e resgatou a sua irmã, e por
amar demais os dois, pagou caro por esse
salvamento...

- Por que ? como assim Elainy..? o que acon-
teceu a Ela.?

- Calma...vou explicar! Quando Elainy, a Dire-
tora do Museu de Tebas,sua namorada! loca-
lizou a sua irmã, em algum lugar do Tempo,
ela estava totalmente ferida, e bem transtor-
nada de suas faculdades mentais...e assim,
ela buscou a nossa ajuda...e o jeito foi fazer
reparos e transplantes de Órgãos e doação
de sangue e quem fez esta doação Sacrifi-
cial foi a sua Irmã Elainy...e isto lhe custou
a sua vida...!   tudo por amor..!  principal -
mente por você...Antony!

- Como? Elainy também está morta..?  e
você não me disse nada ?

- Sim...Elainy está morta! sacrificou a sua
vida pela sua irmã Cleopátra, mas pensan-
do no amor dela...! e foi Elainy que me fez
jurar, para não lhe contar....que eu deixas-
se para Cleopátra lhe dizer pessoalmente,
quando estivesse recuperada....porém,pa-
ra salvarmos sua doce Cleopátra, tivemos
que transforma-la numa Gárgula, e dentro
dela corria o meu sangue e minha energia,
pois, eu também doei um pouco de mim pa-
ra salva-la...

E, caminhando novamente na direção do
Cavaleiro, disse quase sussurando em
seu ouvido;
-As duas morreram de amor! de amor por
você..! por isso estou aqui...também quero
morrer de amor...!  mas antes, quero o teu
perdão....pelas nossas vidas passadas!


O Cavaleiro permaneceu em silêncio, de-
pois caiu de joelhos, em prantos de dor e
de desespero....e gritou;

- Você tinha que me comunicar! eu pode-
ria doar tudo...doaria a minha vida! não
posso perdoa-la pelo passado, e nem pelo
presente..! novamente arruinou a minha
vida..e eu fiz tudo o que você pediu..tan-
tas vezes arrisquei a minha vida..! deco-
difiquei todos os mistérios e enigmas por
você....e não fiz pela Ordem...nem para
salvar o Mundo...mas, para lhe agradar!
este foi o pagamento...? por que?

- Por que? ainda pergunta?...fiz também
por amor a você, meu caro Cavaleiro...!
eu fiz por amor..!

A Rainha afastou dele um pouco, que
ainda permanecia de joelhos, e se des-
piu totalmente....

- Só existe uma maneira de você ter a
sua vingança, caso não me queira per-
doar....ame-me...!  faça amor comigo!
assim voltarei definitivamente a ser
sua doce Marília....então,morrerei
nas águas profundas desse oceano,
sob  este belo luar...e você terá a
sua vingança....assim,os seus tres
amores morrerão por sua causa..!
tudo por amor...não por vingança!
Não é isto que você quer..?

A Rainha ajoelhou também, e disse
dentro de seus olhos;
-Venha meu amado Antony, me liber-
te de sua vingança...somente pode-
rei morrer pelo amor e para o amor!
 liberte a sua Rainha e me transfor-
me em sua escrava!   Não existe ou-
tra alternativa..! e você sabe disso!
Está em suas maõs o destino de sua
vingança antiga, a sua Rainha, e a sua
doce Marília...e para isto, basta que
faça amor comigo...! e farei com todo
o prazer...mesmo sendo último ato de
minha vida.;e farei por amor¹..para o
amor!..e por você...!


E assim, fizeram amor por um longo tem-
po naquela enluarada Praia do Miragaia,
diante a fúria das ondas que ecoavam
como se entoassem  uma sinfonia de
puro amor, para os dois amantes, tendo
como tema, a  Morte e a Vida...




04.07.1947 ,madrugada, Praia do
Miragaia, Porto, Portugal



 
Marco de Nilo
Enviado por Marco de Nilo em 29/08/2019
Reeditado em 21/11/2019
Código do texto: T6731983
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