O escolhido
As diversas tentativas de abstrair alguns assuntos me tomavam a paciência. Era difícil, em alguns instantes, colocar à luz a consciência e a sabedoria para alcançar alguma solução plausível, no entanto nada era impossível para conseguir o que desejava desde sempre.
As imensas dificuldades contrariavam sempre o enorme anseio de conseguir esta eterna vontade de me afundar em um oceano de literatura. Embora houvesse alguns empecilhos, nada me impedia de me colocar nesta eterna calmaria que alcançava quando me colocava em uma leitura ou em um processo de escrita. As longas tardes dentro de uma biblioteca ou numa livraria durante minha infância me traziam boas lembranças, mesmo eu não tivesse tido bons aprazeres juvenis. Alguns, me considerando louco, se distanciavam de mim por motivos que eu desconhecia - afinal de contas, nunca fizera mal algum a ninguém.
Sempre no mesmo horário acordava para ir a um trabalho que não considerava atraente. Algo nada fora do comum: batia o ponto sempre cedo pela manhã e no final da tarde para ir embora. Desejava, contudo, estar presente em um momento somente meu dentro de algum lugar recheado de livros. Esse notório anseio sempre me recheava de inquietude, me perturbava um pouco, deixando-me desnorteado.
Assim foram alguns dias, até que recebi um telefonema, e algo estranho aconteceu. Atendi. “Alô”, eu disse, mas um silêncio permaneceu por alguns segundos, e, apesar da minha insistência, nada parecia que fosse ocorrer. Quando ia encerrar a ligação, uma voz de longe – quase inaudível – surgiu, mas em uma conversa do outro lado da linha:
- É ele, só pode ser ele, é a mesma voz.
Não consegui entender, mas persisti:
- Olá? Quem é? – Nada aconteceu, mas, num piscar de olhos, me dizem:
- Você vem agora. Não temos tempo para explicar. Você é aquele que mudará o destino.
Nenhuma daquelas palavras parecia fazer sentido. Quando eu ia responder, acordo sentado na poltrona do meu apartamento com um livro aberto.
As diversas tentativas de abstrair alguns assuntos me tomavam a paciência. Era difícil, em alguns instantes, colocar à luz a consciência e a sabedoria para alcançar alguma solução plausível, no entanto nada era impossível para conseguir o que desejava desde sempre.
As imensas dificuldades contrariavam sempre o enorme anseio de conseguir esta eterna vontade de me afundar em um oceano de literatura. Embora houvesse alguns empecilhos, nada me impedia de me colocar nesta eterna calmaria que alcançava quando me colocava em uma leitura ou em um processo de escrita. As longas tardes dentro de uma biblioteca ou numa livraria durante minha infância me traziam boas lembranças, mesmo eu não tivesse tido bons aprazeres juvenis. Alguns, me considerando louco, se distanciavam de mim por motivos que eu desconhecia - afinal de contas, nunca fizera mal algum a ninguém.
Sempre no mesmo horário acordava para ir a um trabalho que não considerava atraente. Algo nada fora do comum: batia o ponto sempre cedo pela manhã e no final da tarde para ir embora. Desejava, contudo, estar presente em um momento somente meu dentro de algum lugar recheado de livros. Esse notório anseio sempre me recheava de inquietude, me perturbava um pouco, deixando-me desnorteado.
Assim foram alguns dias, até que recebi um telefonema, e algo estranho aconteceu. Atendi. “Alô”, eu disse, mas um silêncio permaneceu por alguns segundos, e, apesar da minha insistência, nada parecia que fosse ocorrer. Quando ia encerrar a ligação, uma voz de longe – quase inaudível – surgiu, mas em uma conversa do outro lado da linha:
- É ele, só pode ser ele, é a mesma voz.
Não consegui entender, mas persisti:
- Olá? Quem é? – Nada aconteceu, mas, num piscar de olhos, me dizem:
- Você vem agora. Não temos tempo para explicar. Você é aquele que mudará o destino.
Nenhuma daquelas palavras parecia fazer sentido. Quando eu ia responder, acordo sentado na poltrona do meu apartamento com um livro aberto.