ESTRADA DE AÇO 27 NOVEL LIVRE 12 ANOS
Duquel continua a dormir, Esmeralda sai dali junto da rainha que a guia até sua sala, lá ela mostra para a feitiçeira seus planos futuros.
- Então vai trazer outros condenados?
- Sim, novas celas estão sendo feitas, porém em menor grau de bloqueio e sem as regalias de Duquel.
- Entendo.
- Mais fique tranquila, demos o espaço necessário e as distâncias mágicas.
- Muito bom.
- Aliás, você sabe, que ao ter presenciado, bem.......
- Sei, pagarei o castigo.
- Não leve dessa maneira, sabe tenho que manter a ordem aqui.
- Tudo bem.
As duas conversam mais um pouco, até que Esmeralda decide por ir.
- Então, quanto tempo?
- Três noites, tudo bem?
- Ótimo, obrigado.
- Adeus.
- Adeus. Na cabana, Esmeralda prepara suas bolsas.
- Vais viajar?
- Lúcia.
- Tive de vir ve-la.
- Ela te alertou?
- Mais ou menos.
- Tá certo.
Lúcia vai até a feitiçeira e a abraça.
- Esta se tornando um hábito.
- Mal?
- Acho que ainda não. Risos.
- E para onde vai?
- Ainda não me decidi, acho que ficarei um pouco nas colinas do Servo.
- Um bom lugar.
- É dizem que a colheita de uvas é bem festiva.
- Sim, é, mais e.........
Duquel ficará bem, eu também, temos de cortar laços.
- Sei.
- Mais agora me diz, e você?
- Bem, agora estou casada e sabe.....
- Já senti quando entrou aqui, pra dizer a verdade.
- E então?
- Um menino.
- Sério?
- Sim.
- Ai graças. Mais um abraço e Lúcia beija a mulher na face.
- Acho que agora sim, esta ficando um tanto constrangedor, muito chegada em sentimentos.
- Me desculpe. Um momento de silêncio caótico seguido de incertezas e logo os gritos de euforia de Lúcia por ser mãe de um menino, a alegria invade aquela sala.
Silas e Reginaldo recebem a noticia com alegria, Monique aproveita e anuncia que também esta grávida.
28072019................
A gravidez de Lúcia e Monique correm bem, sempre passando pelos curandeiros, magos e em preparos mágicos.
Nasce o bebê de Lúcia que traz mais alegria para o casal, meses depois o de Monique que faz Reginaldo rejubilar-se em gozo.
Silas participa do batismo das 2 crianças já próximo aos dois anos de idade, essa é tradição do reino, com direitos a 20 padrinhos sendo que mais da metade deve ser mago ou aprendiz de magia.
Três anos após Silas anuncia o primeiro filho que esta por vir, será um menino que faz todos mais alegres.
- Nossa, você deve estar explodindo.
- De quê?
- De felicidade, o que foi Silas, é o seu primeiro filho.
- Deveria estar?
- O que houve?
- Vou embora.
- Para onde?
- Acho que para minha terra natal.
- Mais o reino, sua mulher, seu filho.
- Margot já sabe.
- Você nunca a chama por rainha.
- Você percebeu.
- Silas posso te perguntar algo?
- Sim.
- Você sempre foi apaixonado......
- Por ela, sim.
- Silas.
- Minha mulher sempre soube, também.
- Por isso vai fugir?
- Ela nunca ficará comigo.
- Mais você.........
- Lúcia, Margot dorme com Afonso, entende, ela dorme com meu padrasto.
- Você já sabe......
- Pelo jeito todo mundo sabe.
- Acho que sim, você entende, noticias assim, aceleram qualquer reino.
- Acho que deve acelerar.
- Por favor, não diga a ela.
- Jamais faria isso.
- E sua esposa?
- Ela vai ficar.
- Mais......
- Existe um outro, entre a gente, sempre existiu.
- Silas, como pôde....
- Acho que já respondi a tudo.
- Te desejo boa sorte.
- Preciso que me faça algo.
- Pode pedir.
- As notas, cartas e registros de terras, os rejeitos, por favor.
- Pode deixar eu cuido disso.
- Amanhã lhe passo o rogo.
- Tudo bem.
- Não quero que eles, ela, fique desamparada.
- E você?
- Tenho terras em meu reino, lá pelas províncias.
- Vai se tornar um criador?
- Talvez.
- Agora, preciso que me faça também um favor.
- O quê?
- Fale com Margot.
- Não posso, não quero.
- Por favor.
- Vou pensar.
- Até amanhã.
- Até. Antes de sair, Silas olha para Lúcia ali pensativa.
- Tem algo para ti na primeira gaveta.
- Eu suspeitei.
- Adeus.
- Adeus. Ouvindo os passos de Silas ao longe ela abre a gaveta, dentro o documento de rogo, uma espécie que dá direitos temporários sobre tudo dele para ela, Lúcia assina embaixo da assinatura dele.
- Como sempre, pensando em tudo, á frente.
Lúcia assina e sela com seu selo de ouro.
Afonso termina seu banho e segue para á cama onde Margot o aguarda, os anões montam guarda a porta dos aposentos.
Esmeralda faz as plantações e colheitas de uvas multiplicarem com ritos e preparos antigos.
- Você sabe como fazer um povo e suas terras prosperarem.
- Obrigado. Em cerimônia, ela recebe o direito de grados de terras, o equivalente a quase 60 alqueires.
Ali ela cria ovinos e diferente deles decide por plantio de maçãs, abóboras e verduras.
Em pouco tempo se torna dona de mais terras e já com alguns aldeões a servindo no trabalho de roça e cuido de animais.
Silas também se estabelece em suas terras, com criação de aves e suínos, logo experimenta uma nova raça que veio do longíquo reino de Toros, o gado.
30072019.............