ESTRADA DE AÇO 7 NOVEL LIVRE 12 ANOS
Reginaldo bate á porta do quarto de Lúcia, log ali, ele vê sua prima sentada á beira da cama, com cabelos desarrumados e o quarto como que se tivesse passado ali um furacão.
- Para quê isso?
- Você não entende, realmente não entende.
- Juro prima, nãqo, sabe nunca nos demos bem, mais pela primeira vez estou a sentir dó.
- Não preciso de seus sentimentos.
- É isso, isso que faz ficar alegre, essa sua competitividade.
- Me deixe Reginaldo.
- Ainda sou o rei.
- Pois que faça o que quiser. Lúcia sai da cama segue até a penteadeira e passa a escova rapidamente nos cabelos, limpa as lágrimas aos olhos e passa um pouco de pó ao rosto.
- Vai sair?
- Vou continuar esta batalha.
- Essa é a prima que admiro.
- Vá para o inferno.
Ao sair, já no corredor, Lúcia abre um singelo sorriso e segue para o quarto onde Margot esta hospedada.
Margot sob a luz de velas, faz a tradução daquela tábua tendo Silas de espectador, ao canto do quarto ela montou seu altar para os deuses de guerra e protetores de feitiçeiros, 3 corujas e 2 águias ali em seus respectivos puleiros, causam no garoto uma estranha fascinação.
- Estão vivos?
- Mexa neles, se quiser.
- Acho melhor não. Uma grande caixa de madeira no outro canto do quarto, com vários furos.
- E aqui, o que tens?
- Se quiser ser picado, tudo bem. Silas logo se afasta.
- Não me diga que.........
- Sim, algumas serpentes de Mizú.
- Elas saem dali?
- Só quando eu ordeno, fique tranquilo. Silas senta próximo a ela e fica admirando a total atenção que ela dedica naquilo, já trazendo alguns livros e firme no propósito do término daquilo.
- Você me parece formidável.
- Por que diz?
- Só que vejo, você é firme no que faz.
- Só quero sair deste castelo o quanto antes.
- Por que?
- Este lugar não me traz boas recordações.
- Por que?
- Olhe garoto, sei que logo se tornarás rei, porém vou lhe adiantar alguns fatos, não serás querido tampouco respeitado por todos os reinos, inclusive esse, terás grandes inimigos e o maior será essas paredes e tudo que ela proteje.
- Odeia tanto aqui?
- Sim, principalmente esta suja alta cúpula.
- Duquel, a odeia?
- Só te peço, se puder, se afaste desse lugar.
- Se pudesse sim, já o teria feito, mais sinto que preciso ficar e tentar realizar as......
- Mudanças, acha mesmo isso, será que terás tempo para isso, não sei iluda garoto, Arthur, seu pai, acha que ele foi contente neste lugar?
- Talvez não, mais ele permaneceu neste, até sua morte.
- E hoje, amanhã e logo depois será um rei esquecido.
- Por que diz com tanta certeza?
- Por que quem deveria estar aqui é.......... Lúcia rompe o momento entrando ali de adága em mãos.
- O que quer fedelha?
- Respostas.
- Procure em seus livros ultrapassados de magia.
- Me cansei de seus enigmas e brincadeiras tolas.
- Pois então seja um tanto adulta e comece a alinhar seus objetivos.
- Quem é você que me faz isso.
- Aquela que esta quase no término disso. Margot mostra para Lúcia a tradução quase finalizada da tábua.
- O que ela diz de tão importante?
- Isso só sua ministra o dirá.
- Quando, quando Margot deixou de ser aquela boazinha e se bandeou para o outro lado?
- Você sempre quis ser a cega, fez muito bem esse processo.
- Não vou mais tolerar seus insultos.
- Que seja. Ali inicia uma batalha de feitiços tendo Silas em meio a tudo aquilo.
Ambas sofrem as máculas de cada encanto e ordem oculta que desferem uma a outra, até que soldados entram ali junto de Duquel, Reginaldo ao lado da ministra ordena que parem e elas cessam.
- O que esta havendo aqui, estamos querendo iniciar um anti protocolo de pacifismo aqui.
- Por favor rei.
- Não, Lúcia, estou sendo um tanto bonzinho com você.
- Ela é o monstro aqui.
- Não há desculpas diante as loucuras que as duas são capazes.
Silas sai pelo canto e passa por detrás da ministra, no corredor segue para seu quarto levando consigo uma cópia que fizera da tradução da tábua, enquanto falava com Margot aproveitava os momentos de descuidos e copiava em um papel para si.
- Agora vou estudar isso.
Margot entrega a tradução para Duquel que mostra ao rei,, ambos saem dali.
Ficando as duas ali, cansadas de tantos envios e transformações mágicas, elas caem na cama.
- Por que me odeia?
- O ponto não é esse Lúcia, se estiver a acontecer o que penso, teremos um tempo nada favorável.
- Sei disso.
- Consultou os astros?
- Sim e outros.
- Teremos de unir forças.
- Não fez a total tradução?
- Sim, quase isso.
- O que fez Margot?
- Algo que a vaca nem imagina.