ESTRADA DE AÇO 6 NOVEL LIVRE 12 ANOS

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NEM SEMPRE SEUS PLANOS DARÃO TÃO CERTO QUANTO AO IMAGINADO, MAIS NÃO DESISTA, O RESULTADO É SEMPRE O PRODUTO DO REAL OBJETIVO.

Lúcia acordara bem cedo, já fizera sua higiene e escovara seus cabelos, num vestido verdede laços vermelhos com sapatos fechados de salto baixo ela entra na carroça dos oficiais, já que da realeza ainda esta recebendo os ultimos toques para atender a comitiva real, ali junto a diversos homens ela se impõe com sua válise e 1 cesta de alimentos que lhe fora preparado pela madrugada.

- Vamos logo, quero saber de todos os detalhes em pprimeira mão.

- Sim, princesa. Um dos cocheiros faz sinal para os animais, assim iniciam o percursso, logo a carroça se movimenta.

- Logo, logo, princesa, iremos pelos trilhos.

- Sim Francisco, você não vê a hora de assumir seu posto de maquinista.

- Eu sempre sonhei com isso.

Ela olha para o homem que transmite um misto de emoção e alegria de enfim logo exercer o que ele tanto esteve estudando por mais de 3 anos.

A linha férrea já é realidade em quase 400 km de outros povoados pporém falta cerca de 200 km para chegar a Avir.

Em 8 anos de empreendimento só foram construídos quase 50 km e ainda falta mais que o triplo para que seja de essencial a lavoura, criação de ovelhas e outros.

- Você vai ver Francisco, se realmente essa descoberta for da estrada de aço, o que não foi feito em 8 anos será feito em 8 meses.

- Será princesa?

- Sim sr maquinista chefe. Francisco se enche mais de alegria, ouve-se algum barulho, tipo um soar de apito, a carroça para, pelo espelho de seu pó facial, Lúcia vê Duquel se aproximando á cavalo.

- Quem deu ordens para que saissem antes da realeza?

- Eu as dei.

Lúcia abre a portinhola a olhando firme, a ministra se curva em cumprimento.

- Não se esqueça ministra, estou fazendo o extraordinário acontecer, para que chegue mais verbas para este seu projeto louco.

- Me perdoe, não sabia que estava junto dos...

- Operários, sim, estou e olhe o ar aqui é bem mais salutar.

- Como ousa.........

- Já se fez bem mais que presente, enfim todos podemos assistir seu show de manhã, agora vá, vou proseguir ou melhor iremos.

Duquel faz o animal dar a volta e segue para o castelo em retorno.

Lúcia olha para frente rumo aos animais e bate o sinete, logo a carroça começa a movimentar-se.

- Não teremos problemas princesa?

- Fique tranquilo, saberei contornar o que aparecer.

- Obrigado.

- Oras Francisco, o progresso não pode esperar as boas de uma velha ministra.

- Concordo. Risos.

Quase 2 horas depois Duquel segue com a realeza na carroça imperial, 3 moças fazem o serviço de bordo, servindo-lhes frutas, mel, sucos, a ministra prefere por sorver goles generosos de conhaque com mel.

- Vai se embebedar logo cedo?

- Escolha outro para atormentar.

- Ah, isso não, não imagina o quão prazeiroso é ve-la assim, em raiva.

- Pois espere até chegarmos.

- O que fará?

- Você saberá.

- Lhe proibo tocar em um só fio de Lúcia.

- O que pensa, rei?

- O que acabou de dizer, sou o rei, eu ordeno, você obedece.

- Pois acho que vou deixar tudo em suas mãos, preciso de um largo descanso.

- Nem pense, temos um valoroso contrato.

- Que bom que se lembra.

- Só quero que exista paz e o mínimo de disciplina partindo de nós.

- Pois sempre o terá.

- Portanto, espero, este assunto já não existe.

- Sim rei. Silas ao longe deles ouve aquilo e faz que sorri, anota algo em seu bloco, Duquel percebe aquilo mais decide por deixar por hora.

Lúcia não esconde sua euforia em cada tronco, árvore, pedra ou qualquer obstáculo no rumo da estrada que é retirado.

Com 4 dias bem trabalhados já avista-se a referida seguindo por mata a dentro, até então não houve qualquer embate com selvagens, feras, aldeões desconhecidos.

- Olhe princesa estamos sendo abençoados por Sabú.

- Sim Francisco, o grande deus que tudo vê e ouve esta com a gente.

- Não podemos esquecer de lhe ofertar.

- Amanhã, amigo, amanhã faremos um banquete, trouxe o carneiro.

- E a ave?

- Bem lembrado, sabe vou lhe confindenciar, há tempos que não participo das cerimônias á Sabú.

- Sabe princesa, devemos muito a ele.

- Eu sei meu amigo, eu sei.

- Também temos de lembrar os nossos que foram.

- O rei Arthur.

- Sim princesa. Ela se afasta de Francisco e seus olhos enchem de água.

Uma moça vem a ela e lhe entrega um bilhete, Lúcia faz sinal para Francisco e sai dali.

Em uma tenda de lona vermelha, dentro 3 ambientes com móveis rústicos numa poltrona com estampa de onça, Duquel toma um suco de acerola, tendo próximo o trono de Reginaldo, Silas sai de outro ambiente em vestes longas já pronto para ceiar e dormir.

- O que foi Duquel?

- Só lhe chamei por que gosta de recepcionar velhos amigos.

- Que amigo?

- Espere logo chegará. Reginaldo entra ali ainda em veste de caça real, botas de cano alto, camisa, calça linho, todos com emblemas do reino bordados.

- O que foi Reginaldo que esta sua ministra esta tramando?

- Não sei, estou no aguardo como todos.

- Você é o rei e deveria saber. Lúcia se altera, logo um soldado jovem entra ali e faz sinal para a ministra que sai da poltrona.

- Pronto garotos, já esta chegando, vamos. Todos a seguem para fora, onde todos os soldados e trabalhadores estão em fileiras.

Ao longe avistam a carroça em vermelho e alguns anões a rodeia.

- Não me diga que........ Lúcia olha com raiva para Duquel que faz um apático sorriso, logo em minutos, pára frente a eles a carroça, ao som de uma mísera flauta e bem mau tocada, desce uma jovem loira, alta em vestido vermelho com detalhes em renda pretos, trazendo um grande medalhão preso na altura do peito ao tecido.

- Margot.

- Querida prima Lúcia.

- O que faz aqui sua rata?

- Não tenho culpa se não soube realizar os testes finais com êxito em sua prova em Gerban.

Lúcia tenta agarra-la mais é contida por Reginaldo.

- Oi rei.

- Olá Margot.

- Vejo que esta se saindo bem neste cargo provisório.

Agora é o rei que se segura para não ataca-la em fúria.

- E ele?

- Ah, sim, Silas, se apresente.

- Oi.

- Olá.

- O que foi gatinho, que garoto lindo, bem que se falam em Vallin que o finado tio só fez obras de artes.

- O quê? Silas pergunta, Duquel dá um leve de cotovelo na moça que se cala.

- Seja bem vinda querida.

- Tudo bem Duquel, afinal se me chamou é por que as coisas devem estar daquele jeito.

Lúcia olha para a ministra.

- Você a chamou?

- Sim, por isso. A ministra mostra para eles uma pequena caixa de madeira.

- O que tem nessa caixa?

- Depois da ceia, falaremos.

Lúcia olha para Reginaldo que diz não entender.

Depois da ceia que fora servido, peixes, arroz, saladas e de sobremesa frutas.

- Estava tudo delicioso, como sempre.

- Agora diz, por que ela veio?

- Tudo bem Lúcia, só tenha calma, um pouco.

Duquel traz a caixa e abre ali na mesa, desta tira 3 placas de pedra de fina espessura com inscritos.

- Sei que só você conseguirá le-las.

- Mais o que temos aqui.

- É o que penso?

- Sântrico.

- Não pode ser. Lúcia se enfeza.

- O que é isso?

- A língua do extinto reino Azul.

- Pode decifrar?

- Claro tia. Lúcia olha com ódio para a prima e Duquel.

- Como conseguiu isso?

- Enquanto vocês brincam de reinar, eu trabalho, enviei um grupo de oficiais, eles procuraram mais á frente pistas deste extinto reino.

paulo fogaça e IONE AZ
Enviado por paulo fogaça em 13/04/2019
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