NA DÚVIDA...VAMOS CORRER
Às vezes eu conto fatos acontecidos na minha vida muito vivida aos 75 anos – quando eu era garoto com uns 13 anos, ainda menos vivida, juntei-me com o meu irmão Walter ( in memoriam), com 14 anos para alugarmos um barquinho na Praça da Redenção em Porto Alegre/RS... o divertimento naquele barco foi um grande acontecido para dois adolescentes, buscando suas conquistas no mundo.
Num outro barco estava um marmanjo adulto que buscou conversa conosco... ao entregarmos o barco na recepção o marmanjo também entregou o seu e continuou estendendo a conversa... nos despedimos e o marmanjo perguntou para onde nós iríamos? E apenas por prudência citamos o bairro, sem mencionar a rua... e ele, o marmanjo disse que também morava no mesmo bairro e sem ser convidado continuou nos seguindo na nossa ida para casa. Meu irmão se adiantou na frente do intruso junto comigo quando estávamos a algumas quadras da nossa casa... e falou baixinho: Este cara esta tentando ir até a nossa casa para nos assaltar ou vai nos assaltar ( o que não era comum) quando chegar em algum lugar mais deserto: Vamos fazer o seguinte: Na dúvida vamos correr. O plano que tenho é:> Eu corro para a esquerda e tu para a direita sem olhar para trás e só paramos em casa... o nosso considerado assaltante vai ter também a sua dúvida e ficar confuso quando nos ver correndo como doidos – quando paramos em casa salvos, olhamos para trás, não vimos nem sombra do assaltante projetado pela nossa insegurança e medo. Seria ele um assaltante? Na dúvida um dos métodos de segurança... seria correr... Foi o que fizemos.