TADAO HIROSHI - A FERA DO ORIENTE ( Parceiros de Eldrig)

Nossa família sempre serviu e foi criada do nosso senhor, sentíamos honra ao servi-lo. Meu pai era o seu guarda pessoal, além de tutor em armas, as habilidades de meu pai eram incomparáveis, era o melhor samurai da nossa região, minha mãe era a dama de honra da senhora da casa, uma pessoa não tão boa assim aos olhos de muitos da mansão

Nossos senhores eram pais de três filhos, dois garotos, Ichiro e Jun, e de uma garota Naoki, linda como flores de cerejeiras, porém para um criado como eu era impossível aproximar-se demais de tal beleza, então apenas a apreciava de longe, quando eu treinava no pátio e ela passava pelos corredores do lado de fora da mansão.

Meu pai sempre me avisava para não fazer nada de errado, apesar do nosso Senhor ser bom, ele era muito tradicionalista, e era melhor para nós empregados não querermos mais do que podemos ter.

Não como se eu escutasse esse tipo de coisas. Depois de anos, eu tinha me tornado um guarda pessoal da senhorita Naoki e dos seus irmãos, que estavam sendo preparados para suceder o pai que já se encontrava com a saúde debilitada devida a idade.

Após a morte dele, uma pequena competição entre serviçais da família for organizada para que Ichiro e Jun pudessem decidir quem seria o novo Senhor da casa, a preferência de muitos era por Ichiro, mais jovem, mais robusto e decidido, mas nunca reparam o quanto ele era cruel, como guarda pessoal deles, já o livrei de muitos problemas na cidade, além de que o passamento preferido dele era espancar pobres garotas da vila que não tinha nada além da prostituição para ganhar o dinheiro e ajudar sua família.

A competição foi rápida, me juntei ao time de Jun, lutei com honra, Jun merecia, era justo, apesar de ser um pouco mole em termos de liderança, Ichiro ficou irado, dava para ver nos olhos deles.

Tempo depois com o poder de Jun consolidado, tive a coragem de pedir a ele a mão da jovem Naoki em casamento, o que fez o resto da família entrar em revolta, tanto os conselheiros tradicionalistas, quanto Ichiro e sua mãe.

Jun não ligou muito, sabia o quanto eu era um bom homem e serviria ele a sua família independente do que ele decidisse, mesmo assim, deu a mão da sua irmã em casamento para mim.

Nunca estivemos tão felizes, antes mesmo da cerimônia, eu e ela consumamos nossa união, indo para cama juntos, foi como um sonho, a mulher mais linda do mundo junto comigo, nossos corpos juntos e entrelaçados como apenas um só, nosso amor seria para sempre, quem derá.

Mas, Ichiro não estava contente, ele junto com sua mãe e os outros conselheiros da família, armaram um plano. Jun tinha a mania de três em três dias ir até a feira o vilarejo, ver algumas armas e armaduras, mas na verdade era apenas desculpa para cortejar a filha do ferreiro, uma beleza rara, mesmo suja de fuligem e suada de tanto ajudar seu pai na forja, e nessa caminhada levava apenas alguns guardas, para não criar muito alvoroço no local.

Ele deixava um dos guardas conversando com o pai dela, enquanto dava um jeito de leva-lá para outro lugar, uma leve subida até um local onde existia uma arvore solitária, lá pediu ela em casamento.

Nessa mesma hora avistou alguns homens maltrapilhos com mascaras cobrindo seus rostos vindo na direção dos dois, ele rapidamente a colocou para trás dele e sacou sua espada - "Lin, rápido vá até a vila, avise a meus guardas que estou aqui, eu protegerei você" - Ele não queria deixar ele, mas saiu em disparada, pois sabia que apenas ele não daria conta de todos aqueles bandidos.

Elas saiu correndo e gritando por ajuda antes mesmo de chegar a forja. Enquanto isso, Jun fazia o que podia para deter os bandidos, cortou braços, pernas e pescoço de alguns, até que foi atingido sucumbiu aos ferimentos, apoiava-se na espada, para manter-se em pé, recebeu um corte nos tendões dos joelhos e ficou de joelhos.

Um bandido chegou andando lá de trás, passando pelo meio dos que sobraram, retirou sua mascara e olhou diretamente nos olhos de Jun, ele reconheceu, era Ichiro e que disse - "Você é fraco irmão, não posso deixar você destruir nossa família - No seu último suspiro Jun responde - "Por mais fraco que eu seja, ainda assim não sou covarde" - Assim que ele termina a frase, ele abaixa sua cabeça e morre de joelhos, sem sucumbir a seus inimigos. Os Guardas chegam tarde demais, a jovem Lin chora, era o fim de Jun.

Enquanto isso na mansão dos Sakurai (esqueci de mencionar antes), Eu era cercado e afastado de Naoki a força, não entendia mais nada, até a notícia de que Jun tinha sido morto chegar na mansão.

Eu sabia que era armação, não tinha como provar, me enchi de ódio e comecei a retalhar todos a minha frente sem pensar, eu estava cego, em total fúria, apenas sangue e sangue chegava em minha direção no final de tudo eu olho diretamente para mansão.

Vejo a mãe do clã olhando diretamente para mim, corro para cima dela com toda fúria que eu tinha, mas me deparo com uma espécie de barreira no meio do caminho, muitos de nós já desconfiamos que ela mexia com coisas ocultas, agora eu tinha certeza.

Ela me olhava com desdém, aquela bruxa, alguns guardas trazem Naoki, seus olhos estão cheio de lágrimas, o que faz os meus também ficarem cheio de lágrimas, estendo o braço e para tentar toca-lá mais uma vez, mas é em vão.

Nisso a velha bruxa começa a recitar algumas palavras incompreensíveis para mim, uma fumaça verde começa a cercar o meu corpo e eu vejo ele mudando, ficando meio pálido e mais robusto, passo a mão no meu rosto, sinto presas na minha boca e cicatrizes do meu rosto,

Corro até a fonte de água mais próxima possível, vejo meu reflexo na água, e vejo que tinha me transformado em um Maknuki (Meio-Orc), tinha sido amaldiçoado,l ogo que os guardas chegaram, começaram a me atacar, não me reconheciam, e nem mesmo o meu idioma eu conseguia falar direito.

Com grande aperto no coração, fui obrigado a deixar Naoki naquele maldito lugar, mas jurei vingança contra Ichiro e sua mãe e todos aqueles que traíram a mim a Jun e Naoki.

Fui em viagens, sempre sendo difícil me comunicar com outros seres, já que Maknukis não possuem boa fama e poucos entendem seu idioma, depois de um tempo comecei a arranhar no meu velho idioma oriental e aprendi um pouco do idioma ocidental, as vezes recebia cartas de meu pai, mas soube que ele e minha mãe foram executados por alta traição, maldito Ichiro Sakurai.

Um Xamã me disse que no ocidente existe um artefato capaz de quebrar maldições de tal tipo, pois aquela que eu tinha recebido, era muito complexa para apenas magos, druidas ou xamãs darem jeito.

Sem perde tempo, juntei minhas coisas, embarquei como mão de obra em um dos navios que partiam par ao ocidente, e diante de todas as dificuldades, e lá fui eu para me curar, e voltar aqui para que fazer os Sakurai me pagarem.

Eldrig O errante
Enviado por Eldrig O errante em 18/07/2018
Reeditado em 18/07/2018
Código do texto: T6393069
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