Conquista

Certa vez me imaginei como se estivesse num Mar calmo a primeira vista, Azul, com ondas regulares, com o Sol ainda acordando, bem de manhãzinha.

Estava num barquinho, deitado divagando sobre aquela paz.

Aquele Céu maravilhoso, também azul, com nuvens fofas que mais pareciam de algodão doce e, o Sol, agora pouco mais acordado, iluminava e aquecia todo meu corpo, aumentando ainda mais a Sensação de liberdade e paz que já se me faziam presentes.

Via a forma e contraste das nuvens no céu que até pareciam que formavam figuras por mim imaginadas.

O tempo passava e, sem que percebesse, do início da manhã, já se fazia o por do Sol e eu ainda em meus pensamentos.

Quando dei por mim, sozinho naquela imensidão misturada de Céu e Mar, onde não se conseguia distinguir a linha do horizonte, um temor tomou conta de mim.

Foi quando, num súbito tranco, reparei que não estava sozinho, pensando no que poderia ser...

Um Tubarão talvez, Uma Baleia... Uma Orca Assassina...

Nada disso.

Uma Arca, como aquelas que guardavam Jóias, do tempo dos Navios Piratas havia colidido comigo, e quase que instintivamente puxei-a para dentro do barco como se precisasse resgata-la dum afogamento iminente.

Imaginando o que poderia ter dentro dela, sim porque tinha um cadeado da mesma época da Arca, que me impedia de abri-la, me fazia esquecer o susto que tomei anteriormente ao perceber o por do Sol e à Colisão.

Agora a ansiedade tomava conta de todo meu ser, para aportar em local seguro e, sim, abrir a Arca e desvendar todo aquele mistério.

Até o presente momento, não tinha percebido que o tempo continuava a passar e a noite chegava, onde a Luz já não mais existia, a diferença entre o Céu e o Mar, já não se fazia presente e, por uma razão não explicada, não estava com medo, nem mesmo apreensivo.

Me via calmo, confiante e acima de tudo, feliz por ter encontrado meu tesouro de pirata, como que se pra isso tivesse lutado contra toda a tripulação do temível Barba Negra, saindo em Vitória, sem levantar uma só espada ou ter dado o Brado de Vitória.

Mas ali estava Eu em meu barquinho, com meu tesouro, naquele Mar imenso e aquele Céu Maravilhoso, com suas Constelações e a Lua Cheia, Linda, Sorrindo para mim, como que me saudando pela conquista, de súbito veio o sentimento de missão cumprida invadindo todo meu ser....

Quando de repente, Essa mesma Lua, Linda e Sorridente sussurrou em meu ouvido dizendo...

Filho...

Acorda para ir para a Escola que já está atrasado...

E acordei feliz com meu passeio, minha conquista e acima de tudo com a paz que pude contemplar.

Waldir Chiquetto
Enviado por Waldir Chiquetto em 22/03/2018
Reeditado em 23/03/2018
Código do texto: T6287722
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.