Inferno na Torre - Prólogo - Em Busca de Uma Missão
Após os terríveis incidentes que passamos naquela caverna onde derrotamos o Horror, nós decidimos seguir viagem mesmo com poucos recursos e com alguma frustração pelas parcas recompensas que tivemos, especialmente de Albert e Cassandra.
Corinna, Myrymia e eu tivemos que usar de muita persuasão para fazer os dois pararem de chorar sobre o dinheiro derramado. Depois disso seguimos em frente já a caminho das estradas romenas.
Segundo as informações que Albert e eu conseguimos de alguns antigos companheiros dos tempos de mercenário, o país estava em constante ebulição devido a tomada do poder nas mãos do exército magiar que vinha do oeste.
Soubemos ainda que os magiares pretendiam criar ali um império capaz de fazer frente contra o ainda poderoso Império Romano do Oriente.
É interessante notar que ainda exista um império com esse nome, já que a outra parte do Império tinha sido totalmente devastada pelos “bárbaros” do Norte.
Naquele momento, estávamos na Valáquia, perto da fronteira com o Império Romano do Oriente. Dizem os relatos que a oeste, na Transilvânia, existem os famosos vampiros que causam medo e horror aos seus inimigos.
O tédio minava nossas mentes e nós todos estávamos ansiosos por uma missão que nos desse um polpudo dinheiro e, quem sabe, umas armas mais poderosas quando ouvimos ao longe uma bela melodia.
Pelo tipo da música, parecia que era tocada por um talentoso violoncelista e ficou mais forte a medida que se aproximávamos da carruagem.
Ali o condutor nos ofereceu uma carona que aceitamos sem hesitar. Afinal, mais um dia a pé e nossos recursos se esgotariam.
Na carruagem havia outras duas pessoas. Uma era o tal músico que se revelaria ser um bom compositor de canções medievais e o outro era um misterioso guerreiro que trajava uma armadura de combate.
Nem imaginávamos naquele momento que estes dois viajantes aparentemente pacíficos seriam os responsáveis pela nossa terrível tragédia.
E pela nossa missão mais difícil que enfrentamos, fazendo aquela aventura do Horror parecer brincadeira de criança.