A promessa
"- Você será minha?
- Não sei...
- Diga que serás minha para sempre Adélie...
- Porque você precisa ouvir isso Jean? Já não estou em teus braços?
- Quero ouvir de tua boca, dos teus lábios.
- Apenas se mantiveres teu sorriso assim... completou a jovem amante beijando sua boca..."
ATAQUEEEMM - gritam os homens no meio da batalha, cercados por inimigos
Envolto pelo odor de sangue fresco e de animais, o lanceiro se pergunta porque no meio de tudo aquilo surge aquela lembrança.
- Cá estou, para morrer, e Adélie me vem a lembrança? Céus... ela fugiu com o padre da aldeia e me abandonou... por vergonha fugi da minha aldeia e virei soldado lanceiro.
" -Vá para cruzada que você obterá recompensas enormes" me falaram... até agora consegui muitas pulgas, fome e feridas. Cercos..., malucos com espadas curvas. Comandantes alucinados nos mandando para morrer.
"- Infantaria, lanceiros a frente"
Porra, soldado fudido, isso é que sou, sem posses, só uma lança, um pau comprido com um metal na ponta.
"Os céus como recompensa." Ah sim. Acaba a batalha, e se fico vivo como lavagem de porco, eles fazem banquetes. Quero ir pra casa, melhor ser chamado de corno, e comer na mesa da minha família do que comer essa merda de comida.
-FUJAAAMM , CONTRA ATAQUEEEE -
Cacete... tô na ponta dos cascos mesmo para poder sair correndo, vou me esconder e ver no que dá. Já está escuro mesmo.
As tropas inimigas ganham terreno e Jean fica para trás, se escondendo entre entulhos e corpos abatidos.
Maldito padre Ruen... vou matá-lo... prometo. Vou escapar e vou matá-lo. grande filho da...
Rapineiros se aproximam revistando os despojos dos mortos na batalha.
Qual caminho que resta?