AS GÊMEAS
Vanda e Vânia, gêmeas univitelinas, semelhantes na fisionomia mas diferentes na personalidade. Criadas da mesma maneira e dispensado os mesmos carinhos e amor pelos pais, Vanda era meiga, bondosa, obediente e estudiosa, Vânia era totalmente o contrário, era emburrada, grosseira e mal criada, até com os pais, desobediente e não gostava de estudar e respondia aos professores com ironia a qualquer pergunta que os mestres faziam a ela; brigava com os colegas da escola constantemente; fazia fofoca e intriga de uma a outras companheiras de classe.
Vanda tinha muitas amigas e era elogiada por todos os professores, uma das primeiras da classe, com excelentes notas em todas as disciplinas, ela se formou no colegial com louvores. Sua irmã Vânia foi aprovada com as mínimas notas.
Já mocinha Vanda tinha um namorado e sua irmã fazia muitas intrigas entre os dois. Vânia zombava dos rapazes, embora fosse muito cortejada por eles.
Um fato novo mudou essa trajetória— Vânia, ao chegar a sua casa foi surpreendida por dois ladrões adolescentes que a derrubaram e tentavam roubar sua bolsa e seu celular; Vanda vendo a irmã caída, num ímpeto de coragem e bravura, como uma fera, partiu para cima dos rapazes e jogou um deles de encontro com a cabeça no muro da residência, perdendo os sentidos e o segundo ela jogou ao chão recuperou os pertences da irmã. E, antes que ele fugisse um jovem vizinho, grandalhão e forte dominou-o e logo em seguida veio uma viatura policial que levaram os ladrõezinhos à delegacia.
Vânia, com escoriações pelo corpo e muito assustada chorava muito e, aquele tipo de valentona era só fachada. Abraçou a sua irmã, pediu mil desculpas por tudo que ela tinha ocasionado durante toda a vida e prometeu ser sua melhor amiga.
E, realmente se tornaram amigas e confidentes, a bonança veio de um modo estranho para as irmãs gêmeas.
Será que pessoas que agem dessa maneira são complexadas em seu íntimo?