BICHO DO MATO
BICHO DO MATO
Cai a tarde e é pleno silêncio. Estropiado pelo longo dia d caminhada, ele olha a natureza inóspita, não tem ânimo e nem forças para sair daquele estado de letargia. Tarde de imenso calor, prenúncio de chuva. O que fazer se ela vier? Um gavião passa rasante, talvez na captura de algum roedor. Vem a primeira rajada de vento, os primeiros trovões, os primeiros raios, enfim a tempestade. Olha em volta, vê tocas de pedra, aonde em frenético galope vai se abrigar nelas, como um bicho do mato acuado e desprotegido.