3º CAPÍTULO ; O PARAÍSO

    PARTE 6 - NO REVOLTO MAR TIRRENO..

Naquela fria e cinzenta manhã do dia 24 de
fevereiro de 1941, acordei com o ruído das
ondas do Mar Tirrene, na costa da Toscana,
na Ilha de Elba, Portoferraio....sinal que a res-
saca brava do dia anterior ainda continuava.

 Eu olhei da janela do meu quarto, onde esta-
va hospedado, próximo ao Porto daquela Ci-
dade..e lá estava, o meu barqueiro e meu Guia
ao mesmo tempo, vendo o tempo e o vento
que sacudia  o Mar Tirreno....
 Eu quase não dormir naquela noite...a minha
ansiedade para localizar os meus amigos, e
a ausência de minha Noiva, custou alguns
versos dolentes nas páginas do meu Diário
de Bordo...e para passar o tempo, fiquei pes-
quisando os mistérios dos Versos velados
do Livro, a Divina Comédia...e a formatação
de outras ROTAS, tais como; A Rota dos Re-
lógios...a Rota dos Mestres da Igreja..e,prin-
cipalmente ,a Rota das Gárgulas, onde me
levaria encontrar a  minha amada noiva..

   E assim, partimos para a misteriosa e so-
litária Ilha de Monte Cristo; o Mar estava
revolto, e um vento frio , esfriava mais ainda
aquele inverno rigoroso...

- Estamos chegando..estamos chegando..
gritou o nosso barqueiro e Guia Edmundo.
 Próximo àquela Ilha, podíamos ver a sua
silhueta, quase em forma piramidal, e no
lá alto, a Fortaleza daquela Ilha....

- Quem mora nesta ilha, ?  perguntei ao nosso
barqueiro Edmundo....

- Alguns criadores de Cabras..e um tio meu;fun-
cionário do Governo..que zelam pela Ilha...

- Onde vamos desembarcar  ?

- Tem uma praia por perto, perto de uma antiga
construção..o mar está muito agitado! segure-se.!
vamos ter um bocado de trabalho...

 Naquela pequena e isolada ILHA, na costa da
Toscana, no Mar Tirrene..muitas lendas e muito
mistério, por causa do Livro de Alexandre Dumas,
O Conde de Monte Cristo...

- O que você sugere, meu caro barqueiro e meu
Guia Edmundo..?  perguntei ao nosso ofegante
Barqueiro...

- Vamos fazer uma boa Caminhada...iremos visi-
tar o meu tioJoseph.,para sabermos quais as novi-
dades desta Ilha, e sobre a presença do Submari-
no, meu caro professor...  e exclamou;
- Hoje o mar me deu uma canseira..!!!! ufa..!! e fez
um pedido para mim;
-Professor..!!  não fale nada até eu saber da situa-
ção; O pessoal daqui é muito cismado, devido a
presença constante de * Caçadores de Tesouro*,
e curiosos em busca de aventuras...eles não gos-
tam muita dessa gente.!!!.Ok

 Na casa de seu tio Joseph, tomamos um leite
quentinho de Cabra, pão e queijo...e o mesmo
foi bastante gentil...talvez devido a presença
de seu sobrinho...

- Meu tio Joseph.!!...meu amigo aqui, o Professor
Antony, do Brasil..está à procura de seus amigos
e ele acha que vieram para esta Ilha , a serviço do
Governo Alemão....você viu alguém estranho estes
dias aqui ?

- Sim, meu sobrinho..apesar de que vi um pessoal
de longe...eu estava lá em cima , perto da Fortale-
za, quando observei tres pessoas, indo em dire-
ção à Gruta do Dragão..., depois eles desceram
até à praia, onde foram rebocados por uma Bar-
ca Alemã, vinda do Submarino...é só que sei...tal-
vez sejam estas pessoas  ..não sei...

- Gruta do Dragão...?  tres pessoas ? são eles,os
seus amigos vieram busca-lo...ainda bem..!! falei
com tanto entusiasmo...que osdois ficaram assus-
tados...

- Quem são estes seus amigos,  que um baita de
submarino vieram busca-los..? disse o Sr.Joseph.

- São cientistas e pesquisadores...eles vieram
estudar este local, para a possibilidade de uma
montagem de uma Base de Submarinos....

- Graças a Deus..!!! eu disse -    e onde é esta
gruta do Dragão..?  eu gostaria de ir lá...

 E lá fomos nós , em direção ao que sobrou do
antigo Mosteiro de S.Maximiliano...sendo guiado
pelo Edmunddo, que conhecia aquela Ilha na
palma da mão...Ele tinha nascido ali....e por os
lados, se podia notar a presença de cabras...

..E lá dentro... daquela rude construção..eu come-
çei a procurar alguma pista..ou alguma coisa que
que notasse  a presença do Cel. Bolte.; Muito es-
tranho!,ele não foi sequestrado!a Ordem apenas o
deixou aqui, para que seus amigos alemães, o res-
gatasse.....pensei comigo.
 De repente....lá perto do Altar...duas rosas vermelhas,
em forma de X.
- o Cel BOLTE esteve aqui..!!! pensei comigo...

  E raspando a parte de baixo, das duas Rosas...notei
uma fenda, mal tampada com uma pedra...e a retirei
do Local..... debaixo dessa pedra....um  rústico enve-
lope com as inicias  P.V.   (Poeta Virgílio) ,  e simples-
ente ,disse ao meu Barqueiro e meu GUIA Edmundo.

- Vamos embora...!  meu amigos estão bem...

- Ok,, Professor..e  na hora certa..! veja o mar como
está..!!...uma Tempestade se aproxima....

  Mas a Mensagem dizia uma coisa que o nosso
amigo BARQUEIRO, não iria gostar;

  Ainda não tínhamos atravessado o Asqueronte.


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Marco de Nilo
Enviado por Marco de Nilo em 09/02/2017
Código do texto: T5907534
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