MALALAIA

Meu tetra-avô Cel. Ivonet, que morava na foz do Jaguaribe, comandava todo o império

marítimo portuário da época, adorava caminhar pela beira da praia, e em uma desta caminhada encontrou um macaco enorme desmaiado na beira do mar, com certeza tinha vindo nadando (pensou o Cel.), de algum barco, nunca tinha visto uma criatura tão estranha e medonha em sua vida, com certeza uma fêmea de gorila africano. Foi de volta a sede da fazenda e trouce ajuda, burros e macas gigantescas (fabricadas na hora), que ajudaram a transportar aquele exemplar para sua casa. Utilizando-se de recursos medicinais dos quais já geria com afinco, tratou da macaca e teve um excelente relacionamento com a mesma, não esse que vocês estão pensando e à época também se comentava (entre bocas miúdas), mas um relacionamento amigável entre ele e a macaca (chamada Malalaia), pois costumava emitir esse som. O Cel. só despertou para esse fato, quando de um nascimento da filha Francisca, a macaca subiu no alto do castelo e quebrou todas as telhas, só ai ficou sabendo que Malalaia morria de ciumes do meu tetra-avô. O Cel. então passou a não dar mais atenção pra a macaca, que um belo dia embrenhou na mata e não mais voltou. No