953-LOS ANGELES, HOLLYWOOD E DISNEYLANDIA - Viagens

01.08.1981 – Sábado

Em minha estadia em San Francisco, no memorável verão de 1981, eu e Enny fizemos com Carlos Eduardo e Marília um quarteto de boa convivência para viagens e distração fora dos horários das aulas de inglês, que era a finalidade primeira de nossa estadia em San Francisco. O que não impediu de uma severa reprimenda, de minha parte, ao Carlos Eduardo, quando embarcamos no avião que nos levou a Los Ângeles, para conhecermos Hollywood e Disneylândia.

Fato seguinte: ele se encarregou de comprar as passagens e de fato o fez, ficando com elas e nos informando que a partida seria às oito horas do sábado, dia 1º. Levantamos, pois, eu e Enny, bem cedo, nos preparamos e descíamos para o café quando recebemos telefonema de Eduardo dizendo que ele havia informado errado a partida do avião era as sete, e não às oito.

Sem tomar café, embarcamos precipitadamente em um taxi para o aeroporto, aonde chegamos aos últimos minutos antes do avião partir. Foi uma correria louca de quatro malucos brasileiros pelos longos corredores do aeroporto. Quando conseguimos embarcar, ouvimos ás nossas costas o barulho da porta sendo trancada para a partida. Um sobressalto do qual não consegui me refazer nem depois de assentado e acalmado com um copo d’água serviço pela gentil aeromoça.

Ao desembarcarmos, eu estava ainda muito irritado e continuei despejando minha raiva contra Carlos Eduardo. Que agüentou tudo calado. Enny tentou me apaziguar, mas eu estava mesmo chateadíssimo e não queria compreender o engano do amigo. Quando terminei minha reprimenda, ele e Marília se desculparam, de uma maneira muito educada e aparentemente sem rancor.

Enfim, tomamos um taxi que nos levou ao hotel em que iríamos ficar pelo sábado e domingo, e foi quando me acalmei. Então foi minha vez de pedir desculpas.

Depois de acomodarmo-nos nos quartos, saímos para o café, que eles também não haviam tomado. O farto e forte breakfast devolveu-nos o bom humor. Parece que, com a barriga cheia, o mundo fica melhor e foi o que aconteceu.

Às treze horas embarcamos os quatro no ônibus para um tour já adquirido previamente, por Los Angeles, e, principalmente para conhecer Hollywood.

Como turista incipiente, admirava tudo o que via. Percorremos a pé trechos da Sunset Boulevar e da Hollywood Boulevar, com lojas chiques e mansões de artistas famosos. Foto, muitas fotos. principalmente do famoso letreiro — HOLLYWOOD —erguido no morro que fica num extremo da Sunset. Vimos trechos da Hollywood Walk of Fame, que se estende por quinze quarteirões de Hollywood Boulevar e três da Vine Street. São estrelas inseridas nas calçadas, com nomes de famosos atores, músicos, diretores, produtores, etc. de filmes.

Defronte aos quatro maiores estúdios de cinema — Paramount, Warner Bros. RKO e Columbia — tiramos mais fotos. Turistas e mais turistas por todos os cantos.

Lanchamos em lanchonete típica de Hollywood: The Den of the Famous cujas paredes, de alto a baixo, estavam ilustradas com centenas de fotos de famosos de Hollywood.

Ainda era dia claro quando, ás oito horas da noite, o ônibus nos deixou em nosso hotel. Cansados e satisfeitos.

No dia Seguinte, domingo, dois de agosto, o mesmo ônibus do dia anterior, nos levou à Disneylândia, que fica em Anaheim, um condado próximo a Los Angeles (ao sul, entre Los Angeles e Palm Beach).

Foi um dia como o retorno à meninice. Cada brinquedo ou show era divertido, fabuloso, estranho, gostoso, tudo o que se pode ter quando criança. Fizemos um tour adquirido previamente e participamos de viagens à Terra da Aventura, Trenzinho da Mina de Ouro, Caverna dos Piratas, Casa do Terror, Terra do Futuro, enfim, diversões e mais diversões, que se encerram às 21 horas, com espetacular queima de fogos em um lago defronte ao Palácio da Bela Adormecida, símbolo da Walt Disney Company.

Voltamos ao hotel em Los Angeles para um descanso com banho — estávamos exaustos — e logo nos dirigimos ao Aeroporto, para voltar no avião das 23:30 h a San Francisco.

ANTONIO ROQUE GOBBO

Belo Horizonte, 26 de julho de 2016.

Conto # 953 da SÉRIE 1.OOO HISTÓRIAS