JONATHAN WISTORM

Tudo começou quando eu tinha apenas 10 anos, me lembro daqueles dias como se fosse ontem....

Eu vivia em uma casa pequena com meus pais, em um vilarejo, chamado Syrion no reino de Aria.Eu era filho único mais não podia reclamar, pois tinha muitos amigos naquela época, eu me lembro que nos adoravamos caçar borboletas na floresta nos arredores do vilarejo.

Mesmo não possuindo muito dinheiro nos três éramos felizes, meu pai era um homem de meia idade de pele branca, olhos azuis,nariz achatado e cabelos loiros que ele sempre deixava curto.Ele era extremamente rigoroso, quase não sorria e parecia estar sempre pensativo, ele era o líder da guarda do vilarejo.A maior lembrança minha dele, foram as seus conselhos, um deles em especial: “Jon nunca pense que você e invencível, porque por mais que você, possua habilidades excelentes sempre possuirá fraquezas”.

Já minha mãe era bem mais nova que meu pai, ela tinha a pele também branca, olhos castanhos, cabelo negros como a noite e longos.Ela era o que podemos falar de espirito livre, diferente de meu pai, ela estava sempre sorrindo e de bom humor, me lembro que a única coisa que tirava o humor dela, era quando eu ia com os meus amigos, até a floresta para caçar borboletas.

Nos não possuíamos muita coisa para fazer no vilarejo, então passávamos a maior parte do dia indo escondido, até a floreta para caçar e explorar, e muitas vezes fingíamos ser aventureiros, que enfrentavam todos os tipos de perigos e criaturas, as vezes eu tinha aulas de esgrima com meu pai. Naqueles tempos eu era jovem, e nunca pensei que seria tudo o que sou hoje, e também não sabia o poder do seu principal conselho, para mim tudo aconteceu muito rápido, e eu não esperava que tudo acontecesse daquele jeito.

Nunca vou me esquecer daquele dia 18 de novembro de 1312 o dia que tudo na minha vida mudou.

Era dia de festival de verão na cidade e todos estavam envolvidos na preparação, eu mesmo estava ajudando a minha mãe a arrumar as fitas coloridas, no poste que ficava no centro da cidade, a festa era marcada por apresentar as meninas que acabavam de se tornar mulheres e estavam prontas para casar.

Eu estava animado com o festival afinal de contas eu já tinha 10 anos já era quase um homem, era por volta das 10 da manhã, quando eu a vi era uma borboleta com as cores do arco-íris, voando perto de uma casa, eu fiquei hipnotizado na mesma hora, e quando ela começou a voar de volta para a floresta, eu instintivamente a persegui por horas a fio mas no final, ela acabou desaparecendo tão rápido quanto apareceu, foi então que percebi que estava em uma área, que nunca tinha visto naquela floresta, continuei vagando por mais algumas horas, e quando eu ouvi um barulho estranho vindo de uns arbustros, me virei e vi uma criatura horrenda com quase 2 metros de altura, com o corpo coberto de pelos com pequenas presas que saiam pela boca e olhos pequenos de cor amarelada usando uma armadura de couro e armado com um machado e um escudo pequenos, fiquei horrorizado com aquela visão, nunca tinha visto nada parecido em toda a minha vida foi então que a criatura falou para mim com uma voz gutural e um sorriso no rosto.

-Olha só o que temos aqui uma presa bem fácil. Nesse momento eu comecei a correr como um louco floresta adentro, com aquela criatura no encalço, no entanto eu acabei tropeçando em uma raiz perto de uma clareira, e cai logo que me virei vi ele se aproximando de mim com um sorriso no rosto, quando estava prestes a descer o machado, em mim uma forte luz apareceu por entre a copa das árvores e acertou em cheio os olhos daquele monstro, que berrou com a dor e quando a luz sumiu ele tinha sangue nos olhos, então veio uma coruja do mesmo lugar de onde veio o raio de luz e atacou a criatura bem na garganta, que por estar cego não conseguiu se defender, fiquei pasmado com aquela cena pois não consegui ver direito o raio, a coruja desapareceu após o ataque e agora aquela criatura estava morta na minha frente, foi então que eu comecei a ouvir gritos e ver uma fumaça negra no céu, logo comecei a ir em direção a fumaça.

Para minha triste surpresa os gritos e a fumaça estavam vindo de Syrion, quando eu cheguei vi imagens que me atormentariam pelo resto da vida, o vilarejo estava em chamas. Conforme eu entrava mais eu via os corpos dos homens mulheres e crianças, que moravam no vilarejo todos mortos, ao longe eu pude ver um pequeno grupo de pessoas cercadas, por criaturas que eu reconheci na hora pois eram iguais aquela que me perseguiu na floresta. Estava tentando me esconder quando tropecei em algo, quando olhei para trás, para ver qual foi o motivo de eu ter caído, vi o corpo de meu próprio pai, só que ele estava com um rasgo enorme por entre os olhos, ao ver aquela cena levantei em um pulo, e comecei a correr até que ouvir uma voz, gritando meu nome era a minha mãe, que estava sendo segurada por duas daquelas criaturas, foi então que vi uma terceira aparecer com um machado ensangüentado na mão, e executar o golpe final na sua cabeça, ao ver a cena eu gritei tão alto quanto o ar que havia em meus pulmões deixaram, cai de joelhos no chão com os olhos cheios de lágrimas e descobri a o que é sofrer e a maior dor que se pode ter a minha mãe morrer na minha frente, até então eu tinha passado despercebido no vilarejo, mais com o grito entreguei minha posição as criaturas, eles vieram na minha direção, quando estavam a uns 4 passos de mim eu vi um cavalo negro aparecer em meio as chamas, com um homem usando armadura com a cor vermelho sangue, armado com um escudo grande que tinha o desenho de um Sol na mão esquerda e na mão direita uma maça que emanava uma fraca luz branca, quando as criaturas o viram rapidamente avançaram em sua direção, foi então que o homem desmontou de seu cavalo, e a primeira criatura o atacou um golpe de cima para baixo com seu machado, então o homem usou o seu escudo para aparar o golpe, e então como um raio acertou uma das pernas da criatura, quando ela se ajoelhou ele levantou a maça e a desceu em cima de sua cabeça, então veio a segundo que tentou um golpe por trás, ele abaixou para desviar do golpe contra atacou com um golpe de baixo para cima bem no queixo da segunda, que tombou no chão com um terrível estrondo, então a terceira então fugiu em direção da floresta, a ultima coisa que me lembro daquela noite, foi ver aquele homem com armadura vermelha vindo em minha direção.

Dudu Lopes
Enviado por Dudu Lopes em 02/04/2016
Código do texto: T5592719
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