Muito Normal

Muito Normal

As equipes dos vigias recebem as suas missões, uma nova equipe formada pela dupla: Shu e Shakara receberam a sua primeira missão. Eles foram mandados a uma pequena aldeia na planície de Gen, no Território do Ar.

Após saírem, Zina entra no centro de comando, questionando a decisão:

– Wolf, que história é essa de mandar dois novatos sem um líder experiente em uma missão?!

– Princesa, os jovens têm potencial, são filhos de Ninja e Escarlate. Só estão em uma missão como responsáveis, mas não sem uma supervisão. A Fragata está os vigiando.

– Explicado, mas se acontecer algo será sua responsabilidade! – disse rispidamente e saiu.

Enquanto a guerreira do Trovão saia, o Druida Lobo teve a certeza que tomara a decisão certa.

Os dois jovens chegam a cidade, hospedam-se em um hotel. São bem recebidos pelos funcionários. Saem pelas ruas, procuram algo de errado, mas nada encontram de suspeitam ou estranho.

– Talvez à noite, tenhamos mais sorte – sugere Shu.

À noite, Shu resolve usar o seu guarda-chuva para sobrevoar a cidade e descobrir se encontra algo estranho. Shakara, por sua vez, resolve sair sozinha pelas ruas e verificar a vida noturna da cidade. Ambos chegam a mesma conclusão: não há o menor sinal de anomalia, poucas pessoas na rua, mas não estavam com medo ou em pânico por estarem nela.

Três dias se passaram e as mesmas constatações. Então, Shakara resolve opinar:

– Shu, está cidade é perfeita demais. As pessoas nem discutem uma com a outra?! Já passou nelas o radar de ar?

– Já passei. Elas existem. Não existe força policial ou guardião nesta cidade também, isso eu reparei.

– Deve haver alguma coisa que impeça as pessoas de brigar nesta cidade?

– Que tal fazermos o teste? – sugeriu Shu com um sorriso e um olhar de confiança.

Sendo assim, os dois seguem em direção a praça da cidade e começam uma discussão simples. Um homem grita da praça:

– Vocês, sabem por acaso o que estão fazendo?

O céu escurece e correntes sai de um castelo no céu e começam a invadir a cidade.

– Sabemos perfeitamente – responde Shu ao homem. – Shakara, você protege a cidade, eu cuido dessa coisa! – termina de dar as ordens e atira com o seu radar de ar de encontro ao castelo, obtendo as informações necessárias, parte voando para o ataque.

Enquanto, Shu dirigia-se à fortaleza flutuante, Shakara tinha conseguido subir em um dos telhados da casa e protegia crianças que eram alvo das correntes que vinham do castelo. Percebendo que por mais que destruísse as correntes elas sempre voltavam a surgir, resolveu questionar a situação:

– Por que elas têm alvos específicos? Por que surgiram do nada? Por que não há guardião na cidade?

A resposta a essas perguntas era uma só. Com extrema velocidade e precisão ela acerta um chute no homem que havia gritado naquele momento, e diz:

– Você é um lixo! Você é o guardião desta cidade! Deveria protegê-la e não submetê-la a seus caprichos!

– Por que está falando isso? Não deveria proteger as pessoas desta cidade?

– Acabando com você, não há pacto; logo todos estarão livres de todo este sofrimento que você tem causado!

Shakara faz a sua estrela de cinco pontas aparecer em sua mão esquerda colocando um dedo em cima da cabeça.

– Você às vezes não raciocina, não é, garota? Se uma simples discussão eu posso criar uma fortaleza, o que poderei criar com um grito de guerra? Guerra!

Este guerra foi gritado por cinco segundos e seu corpo inteiro foi transformado em uma armadura com arsenal completo. As correntes pararam de descer do céu e o castelo descia em direção a eles.

– Você tem cinco minutos para me derrotar ou você e todas as pessoas serão exterminadas!

No mesmo momento em que Shakara descobria o autor do fato, Shu havia invadido a fortaleza, por um orifício encontrado na parte lateral. Dentro era um verdadeiro labirinto, mas Shu tinha um objetivo e poderia se orientar usando o seu radar. Seu objetivo era encontrar as pessoas aprisionadas e libertá-las. O golpe da Shakara, favoreceu a ele liberando o caminho para poder libertar a todos. O problema era sair: como sair com mais de trezentas pessoas de um edifício a dois mil quilômetros do chão? E a formação da armadura configurou a fortaleza de um jeito completamente diferente. Mas havia uma forma de sair: pela parte de baixo, mas a quantidade de armadilhas havia aumentado.

No solo, o guardião chamado Kiri, tentou acertar Shakara com umas 10 lanças, mas ela diminui de tamanho. Quando percebeu o que houve o homem já tinha levado um gancho de direita, a estrela acerta-lhe as costas completando o golpe, o movimento rápido fez ele perder o capacete, ao se recuperar a armadura do seu braço esquerdo se espatifa no chão. Shu havia destruído um dos lados da fortaleza. Em poucos segundos, os golpes ritmados da estrela bastou para que ele se distraísse e não suportasse os danos físicos, causados pelos movimentos de luta de Shakara.

Caído, derrotado, ainda conseguiu fazer uma ameaça:

– Não poderá salvar as pessoas capturadas e elas desaparecerão para sempre!

Shakara ficou tensa, mas o vento forte que vinha descendo fez com que se acalmasse. Uma revoada de pássaros trazendo em suas costas pessoas e um homem flutuando com seu guarda-chuva descendo no meio deles. Fragata usou uma das suas várias invocações de pássaros para resolver a situação. Ela também levou Kiri a julgamento e parabenizou os dois pelo excelente trabalho realizado.