UM TOMBO NUM RIACHO

Naquele lugar a natureza parecia estar dormindo. Sobre a sua geografia penhascos, barrancos, pastos

riachos, contemplando o gorjear dos pássaros em serenata em plena manhã de domingo, a civilização

por ali parecia não ter passada. Caminhos enlameados estrumes de gados alguns transeuntes vez ou

outra até que passavam para irem rezar numa capela que fica logo ali naquele alto, alguns feirantes as

vezes também passavam montados em lombos de burros ou a cavalo, porém é de péssimo acesso uma

chegada nesse lugar.

Também há de se convir que são poucos moradores que habitam após a passagem daquele riacho bem

pertinho do pé do penhasco, onde quase todos vivem de plantações e criações de aves e animais, e

por incrível que parecia sentiam-se felizes por estar bem perto da ternura que lhes trazia natureza todos

os dias de suas vidas.

Um certo dia fomos convidados para passear nesse maravilhoso lugar, e resolvemos planejar como ir

até lá e foi uma árdua caminhada e algumas léguas porque nessa única estrada carro não passava de

maneira alguma, muitas lamas e barrancas atrapalhava qualquer veículo que submetesse a desafiar.

Olhávamos uns para os outros e o cansaço era bem visível no olhar de minha irmã Joana, que parecia

desmaiar e nada havia de fazermos pois estávamos nos mesmos objetivos.

Superar as adversidades e o cansaço naquele momento era o nosso objetivo, pois estávamos coesos

em grupo e precisávamos chegar naquele arraial um pouco distante, afinal tentar provar daquilo que

muitos falavam sobre a ternura e tranquilidade que reinava entre aqueles pessoas humildes simples

agricultores que plantavam e colhiam para sobreviver apreciando a ternura do campo.

Depois de enfrentarmos cercas de arames farpados, pastos com gados valentes, estradas de buracos

cães anti-sociais e outras fenômenos natural, finalmente chegamos e o nosso desejo e ansiedade que

estavam entre nós se fazia apressada para gozar da ternura de uma bela paisagem capaz de atrair os

olhos de qualquer pessoa que sonhava com solidão repleta de ternura e paz.

Foi uma bela viagem: contrastamos com coisas inesperadas por única estrada de léguas em léguas

a falta de costume nos atrapalhava há cada passos dados, chovia bastante e molhados o frio com o

vento forte nos atormentava, que pena daquela cadela que encontramos molhada na beira da estrada,

parecia sem dono faminta bem triste meia esquisita. Finalmente chegamos um tanto lambuzados pela

quantidade de lamas nos pés e nas roupas, sem contar um tombo num riacho que ninho tomou e que

serviu de belas gargalhadas de alguns segundos por todos que no grupo estavam.

JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ
Enviado por JOSÉ ANTONIO SILVA DA CRUZ em 18/07/2015
Código do texto: T5315091
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