Turbilhões
Mar sossegado, mar tranqüilo,
Ondas quebradas a embalar,
Suave brisa que vem e que
passa, a afagar!
Porém, escondidos no peito,
estão os furacões,
Ondas bravias e turbilhões,
A borrasca que a nau, pode soçobrar,
E eles surgem a qualquer hora,
em qualquer lugar!
E vai navegando em alto mar,
Tudo é paz, até se ouve um sussurrar!
Os corações, demonstram calma,
Plena segurança, tal qual o mar.
Mas eis o contraste, os turbilhões,
Mar agitado e a expectativa,
De ver cumpridos seus ideais!
Aí surge o amor, forte arrojado,
A explodir, campo minado,
Sem rumo certo sem ideais!
É dinamite, é força bruta,
Que vem de chofre, ninguém segura!
Ah, quem pode prever,
Dos corações, os vendavais?
A chama ardente do amor puro,
Do amor sincero e verdadeiro,
Do amor amigo e companheiro?
Que de repente bate no peito,
E se aloja com todo direito,
Faz sorrir e faz chorar de felicidade.
Então, deixa explodir, vive os momentos,
Os turbilhões dessa paixão, a enfrentar!
Ah, chega a sonhar com uma família,
vida tranquila, um doce lar!
Ah, chegar de tardezinha, e descansar!
Mas, e a luta, os ideais?
Nos corações, qual pira acesa,
E a lenha ardendo a crepitar!
Salvar o mundo, da dor fatal,
Do abismo certo do caos total
Da dor pungente dilacerante,
Dos maremotos, dos turbilhões!
Porém, o preço a se pagar,
É muito alto,
Exige renúncia, sacrifício,
Dos corações já arraigados,
Oh, dor feroz! E, separados,
Abruptamente, sacrificados,
Sobre o altar do mundo louco,
Oferecido em holocausto,
Onde tudo é queimado,
somente as cinzas podem ficar!
E uma pergunta então latente,
vem aflorar.“Será que o mundo,
quer se libertar”?
Será que o orbe já conformado,
Merece a dor desse holocausto,
Desse um tão grande amor?
Não, o mundo não é digno!
Ou será que o mundo faz jus
A esse sacrifício? alguém já fez isso!
Pregado numa Cruz! É pra se pensar!... Jesus....
O-s ideais, nunca morreram!
L-uta perdida? Óh, jamais!
G-arantias? Enquanto há vida.
A-expectativa, não findará!
E-sperança é jamais vencida!
B-rutalmente fora afastada
E-la, o elo, estava quebrado
N-uma outra nau pra longe levada
A-o presídio foi confinada,
R-evira-se no seu ventre uma flor
I-nocente criança que ali foi gerada
O-ferta sublime de um grande amor
L-ágrimas choradas,
U-ma dor atroz,
I-nda que pareça batalha perdida.
Z-ás, de repente, gritam do caos!
C-alou-se o amor, não o grande sonho.
A-crisolado ficou dentro do peito,
R-umo ao incerto,
L-ugar não achou!
O-s ideais, calar? Jamais!
S-urgirão outros e se arvorarão!
P-átria amada, não desanime,
R-espira fundo, levanta o olhar,
E-m meio á luta vai marchando,
S-empre haverá um turbilhão,
T-entando dar-te felicidade.
E-nfrenta a luta com fé e coragem,
S-im, rumo certo á liberdade!
Esse poema eu compus quando assisti ao Filme "Olga".
Quero deixar bem claro aqui que não pertenço a nenhum partido político. Apenas quis expressar em versos uma historia de amor tão linda e um ideal que nos serve de exemplo para qualquer atitude que tenhamos de tomar para nós mesmos e ou em prol de outrem.