567-4-A CAVERNA DOS MONSTROS-Tarzan e os Homens Morcegos-9a./1oa. partes

Conto inspirado nas aventuras de TARZAN, personagem criado por Edgar Rice Burroughs (1885-1950) a quem presto minha homenagem.

Contem os seguintes capítulos da série:

9 - Tarzan desobre a Caverna dos Homens Morcegos

10- Uma Luz no fim do Túnel

9 –Tarzan descobre a Caverna dos Homens-Morcegos.

Tarzan caminhou o dia inteiro por entre pedras, cascalho e rochas ásperas. Na base de cada “torre” = e foram muitas as que encontrou na sua busca = procurava indícios dos homens morcegos, de alguma caverna e de qualquer pista que levasse ao esconderijo onde estaria Susana.

As sombras se alongavam ao entardecer e o sol era uma bola vermelha que descia rapidamente na direção do horizonte, quando Tarzan chegou a um lugar mais aberto. A vista se descortinava em uma série de platôs e poucas torres, e colinas circundando o vale.

=As cavernas dos homens-morcegos devem estar naquelas colinas que circulam este vale. Preciso encontrar o caminho, antes que os morcegos ou os homens morcegos me descubram.

A busca de Tarzan foi recompensada. Agachado entre as sombras das pedras, Tarzan viu um homem morcego planando.

=Uma sentinela! = murmurou Tarzan para si mesmo,= E está planando na direção daquele enorme buraco na encosta da colina. Tal qual eu desconfiava.

Tarzan galgou por sobre pedras, sempre procurando se manter escondido.

= Ele não me viu. Ótimo. Vou seguir e ver onde vai.

De platô em platô, Tarzan foi subindo, rumo ao buraco na encosta do morro.

=Se um desse homens-morcegos me vissem escalando esses platôs, poderia me jogar no chão com a maior facilidade. = Tarzan está preocupado, pois em alguns trechos da escalada ele fica completamente exposto, sem defesa no caso de um ataque vindo de um dos temíveis inimigos.

De repente, dois seres sobrevoam o lugar onde está Tarzan.

= Lá vêm eles! FUI DESCOBERTO! Mas são os verdadeiros morcegos gigantes. Preparam-se para caçar ou estará retornando da caça?

Os dois morcegos enormes, cuja envergadura de dois metros de asa, de ponta a ponta, já constatada pelo professor Mac Dick, sobrevoaram o lugar onde Tarzan estva.

Tarzan se pôs de pé, pronto para enfrentar os dois monstros alados. Sacou de sua faca, que brilha ainda aos últimos raios do sol.

O morcego atacou como um raio. Tarzan, contudo, já o esperava e cravou a faca no pescoço do abjeto animal, que tombou sobre Tarzan, com seu peso de mais de cem quilos.

O que poderia ter sido um desastre, salvou Tarzan do ataque do outro morcegão, que, ao ver o companheiro ficar inerte, e não tendo mais a visão de Tarzan, ficou desorientado e afastou-se do local.

O homem-macaco permaneceu quieto sob o morcego que matara.

= As asas e o corpo deste bicho me protegerão = pensou Tarzan, olhando o outro se afastar.

=É estranho como os morcegos e os homens morcegos têm comportamentos iguais.O raciocínio de Tarzan o leva a conjecturar sobre as origens dos homens-morcegos. = Os selvagens desta região talvez ficaram observando os morcegos e veio-lhes a idéia de colocar essas asas para fingirem-se ser também eles, morcegos. Os morcegos não os molestaram devido ao disfarce. E mais tarde, quem sabe? descobriram que podiam usar as asas para planar.

Seguindo na direção de onde haviam saído os grandes morcegos, Tarzan sentiu um odor acre.

= O ar por aqui tem um cheiro forte de morcego...de merda de morcego... e de fumaça.

Estou no caminho certo.

Na boca da caverna, uma constatação: completamente deserta.

=Não há guardas. Os que moram aqui certamente não temem inimigos. Devem julgar que os grandes morcegos bastam para a proteção.

De repente, ao dar uma volta na passagem, Tarzan se depara com um imenso salão subterrâneo. Tarzan se assusta.

=Opa! É aqui mesmo! Encontrei o esconderijo dos terríveis homens-morcegos.

10 –Uma luz no fim do túnel.

Tarzan já vira muitas cavernas em sua vida. As cavernas de Opar, do reino subterrâneo dos homens-formigas e de muitas regiões do mundo inteiro. Mas nada se comparava a esta maravilha da natureza. No fundo, que ficava para o oeste, para o poente, por uma fresta entre as rochas, os raios vermelhos do sol poente se infiltravam e iluminavam o salão. Estalagmites, Estalactites, formações redondas, pontiagudas, cortinas de pedra, tudo refletindo, em mil e uma inscrustrações de cristais, tudo mergulhado naquela sanguinolenta luz do por do sol.

Num momento, tudo estava iluminado; no momento seguinte, o sol se deslocou e apagou-se o espetáculo subterrâneo Tarzan se viu no escuro. Apenas a fresta por onde a luz do sol acabara de apagar-se, mantinha uma claridade tênue, o suficiente para Tarzan andar um pouco mais pela caverna adentro.

O cheiro terrível aumentava a cada passo que Tarzan dava. O solo estava forrado de detritos dos morcegos, Com coragem e determinação, ele caminhou no escuro, apalpando as colunas de pedra.

A claridade que penetrava pela fresta no fundo do salão ia diminuindo, mas foi na sua direção que Tarzan caminhou.

=Este lugar apesar de bonito, está completamente poluído pelos morcegos e pelos homens-morcegos. = Tarzan ia pensando = É incrível como homens podem viver aqui dentro.

Ao caminhar mais uma centena de metros, Tarzan “sentiu” que estava entrando em um túnel. Seus braços estendidos tocava as paredes laterais e ao levantar a mão, passou pelo teto.

A caminhada, agora totalmente no escuro, tornou-se menos difícil: o chão era plano, batido por muitos pés humanos que por ali passavam. Com os braços estendidos, Tarzan foi pelo centro do túnel. Mais uma curva e ele viu, ainda bem distante, a luz de uma fogueira.

Antonio Roque Gobbo
Enviado por Antonio Roque Gobbo em 10/12/2014
Reeditado em 10/12/2014
Código do texto: T5065378
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