566-4-O ATAQUE DOS MORCEGOS GIGANTES-Tarzan e os homens-Morcegos-4a.parte
TARZAN E OS HOMENS-MORCEGOS
NOTA- Texto inspirado nas aventuras do personagem TARZAN, criado por Edgar Rice Burroughs, a quem presto minha homenagem.
4-O ataque dos morcegos gigantes
No seu delírio, a moça escutava estranhos sons. Fechou os olhos, pensando estar delirando. O rufar das asas dos grandes morcegos tornava-se cada vez mais forte aos seus ouvidos.
=Eles estão famintos, nem esperam a noite para me devorarem.
Sim, os morcegos, criaturas de hábitos noturnos, se aproximavam batendo as asas, as silhuetas se destacando contra o vermelho pôr-do-sol. Um mais atrevido desceu a alguns metros da moça e soltou gritos terríveis.
=Vamos, professor, desde! Depressa, antes que aquele bicho mate a moça. = Gritou Tarzan dentro da cabine do helicóptero.
Com a aproximação do helicóptero, todos os grandes morcegos fugiram, menos um, o que estava próximo à moça, que jazia desmaiada no topo da torre.
Tarzan não vacilou. Ante a impossibilidade de chegar a tempo, arremessou sua faca de caça, a mesma que pertencera a seu pai, e que atingiu a nuca do morcego, prostrando-o, morto, a poucos centímetros do corpo dourado da prisioneira.
Tarzan não esperou qe o professor pousasse sua máquina. Saltou quando ela estava ainda flutuando.
=Os grandes morcegos não lhe fizeram mal...mas alguns intantes de demora...O homem-macaco pensou, ao seu aproximar do corpo inerte.
=Susana! Susana Day! Não tenha medo. = disse Tarzan, ao mesmo tempo que cortava as cordas com a faca ainda suja de sangue do morcego abatido há instantes.
A moça estava semi-desmaiada e parecia delirar.
=Hã? Oh! Devo ter morrido...ou...estou sonhando..? Ninguém conseguiria chegar até aqui..= Pronunciava as palavras debilmente, e nem se deu conta de que Tarzan a amparou nos seus poderosos braços.
=sonhando...? sonhando..!
O professor Mac, que havia descido do helicóptero, examinava a carcassa do morcego abaido por Tarzan. Pegou as asas com os braços abertos para medir a envergadura.
=Espantoso! Dois metros de asa, pelo menos.
Tarzan, com a moça nos braços, gritou para o velho:
=Professor! Traga logo a garra térmica com água e alguns cobertores. Depressa!
Aparentemente sem ter ouvido Tarzan, o velho ainda constatou:
=E é carnívoro!
=Larga esse morcego, Mac! A moça está mal! Traga logo a água! = Tarzan ficou impaciente com o amigo de aventuras.
a continuar
ANTONIO ROQUE GOBBO
Conto # 566 da SÉRIE 1.OOO HISTÓRIAS
Belo Horizonte, 7 de outubro de 2009