566-1-A MENSAGEM MISTERIOSA-Tarzan e os homens-1a.parte

TARZAN E OS HOMENS-MORCEGOS

Texto inspirado nas aventuras do personagem Tarzan, criado por Edgar Rice Burroughs, a quem presto minha homenagem.

1 - A mensagem misteriosa

Tarzan, Korak e o seu convidado, Professor Mac, caminham por uma trilha na floresta. Vão na direção da colina Pilong-Dil, onde o professor, um arqueólogo britânico de renome, pensa que encontrará vestígios de valor histórico.

Korak, filho de Tarzan, forte e com todas as qualidades do pai, caminha na frente. O professor Mac, um velho afável e esperto para os setenta anos, tem cabelos brancos abundantes, que lhe caem pela testa, barba também branca, que se mistura com um grande bigode. Barba e bigode cobrem completamente seu rosto e os olhos são vivos, espertos, por trás de óculos de grossas lentes.

Ao chegarem às margens do rio Conga-go, o professor observa uma bola boiando no rio.

=Veja, Tarzan, que estranha bola. Parece uma fruta.

=Pode deixar que eu vou buscar pro senhor, professor. = Grita Korak, ao mesmo tempo em que pula no rio.

Ao receber a bola das mãos do Korak, o professor verifica que não é uma fruta, como pensara. É um estranho enrolado de fios, de forma e tamanho de uma bola de futebol..

=Que estranho, Tarzan! Isto é um emaranhado de cipós e tiras finas de couro.

O Professor entrega a Tarzan o novelo de fios.

=Parece um novelo de de cipós. Não é coisa da natureza. Foi feito por mãos humanas, diz Tarzan, que examina a bola feita com cipós, tiras de couro, e fiapos de roupas.

=Professor, olhe! Isto é o envoltório de alguma coisa.

Tarzan corta o novelo e descobre dentro dele um pequeno canudo.

=É um pedaço de pele curtida. = Tarzan passa ao professor o canudo de pele.

=Mas...é um pergaminho! = exclama o velho.

=Pergaminho? Que é isso? Pergunta Korak.

=É uma pele bem fina, de carneiro ou de qualquer animal, curtida, e na qual se pode escrever ou desenhar, reponde Tarzan ao filho.

=E há qualquer coisa escrita neste minúsculo pedaço de pergaminho, diz o professor. = Parece uma mensagem.= O professor devolve a Tarzan o pergaminho enrolado.

Desenrolando o pequeno canudo, Tarzan confirma:

=Sim, há qualquer coisa escrita aqui. E na nossa língua! E também um minúsculo mapa.

Saltando entre os dois homens, o pequeno Korak impacienta-se e pede:

=O que está escrito? Leia para nós.

=Está bem, Korak, se aquiete. Vou ler o que está escrito = diz Tarzan, que lê:

“Na segunda Lua cheia, após as chuvas, eu, Susana Day, súdita inglesa, serei sacrificada aos morcegos, no Vale das Torres. Me salve!”

Korak, sem conhecer ainda os mistérios da selva, pergunta:

=Será uma brincadeira?

Tarzan mostra para ambos a mensagem com um desenho rústico, explicando:

=Aqui está um mapa. Reconheço o local, É o Vale das Torres.

O professor Mac, velho explorador do continente africano, examina o papel:

=Sim, agora me lembro do Vale das Torres. Já sobrevoei a região. Fica no além da grande cadeia de montanhas que os nuambis chamam de Montes Do Fim do Mundo. Estende-se por uma vasta área, de muitos quilômetros quadrados. Existem muitas colinas nesse extenso vale. Dizem os negros que as colinas são cheias de cavernas habitadas por demônios...

Continua.

ANTONIO GOBBO

Conto # 566 da Série 1.OOO-Histórias –

Belo Horizonte, 7 de outubro de 2009

Antonio Roque Gobbo
Enviado por Antonio Roque Gobbo em 04/12/2014
Reeditado em 05/12/2014
Código do texto: T5058779
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