Meus amigos, fiz uma homenagem à nossa poetisa e amiga Sonia de Fátima e está em "homenagens" Quem quiser ler e comentar aqui ou na sua página eu agradeço a atenção.
“ESTE ARAGUAIA” C: 06
No barco estávamos em cinco, Joel seu filho Moacir Leo o garoto que aprontara um fuzuê para ser levado também e conseguiu graças ao meu pedido ao Joel, Marta e eu. Coube sentar-me junto a Marta, não se importava de encostar-se a mim, aliás, parece que às vezes ela forçava esta situação, foi divertido pescamos numa ilhota de pedras muito charmosa e Marta me fez carregá-la até às pedras para não molhar os pés, ainda bem que era magrinha, senão o velho caipira tinha ficado mal, na ilhota ela ficou o tempo todo perto de mim, sentamo-nos em uma elevação de pedra mais alta como um banco tosco de pedra e numa vez que o Joel se aproximou de nós e ela estava distraída com o anzol, ele me deu uma cotovelada e esticou o beiço para o lado dela, minha vontade era rir, mas tive de segurar a barra.
Posso estar desatualizado em relação às maravilhosas, mas não esqueci quando uma mulher está jogando charme para cima de um homem, procurei não pensar nisto, não estava muito a fim de meter-me numa aventura com nenhuma mulher, mesmo sendo um pedaço de mau caminho como aquela fêmea que parecia estar no cio. Quase que para desmentir minhas certezas, ela descansou o braço em cima da minha perna e comentou: - isto aqui já foi muito melhor de peixe, ano passado eu peguei um tucunaré grande nesta ilha e agora nem um beliscão. Falei a guisa de resposta – devo ser eu com meu azar, nunca pesco nada lá em casa quando venho pescar já acham que só vou pra farra, ela não deixou por menos e chasqueou: - vai ver que pensam na musica, que pescar que nada, vou beijar na boca, riu como gosto também ri, afinal era para isto que eu estava ali, recuperar meu juízo e minha liberdade de pensamentos livres nos sonhos para fugir da realidade.
Não pescamos muito, Moacir é quem salvou o passeio pegando um pacu de mais de três quilos, nós pescamos uns piaus médios e eu fisguei uma arraia pequena, Joel não me deixou tirá-la do anzol, e lidou com o peixe dizendo que se eu tomasse uma ferroada do bicho, ele teria de me levar para o hospital, voltamos na hora do almoço, Os três amigos já tinham almoçado e se desculparam, pois iam sair de novo e se retiraram, ficamos em quatro no refeitório, já que Joel e os filhos almoçavam na cozinha.
Tinha me servido nas panelas em cima do fogão de lenha sentei-me numa das muitas mesas do galpão de refeições. Logo a seguir Marta serviu-se e perguntou se podia se sentar comigo, - claro respondi, por favor, é um prazer, ia bancar o cavalheiro para puxar a cadeira para ela, e a ouvi dizer descansando o prato sobre a mesa: - não se incomode aqui é lugar de pescar, cada um se vira. Sentei-me de novo, e eu caipira que sou, “não como educadamente, eu devoro a comida”, Tive de me comportar e entre uma garfada e outra eu mais respondia às suas perguntas do que fazia.
Fiquei sabendo que ela morava em Goiânia e se ofereceu se voltasse na próxima semana com a filha e o noivo de me trazer um carregador para o celular, agradeci, pois não funcionava, já que não tinha sinal e depois eu voltaria na terça feira para Belo Horizonte, ela disse: - vai não, se eu voltar não terá ninguém com quem eu conversar aqui, aqueles pescadores ali, fez um sinal com a parte de baixo da boca torcendo graciosamente o bem feito nariz para indicar os três amigos que aprontavam a trais de pesca na varanda e falavam alto contando as brincadeiras das pescarias, são uns grossos, aquele careca veio me cantar dei-lhe uma má resposta ele não se aproximou mais, eu pensei: )( Menos mal, que ela não quer ser cantada não estou mais para aventuras e com tanta atenção eu já estava acreditando que ela estava a fim de algum Love, até tinha pensado antes, que na hora que ela se apresentou, eu estava só de short sem camisa e se ela estava interessada é por que os vinte e oito quilos que emagreci tinham me deixado mais para bem do que mal.
O mestre Brasilio deixou este mimo, obrigado poeta valeu.
Ah, essa Marta
vale bem u´a mesa farta
é peixe que não se descarta
mais de Atenas do que de Esparta...
“ESTE ARAGUAIA” C: 06
No barco estávamos em cinco, Joel seu filho Moacir Leo o garoto que aprontara um fuzuê para ser levado também e conseguiu graças ao meu pedido ao Joel, Marta e eu. Coube sentar-me junto a Marta, não se importava de encostar-se a mim, aliás, parece que às vezes ela forçava esta situação, foi divertido pescamos numa ilhota de pedras muito charmosa e Marta me fez carregá-la até às pedras para não molhar os pés, ainda bem que era magrinha, senão o velho caipira tinha ficado mal, na ilhota ela ficou o tempo todo perto de mim, sentamo-nos em uma elevação de pedra mais alta como um banco tosco de pedra e numa vez que o Joel se aproximou de nós e ela estava distraída com o anzol, ele me deu uma cotovelada e esticou o beiço para o lado dela, minha vontade era rir, mas tive de segurar a barra.
Posso estar desatualizado em relação às maravilhosas, mas não esqueci quando uma mulher está jogando charme para cima de um homem, procurei não pensar nisto, não estava muito a fim de meter-me numa aventura com nenhuma mulher, mesmo sendo um pedaço de mau caminho como aquela fêmea que parecia estar no cio. Quase que para desmentir minhas certezas, ela descansou o braço em cima da minha perna e comentou: - isto aqui já foi muito melhor de peixe, ano passado eu peguei um tucunaré grande nesta ilha e agora nem um beliscão. Falei a guisa de resposta – devo ser eu com meu azar, nunca pesco nada lá em casa quando venho pescar já acham que só vou pra farra, ela não deixou por menos e chasqueou: - vai ver que pensam na musica, que pescar que nada, vou beijar na boca, riu como gosto também ri, afinal era para isto que eu estava ali, recuperar meu juízo e minha liberdade de pensamentos livres nos sonhos para fugir da realidade.
Não pescamos muito, Moacir é quem salvou o passeio pegando um pacu de mais de três quilos, nós pescamos uns piaus médios e eu fisguei uma arraia pequena, Joel não me deixou tirá-la do anzol, e lidou com o peixe dizendo que se eu tomasse uma ferroada do bicho, ele teria de me levar para o hospital, voltamos na hora do almoço, Os três amigos já tinham almoçado e se desculparam, pois iam sair de novo e se retiraram, ficamos em quatro no refeitório, já que Joel e os filhos almoçavam na cozinha.
Tinha me servido nas panelas em cima do fogão de lenha sentei-me numa das muitas mesas do galpão de refeições. Logo a seguir Marta serviu-se e perguntou se podia se sentar comigo, - claro respondi, por favor, é um prazer, ia bancar o cavalheiro para puxar a cadeira para ela, e a ouvi dizer descansando o prato sobre a mesa: - não se incomode aqui é lugar de pescar, cada um se vira. Sentei-me de novo, e eu caipira que sou, “não como educadamente, eu devoro a comida”, Tive de me comportar e entre uma garfada e outra eu mais respondia às suas perguntas do que fazia.
Fiquei sabendo que ela morava em Goiânia e se ofereceu se voltasse na próxima semana com a filha e o noivo de me trazer um carregador para o celular, agradeci, pois não funcionava, já que não tinha sinal e depois eu voltaria na terça feira para Belo Horizonte, ela disse: - vai não, se eu voltar não terá ninguém com quem eu conversar aqui, aqueles pescadores ali, fez um sinal com a parte de baixo da boca torcendo graciosamente o bem feito nariz para indicar os três amigos que aprontavam a trais de pesca na varanda e falavam alto contando as brincadeiras das pescarias, são uns grossos, aquele careca veio me cantar dei-lhe uma má resposta ele não se aproximou mais, eu pensei: )( Menos mal, que ela não quer ser cantada não estou mais para aventuras e com tanta atenção eu já estava acreditando que ela estava a fim de algum Love, até tinha pensado antes, que na hora que ela se apresentou, eu estava só de short sem camisa e se ela estava interessada é por que os vinte e oito quilos que emagreci tinham me deixado mais para bem do que mal.
O mestre Brasilio deixou este mimo, obrigado poeta valeu.
Ah, essa Marta
vale bem u´a mesa farta
é peixe que não se descarta
mais de Atenas do que de Esparta...