PESCARIA
PESCARIA
O grupo costuma ir ao Rio São Benedito, no coração do Estado do Para. É um lugar paradisíaco, pela exuberância da floresta amazônica. Ronaldo, Fábio, Savério, Gustavo, são os mais frequentes. Anualmente marcam o ponto lá. O local é servido por algumas pousadas, todas muito bem equipadas, ar-condicionado, TV, telefone, e diversos artigos inerentes à atividade, inclusive algumas peças do vestuário, que são imprescindíveis à proteção do pescador. O sol costuma ser terrível. E os mosquitos também.
As noites são maravilhosas, com o céu estrelado, dando a impressão delas poderem ser alcançadas pela mão do homem. Muitos deles costumam dormir em rede na varanda externa da habitação, para curtir o espetáculo gratuito oferecido pelas estrelas cadentes, pela lua e outros corpos celestes, visíveis facilmente a olho nu.
Foi numa noite dessas que aconteceu o inesperado, estando o grupo em seu lazer anual.
Deitado na rede de seu chalé, por volta da meia-noite, Fábio curtia o merecido descanso, após um dia de intensa movimentação, devido ao número de peixe apanhado. Foram mais de 15 horas dentro do barco. Um peixe atrás do outro, matrinchã, cachorras, corvinas, tucunarés, e muito mais. Pescaria esportiva, sendo tudo devolvido ao rio. Os amigos dormiam dentro do chalé. O ronco era ouvido bem longe.
Fábio, de repente, acordou pensando já ter raiado o dia devido a
claridade.
– Perdi a hora! Disse consigo mesmo. Os outros já deviam estar no barco, pescando. Procurou ver a hora.
– 01h30min! Não é possível! Esfregou os olhos e aí percebeu! O clarão vinha do céu. Chamou os amigos que, surpresos, viram aquela beleza de quadro. O que seria aquele fenômeno?
Era um perfeito dia. O rio, a floresta tudo parecia visível, como se já tivesse clareado, chegado a manhã.
O fenômeno durou apenas alguns segundos. Logo, tudo voltou ao normal. Escuridão somente abrandada pelo brilho das estrelas.
Eles foram testemunhas da passagem de um cometa!