A Moça do Saloon - Desafio de 30 Minutos

Este é um desafio/exercício, um texto escrito em 30 minutos, com um tema predefinido, neste caso "disputa sangrenta". E mais 5 minutos para corrigir eventuais erros (mas sem alterar o texto em si).

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– Ei, o que temos aqui? – disse o homem com a barba ruiva por fazer e um chapéu preto na cabeça para uma linda moça de cabelos castanhos e pele clara, enquanto indelicadamente pousava as mãos em seus ombros. Ele estava acompanhado de mais três homens; os quatro armados. Mas ela também estava acompanhada.

– Ei, tire suas mãos sujas da moça. – disse o homem que a acompanhava, sem sequer se virar, sua voz era rouca e seu tom ameaçador, mas ao mesmo tempo surpreendentemente contido. Era um homem de pele castigada pelo sol, tinha um poncho sobre os ombros, segurava um copo de whiskey com uma das mãos, a outra estava apoiada sobre o chapéu branco em cima do balcão.

- Hahahahahaha – gargalhou, olhando para os companheiros, como se perguntasse se entendiam a piada, eles apenas sorriram com o canto da boca – sim, vou tirar minhas mãos dela um pouco.

O sujeito inconveniente deu um passo a frente e bateu com o punho com toda força no rosto do homem que estava sentado. Esse caiu para trás com o rosto cheio de sangue, um sorriso brilhou rapidamente no canto de seus lábios sangrentos. Num gesto muito rápido, sem sequer se levantar ele pegou a garrafa no balcão e quebrou a sua base contra o mesmo, improvisando uma arma e tratando logo de espetá-la contra a garganta do adversário, mas logo havia três armas apontadas para si e ele apenas manteve a garrafa encostada na jugular do sujeito.

De repente, um tiro acertou em cheio a cabeça de um dos homens. Havia mais uma pessoa no local agora.

– Ei, o que querem com minha irmã o e meu cunhado? – ele ostentava uma estrela negra no peito, o que lhe rendera alcunha de Xerife Estrela Negra, apesar de não ser realmente um xerife.

Confusos com a nova e ilustre presença, os três homens restantes desviaram sua atenção do cara no balcão, este aproveitou a chance, sem tirar a garrafa da garganta do seu inimigo, num gesto extremamente rápido que seria difícil de descrever, tomou do balcão o chapéu e a arma que estava embaixo, pôs o chapéu na cabeça e apontou a arma pro adversário, largando a garrafa no chão e chamando sua atenção quando a mesma se estilhaçou.

– Vamos, pegue sua arma... Teremos um duelo! – anunciou na mesma voz rouca de antes.

O homem de chapéu preto não discutiu quanto à parte de pegar a própria arma, contudo questionou:

– Somos três contra dois, por que acha que a gente concord... – sua fala foi interrompida por um tiro, a moça aparentemente inocente disparara um tiro certeiro na cabeça de um dos homens, usando uma arma bem pequena.

Em seguida mais um tiro e seu outro parceiro estava morto, dessa vez fora Estrela Negra.

- Agora somos três contra um e eu insisto num duelo. – sorriu de canto de boca o homem do balcão – duelos costumam ser mais honrosos, mas nós somos bandidos. Eu proponho um duelo para que sua derrota seja total e irreversível.

E como ele disse, assim foi.