Em um Beco Sem Saída (EC)

Brazuca moveu-se rapidamente entre as pedras e correu.

Correu mais e o mais depressa que conseguiu...

A certa altura, parou ofegante e pensou estar a salvo.

Entretanto logo ouviu a voz de seu perseguidor.

Brazuca já conhecia o ditado: ”Se correr o bicho pega, se parar o bicho come!”

Voltou a correr...

Pego, morto ou mutilado, não importava.

Não ficaria parado, esperando a morte chegar.

Movia-se quase sem raciocinar, pois adrenalina jorrava em seus poros.

E, de repente, algo inesperado aconteceu...

Surgiu a sua frente um enorme cão que babava de ânsia em devorar...

Brazuca estava num beco sem saída...

Entre duas tragédias iminentes!

Atrás o perseguidor implacável e à frente o cão...

Mas, o cajado de Moisés abriu o Mar Vermelho e Brazuca acreditava nisso!

O cão deu predileção às canelas do perseguidor.

Brazuca não acredita na justiça social, nem na justiça dos contos da Constituição, pois é um “gato escaldado”, mas foi salvo pela justiça divina.

Brazuca evadiu-se do local e acordou suado!

Saltou da cama, lavou-se rapidamente, pegou a marmita na geladeira e foi para o trabalho...

No caminho leu no jornal do passageiro ao lado, sobre a lei que dá aos pais de dependentes químicos algo em torno de R$ 1400,00.

Brazuca recostou-se no assento duro da composição e adormeceu...

Sonhou que ele era o cão!

********************************************

Este texto faz parte do Exercício Criativo - Em um Beco Sem Saída

Saiba mais, conheça os outros textos:

http://encantodasletras.50webs.com/emumbecosemsaida.htm

INEZTEVES
Enviado por INEZTEVES em 08/12/2013
Reeditado em 09/12/2013
Código do texto: T4604245
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.