Uma Quadrilha, Um "Cavalo de Aço", Uma Cidade no Noroeste

Uma Quadrilha, Um “Cavalo de Aço”, Uma Cidade no Noroeste...

Um -

Com pontualidade britânica, chega a Baixo Guandu, cidadezinha do interior, ao Noroeste do Estado, o “Cavalo de Aço”, galopante, resfolegando e fazendo muito barulho, barulho metálico provocado pelo atrito rolante – rodas/trilhos de aço. À parada, na Estação ferroviária, os passageiros, no interior do trem, distribuídos em vários vagões (composição do trem 13 vagões cujo destino era aquela Estação, apressados, estressados e com suas bagagens em mãos, lançam-se espremidos pelos estreitos corredores entre as poltronas, em direção às portas de saída, alertados que foram pelas vozes irritantes que saiam dos alto-falantes, com instruções/informações para aquelas operações: “ próxima parada; estação tal; descida pela esquerda; tempo de parada...Etc. Nos patamares/alpendres dos vagões, ainda apertados, um afunilamento – a se tocarem corpos/bagagens, um empurra-empurra, desembocam numa escada para o desembarque. Três, quatros degraus... Ufa! Uma gostosa aventura! Desafiadora na medida que os degraus sempre estão em desníveis com as plataformas da Estações. Para velhos(as), idosos, deficientes, crianças... Riscos desnecessários...

Quatro charmosos idosos... A Quadrilha em fim chega ao seu destino; Baixo Guandu! Terra onde “corre leite...Ops! Terra da Manga Primorosa.

Baixo Guandu, cidade à Noroeste do Estado do Espírito Santo, 35 mil almas, importante produtor: agropecuário, fruticultura, café, pedras ornamentais (granito). Ao Norte, limites com Minas gerais, cidade de Aimorés.

A macrorregião – Aimorés/Baixo Guandu, situa-se entre rios – Mesopotâmia? Ao Norte de Aimorés, à montante do Rio Doce, que lhe drena, está o Rio Manhuaçu; ao Leste de Baixo Guandu, a jusante o rio que lhe empresta o nome, Rio Guandu. Ambos a desaguarem no Rio Doce.

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O sol daquele final de manhã à chagada do trem de passageiros – o “Cavalo de Aço -, oriundo de Vitória, no desembarque, a recebê-los, era abrasador, que como de hábito, exibia-se com incomum furor para aquela estação do ano – outono -,como se estivesse “punindo” os críticos visitantes, que têm no “clima”, o alvo predileto para mangarem os nativos...”Que calor”! “Tudo parado, não venta!” “Olha as folhas das árvores, nem balançam!” ... Tórrido calor...

Dois –

Adentram, descontraída e animadamente, falando alto, no quase deserto naquele horário, ao saguão da Estação Ferroviária da Vale, em Jardim América, Cariacica, na Grande Vitória – ES, dois integrantes da “Quadrilha”, dirigindo-se diretamente às bilheterias para comprarem passagens.

Um corredor em zig-zag, para organizar as filas, delineado por balizas em tubos de alumínio de aproximadamente de1 metro de altura e ligados entre sí ,por uma fita colorida , nas cores amarela e preta, liga diretamente o amplo salão ás bilheterias. Não tem errar. Supimpa!

“Bons dias meninas”! Cumprimenta as bilheteiras o Nandú, que havia se adiantado ao seu acompanhante, o senhor Fidel. “É aqui que se vende passagens de trem?”

Fidel, pensa: “Não Pedro Bó”, vende-se bananas...Mas que pergunta sô!”

“Bons dias”, respondem em uníssono as meninas sorrindo educadamente. Uma delas, muito bonita por sinal, exibe uma linda dentição branca e uma gengiva roxa de chamar a atenção.

“Por favor, meninas, emenda o Nandú. Satisfaçam a minha curiosidade: No transporte rodoviário, as atendentes de “bordo” do ônibus, geralmente moças, são chamadas de “rodomoças”; no aeroviário, “aeromoças”:aqui, no ferroviário, seria “ferromoças”?

Rindo as meninas respondem: “não, meu caro senhor! São “Ferromoços”, sexo masculino”...

Grunhe Fidel: Tô fora Cara!

“Brincadeirinha Fidel! Só para descontrair. Se for mesmo “Ferromoço”, podes crer, são gente fina... Não vão te maltratar...

“Bem, vamos ao importante”. Contínua o Nandú, dirigindo-se às bilheteiras: “Quanto custa uma passagem na classe Executiva para a cidade de Baixo Guandu?” “R$. 36,00”, responde a menina cor de jambo.

“Hiii, qual Nandú! Você disse, R$. 16,00. Os irmãos “papa-goiaba” vão chiar”. Sei não, melhor consultar. Também acho que não tenho aqui comigo essa grana toda...As minhas , mais as deles, quase 400 paus!”

“Fidel, não esquenta! Acho que tenho algum comigo aqui. Depois acertamos. Temos que comprar hoje, com essa antecedência, se não vamos perder a viagem”.

“Menina, quero quatro passagens de ida e volta, poltronas juntas, no “meio” vagão, paralelas umas às outras, para Baixo Guandu”.

“Sim senhor. Documentos de identidade por favor”.RG.”

Fidel exclama: “pegou!. O Antony, viajou. O Pablo...”

“Fácil Cara. Você não está com o seu Celular? Ligue para eles”

“Para o Pablo é tranquilo. Mas para o Antony...Eu não sei , ele não tem telefone Celular.

“Sem problema Fidel, o Pablo deve saber. Vamos telefone “.

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Três –

“Então está decidido!” Peremptoriamente o grupo de amigos, a “Quadrilha”, decide e define a programação para a viagem ao interior do Estado, para a cidade de Baixo Guandu. Cidade frequentemente citada, lembrada, por um dos “amigos” do grupo. Com espírito de desbravadores, quatro insuspeitos senhores, de cabelos brancos, a denunciar suas idades, resolvem aventurarem-se, a exemplo dos “cowboys” do velho oeste Americano, para desbravarem um “novo Noroeste”, só que brasileiro e espírito-santense, com o propósito de conhecerem “in loco”, entre outros, a origem de um saboroso fruto tropical, muito calórico, dulcíssimo, tão decantada em versos e prosas à exaustão por um dos “quadrilheiros” – também sua terra natal, o senhor Nandú : a Manga PRIMOROSA.

Na “Caverna Sheik’s”, o Saloon, ponto preferencial para encontros, reuniões de grupos, patotas, bandos... Também da “nossa Quadrilha”. Todas as manhãs veem-se “senhores”, sábios senhores ali reunidos e/ou mesmos dispersos, a discutirem “tolices” – coisas leves, livres -, também para o “boca livre” cafezinho, o pretinho coado no saco – forte, frio e sem doce, com formigas f.f.f...

Discutir futebol é o tema preferencial... Mangarem uns com os outros é corriqueiro. Também arriscarem uns reaizinhos num ‘bom” palpite no jogo do bicho... Olharem, com olhar “pidão”, as lindas meninas que na Avenida principal transitam a balançarem suas ancas, a mostrarem roliças pernas, a exibirem corpos sarados, quase sempre em direção a praia, à próxima Praia de Itapoã. Ela é logo a alí...

Ali também sempre se reúne a “Quadrilha Bossa-Velha”, bolorenta, cheirando a naftalina, composta por quatro “velhos” caçadores, cujos tiros de suas respectivas espingardas, só atingem o alvo no dedão dos pés, e se acham charmosos e ainda capazes e em condições de caçar, que ousadamente se decidem em fim por: “vamos todos a lá aventura!

Os decididos aventureiros -“Bossa-Velha”: Antony, Nandú, Fidel e Pablo, com exceção do dissidente Jós, que por alegados motivos de falta de preparo físico e com pouca autonomia doméstica, desistiu, apesar de ter sido inicialmente o mais entusiasta e estrategista da empreitada. Uma pena...

Os irmãos, Antony e Pablo ( os papa-goiaba ), assanhados e encantados com a oportunidade de “liberdade” doméstica, logo toparam juntamente com o convicto solteirão e tico-tico no fubá, Fidel, que sem demora passou a intermediar todas as tratativas do evento.

Outros frequentadores do “Saloon”, amantes de bebidas fermentadas, também de destiladas, além do “pretinho passado no saco”, testemunharam e acompanharam à distância, todas as tratativas da viagem/aventura ( estávamos indo para uma cidade fantasma, do faz de conta?). Para alguns, sim. Alguns achavam uma temeridade –“ “idosos” desacompanhados a viajarem para o desconhecido!”-,outros torciam contra – principalmente os torcedores do Vasco, posto que a “Quadrilha “ é formada por torcedores do Flamengo -, outro ainda a favor, pois pensavam: “ vem manga por aí”.

No geral, todos aguardavam história no retorno...

Quatro-

Pelo telefone, Nandú combina com um dos “Quadrilheiros”:”Fidel, já verifiquei os preços da nossa hospedagem, no melhor hotel da cidade, Hotel Barbosa. Informações que disponho, garantem que o atendimento é de primeira. Apartamentos com ventilador e ar condicionado. Chamo a sua atenção para a minha preferencia : um apartamento de solteiro, com uma só cama. Tem também apartamentos para solteiro com até três camas. Entre em contato com os irmãos “papa-goiabas” e definem. Temos uma semana para confirmação das reservas”.

“Pode deixar, Nandú. Vou-me encontrar ainda hoje com o Antony e passar a informação.Com o Pablo, vou combinar por telefone. Mas eu acredito a nossa opção, dos três, será por um apartamento de solteiro com três camas. Fica mais em conta”. “OK Fidel. Mas olha, não é por nada não ser a minha opção por ficar sozinho num aptº. É porque eu durmo e levanto muito cedo. Não quero incomodar”... “ Claro, claro, tudo bem”!

“Aguardo seu retorno para eu fechar com o Hotel, certo?”

“Agora vamos decidir como será o nosso deslocamento daqui para a Estação de Trem, no dia da viagem. Veja bem, o trem sai às 7:00h da manhã. Trem não espera ninguém; melhor não nos atrasarmos”.

“Combinamos então sairmos daqui “Caverna do Sheik”s às 6:00h...Por causa do trânsito, vamos que ele esteja engarrafado?” “Tudo OK. Combinado. Vou conversar e agendar com o Taxi, está bem?

Cinco -

Um dia antes da viagem da “Quadrilha – Bossa Velha”, às vésperas do inicio da aventura, Fidel, preocupado liga para o Nandú, que a essa altura do campeonato, já estava com tudo pronto. Bagagem arrumada; pendências domésticas corriqueiras resolvidas e/ou atualizadas; tudo nos trinques...

O telefone celular toca e ele atende, era o estressado Fidel a lhe informar: “o Pablo perdeu as passagens! Não sabe a onde foi parar, a onde as guardou. Sumiram! Tem como conseguir outras, ou mesmo viajar sem elas?”

O Nandú pensou consigo mesmo; “ Sem passagens ninguém nem entra na plataforma de embarque. Não viaja. E as reservas do Hotel, como ficam?”

“Caramba Fidel! Como isso pode acontecer, Cara?”

“Acontecendo, acontecendo Nandú. O Pablo é meio devagar...Tem solução”

“Fidel, as passagens são individuais, nominais e intransferíveis. Têm inclusive o número do RG do passageiro... Então, só voltar lá na Estação, na bilheteria, apresentar o RG original e contar a história, contar o que realmente aconteceu e, solicitar as 2ªs vias das passagens. Alegue também ser um idoso; faz uma cara de bebê chorão... Talvez ele consiga...”

“Tá bom! Vou falar com ele, Tchau!”

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“Fidel, conforme o combinado, já são 4:20h. Até lá na “Caverna Sheik’s às 6:00h. O Taxi vai estar lá neste horário... Ah, sim. E o Pablo, achou as passagens? Você não me retornou, estou sem saber”. “Nandú, também ele não me deu retorno. Espero que sim!”

O suspense, a dúvida permaneceu.

“E o Antony? Esta tudo certo com ele?” “Também espero que sim. Esses irmãos “papa-goiabas. E ainda por cima vermelhos... Até daqui a pouco...”

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A Avenida Jair de Andrade àquela hora estava quase deserta. Uns poucos madrugadores estavam a transitar por ela. A manhã, o sol, o céu, a fresca brisa matinal vindo do mar próximo, estavam lindos. O dia prometia ser ótimo! Um silêncio agradável, permitia-se ouvir-se os cânticos de vários pássaros, com predominância para os canarinhos amarelos, os bem-te-vi e, ao longe, sabiás da praia. Sim, o dia muito prometia...

Da minha Rua esquina com a Avenida dá para ver o Alpendre, que àquela hora estava deserto, vazio, de mesas e de pessoas. O contumaz burburinho, começaria mais tarde, com o agitado ir e vir dos “fila cafezinhos”, a marcarem a infalível presença, como de hábito e particularmente após às 9:00h.

Hoje, excepcionalmente, a “Quadrilha” não estará presente. Sua ausência certamente será lembrada. “Onde estarão, a essa altura da viagem, aqueles “velhos” malucos? Fundão, na terra do Zé Ignácio? Em Colatina, onde o Prof. Jorge leciona? Programa de índio...Ou de Cowboy?”

De repente o Fidel aparece de bagagem nas mãos e se junta ao Nandú, madrugador que já estava `postos. Ao longe, também já na Avenida, aparece, à passos de ganso, o Antony.

...O Pablo... Bem o Pablo... Cadê o Pablo? Mas ainda faltam 3 minutos, está cedo para o horário combinado...

“E aí Fidel, o Pablo achou as passagens? Antony, você sabia que o Pablo, perdeu as passagens?”

“Não, não sabia. Vai ver que alguém da casa escondeu...”

“Nandú, mais tarde ele me ligou. Parece que a esposa dele guardou-as em outro lugar e não o avisou. Mas ficou tudo bem.”

“Ufa!, Ainda bem. Estava preocupado.” E você Antony, esta animado? Está levando muita munição? E as passagens estão com você?”

“Sai fora Nandú, lá em casa mando eu.”

“Sei não Cara. Sei não!”

O Taxi chega, manobra e estaciona... 6:00h... E espera... Espera... Passa do horário combinado.

...E o Pablo? Vem ou não vem?

Olhem! Quem vem ... A esposa... Mas e o Pablo?

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O taxi e o taxista não eram o que os que o Nandú contratara. O motorista, embora conhecidíssimo, pessoa reconhecidamente do bem, não era o esperado. A corrida era “meio” especial, porquanto, os “idosos” não estavam acostumados a saírem desacompanhados dos seus cuidadores responsáveis. Tinham traumas do “desconhecido”... Mas , por fim satisfez e agradou pelo profissionalismo e atenção.

O Pablo, o retardatário Pablo, nem se deu conta que chegara fora do horário combinado e, devagar, sem pressa, nem se desculpou.

Entramos e partimos. Os irmãos Antony e Pablo num gesto automático e sincronizado marcaram-se com o sinal da fé católica – sinal da Cruz.

O veículo superlotado, todos imprensados, uma “Quadrilha” inteira, cheirando a naftalina, tossindo e raspando garganta, cuspindo pelas janelas do carro... Enquanto o seu lindo e limpíssimo veículo, deslizava, livre, lépido e velozmente em direção à Estação Ferroviária.

Trinta minutos depois estávamos no já cheio Salão de Embarque, misturados aos inúmeros passageiros, atrapalhados pelas filas “meio” organizadas, porém organizadas.

Nandú à frente e a apontar caminhos. De repente tornara-se cicerone do grupo, da “Quadrilha”. Os outros – Antony, Fidel e Pablo, seguiam-no, não sem de vez em quando resmungarem, reclamarem da pressa. O Pablo então... Deslumbrado com que via, mais lerdo ficava. O Antony, tirava vantagem da sua elevada estatura, conseguia vislumbrar “caças” à abater a centenas de metros de distância; enquanto o Fidel, arriscava à presas mais próximas, as de glúteo avantajado então... Cobiçadas!

Os rostos dos outros passageiros, seus semblantes, rostos a brilharem de suor, ante as expectativas do momento do embarque. Os olhos constantemente olhando e conferindo os bilhetes das passagens. O Trem, parado na plataforma, já à posto; a separá-lo dos ansiosos passageiros, três portões com funcionários uniformizados a examinarem as passagens/documentos/bagagens e, a orientarem – direção/vagões correspondentes. Tudo muito de pressa, mas organizado.

No meio dessa organizada confusão, a “Quadrilha”. Cabelos brancos, no meio da multidão a identifica-los. Seus componentes, impávidos, molemente e despreocupadamente seguiam o cicerone. Carro/Vagão E-1, poltronas: 34/35; 36/37 ( corredor/janelas). Bagagem nos bagageiros sobre as poltronas. Ufa! Sentaram...

As 7:00h em ponto, silenciosamente o “Cavalo de Aço”, dá a partida. Começa a aventura...

Seis –

O ambiente no interior do vagão é agradável, fresco, mais para frio. Alguns passageiros mais friorentos ou precavidos estão a ser proteger usando agasalhos de “grosso calibre”, até gorros multicoloridos.

O ruído próprio dos “cascos com ferraduras”, ops!, das rodas/trilhos, é monótono, rítmico e provoca sono. De vez em quando, o serviço interno de alto falantes, despeja informações e instruções variadas, numa verborragia irritante, porquanto, a estridência e o alto volume, espanta o incipiente e teimoso cochilo. O vai-e-vem de passageiros a andarem pelo corredor do vagão, não cessa em nenhum momento. O balanço do “Cavalo”(trem), os lança em cima dos outros, para e para cá, muitas vezes, chegando até a caírem no colo de algum desavisado “cochilante”, que estão sentados.

As paisagens vista de relâmpago através das janelas de vidro translúcidos do Trem, desfilam velozmente, dificultando muitas vezes, a identificação do que se lhes oferecem. Paradas (Estações), fazendas, sítios, gados – bovino, caprino, equino, campos cobertos de capim para alimentar o gado, plantações de café, árvores frutíferas e de outras espécies... Córregos, rios, cachoeiras,... Florestas, matas... Terrenos áridos. Cidades, povoados... Pontes (mata- burros), viadutos... Túneis... Ufa! Muita coisa para se ver e admirar.

Com os olhos fixos – cansados olhos! -, os “Quadrilhenhos”, não deixavam escapar nenhum detalhe, apesar das visões fugazes de todas as beleza que viam.

Uau! Bacana, maneiro... A escuridão dos túneis. Uau!; Uais!; Uais...

“Pão de queijo quentinho! Pamonha com goiaba!

“Atenção: Estou anotando reservas de marmitex para o almoço! ”Grita alto e estridentemente, o “Ferromoço” .

“Senhores passageiros, o som dos alto falantes, o Chefe do Trem, tenham às mãos sua passagens, pois faremos uma checagem, uma revisão”...

Rotinas de uma viagem... O “Cavalo de Aço” avança, vence distâncias, encanta os passageiros. O mutismo dos “Quadrilhenhos”, indica a satisfação de poderem saborear cada instante desta aventura.

Novamente o Chefe do Trem no alto falante: “senhores passageiros com destino à Cidade de Baixo Guandu, última cidade do Estado do Espírito Santo. Parada Tempo de parada: 3 minutos”

Sete –

10:20h , manhã de sol, calor outonal, em fim a Cidade de Baixo Guandu... A “Quadrilha – Bossa – Velha” toma-a de assalto, pacificamente, sem nenhuma resistência dos nativos. O Xerife estava ausente.

O assalto, a ocupação se dá com um singelo “primeiro passo”... Passo a passo, a pé mesmo! Da Estação Ferroviária, mochilas nas mãos... Hotel, Hotel Barbosa.

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Terra onde “Corre leite e... Mangas!”...

Chegamos pessoal.

“Quadrilha”... Coisas e tal.

Taxi, taxi... Charrete, pois o chão derrete,

Tração animal.

Claro, chegamos no “Cavalo de Aço”.

Terra onde “Corre... Mangas!”

Nas travessas, nas Ruas, na Avenida Principal.

Atenção: Manga Primorosa,

Veja pessoal!

Gostosa!

Maior sabor não há.

Dulcíssima!

Saudade caríssima,

Vim somente agora para te resgatar.

Saborosa!

Maior sabor... Não há!

Primor, manguita, espada, coquinho, rosa... Primorosa!

A Manga!

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“”Senhora viemos de Vila Velha, na Grande Vitória. Queremos comprar mangas. Manga Primorosa”... “Ah, meus caros! Infelizmente não tem. Não está na época, só daqui um mês... Mas leva da nossa aguardente de manga, Primorosa, feita aqui mesmo ”...

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Tour Turístico:-

.Aimorés – MG. Cidade limítrofe.

-Barragem/desvio do curso das águas do Rio Doce/Pedra da Lorena;

-Instituto Terra – Leila Daluiz/ Sebastião Salgado “ Reconstruindo a

Mata Atlântica”.

.Baixo Guandu – ES

-Aeroporto/ Hangar avião de madeira/ sr Jeter;

-Polo Industrial Fabrica de Aviões / Outras;

-SAE- Serv. Tratamento de Água – Fluoração – 1ª da América do Sul;

- Sede – Caixa d’água / Túmulo Sol. Aldomário Paixão (Heroi);

-Vista ( lado de Bx, Guandu), Casa de máquinas/ hidroelétrica de

Aimorés.

FIM nov/2013

BNandú
Enviado por BNandú em 29/11/2013
Reeditado em 26/12/2013
Código do texto: T4591796
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