A Aldeia (XXXIII)
Amom logo que saiu de dentro da cabana, foi cercado pelas mulheres que queriam saber de seus familiares, ele se sentou na sombra do velho baobá, que de tão velho já não dava frutos, e pediu à Caaleje para reunir todas as guerreiras à sua volta. Uma à uma iam chegando as guerreiras que se sentavam à sua volta e somente quando a última guerreira chegou acompanhada de Noah e mais duas idosas, foi que ele lhes disse:
- Vou lhes relatar tudo o que aconteceu. Não sei se todas vocês conhecem a Cachoeira do Arco Iris. É uma grande queda d'água que fica no rio Rubiá, onde as águas despencam de uma altura de quatro baobás e olhou para a parte mais alta da árvore. Esse nome de Cachoeira do Arco Íris se deve às gotículas de água que se espalham à sua volta, e quando o sol ilumina essas partículas de águas, forma um arco íris de grande beleza.
- Amom, diga logo, nossos maridos e filhos estão bem?
- Estão, estão bem, disse ele com uma ponta de irritação. E continuou:
Nós preparamos um desafio para os jovens que teriam que subir por uma corda para um patamar que ficava na terça parte da altura da grande queda. Alguns já tinham subido e descido, outros estavam lá em cima e alguns ainda esperavam seus momentos de enfrentar o desafio, quando os tiros de bacamarte soaram e os portugueses acompanhados por alguns negros safados, nos cercaram e prenderam.
Não mataram nenhum dos nossos...
Assim ele disse para sossegar a ansiedade das mães. E continuou:
Estão todos bem, mas presos esperando para serem enviados para a América, nós vamos tentar resgatá-los, ainda temos tempo, porque só têm dois navios que levam os escravos e a viagem demora três meses até chegar aos destino.
Então ele relatou seu plano e perguntou para as guerreiras:
- Quem quer nos acompanhar nessa batalha?
Todas levantaram seus braços, até uma idosa... Então ele lhes disse:
- Quem for, tem que fazer um treinamento com Roan par estarem habilitadas na hora de enfrentar o inimigo.
As mulheres em geral ficaram satisfeitas com as explicações, mas algumas ainda queriam saber mais detalhes sobre seus maridos, mas ele cortou:
- A única coisa que posso lhes dizer é que estavam vivos, já saí de lá há mais de dez dias, espero que estejam bem...
Aulah puxou-o pelo braço e se juntou a Kally e foram para a cabana conversar.
- Acredito que agora elas se acamem, Kally, diga ao Auan para providenciar o treinamento das guerreiras, e que o Roan fique inteiramente à disposição desse projeto.
- Tudo bem, eu direi, Amom, mas estive pensando na proposta de visitar as outras aldeias e tenho uma sugestão.
- E qual é?
- A Aldeia Maurid, embora seja a mais longínqua, poderia ser a primeira a ser visitada...
- Porque?
- Eles não são criadores de cavalos?
Amom levantou-se esmurrando o ar e disse rindo:
- Grande ideia, minha rainha!
Amom logo que saiu de dentro da cabana, foi cercado pelas mulheres que queriam saber de seus familiares, ele se sentou na sombra do velho baobá, que de tão velho já não dava frutos, e pediu à Caaleje para reunir todas as guerreiras à sua volta. Uma à uma iam chegando as guerreiras que se sentavam à sua volta e somente quando a última guerreira chegou acompanhada de Noah e mais duas idosas, foi que ele lhes disse:
- Vou lhes relatar tudo o que aconteceu. Não sei se todas vocês conhecem a Cachoeira do Arco Iris. É uma grande queda d'água que fica no rio Rubiá, onde as águas despencam de uma altura de quatro baobás e olhou para a parte mais alta da árvore. Esse nome de Cachoeira do Arco Íris se deve às gotículas de água que se espalham à sua volta, e quando o sol ilumina essas partículas de águas, forma um arco íris de grande beleza.
- Amom, diga logo, nossos maridos e filhos estão bem?
- Estão, estão bem, disse ele com uma ponta de irritação. E continuou:
Nós preparamos um desafio para os jovens que teriam que subir por uma corda para um patamar que ficava na terça parte da altura da grande queda. Alguns já tinham subido e descido, outros estavam lá em cima e alguns ainda esperavam seus momentos de enfrentar o desafio, quando os tiros de bacamarte soaram e os portugueses acompanhados por alguns negros safados, nos cercaram e prenderam.
Não mataram nenhum dos nossos...
Assim ele disse para sossegar a ansiedade das mães. E continuou:
Estão todos bem, mas presos esperando para serem enviados para a América, nós vamos tentar resgatá-los, ainda temos tempo, porque só têm dois navios que levam os escravos e a viagem demora três meses até chegar aos destino.
Então ele relatou seu plano e perguntou para as guerreiras:
- Quem quer nos acompanhar nessa batalha?
Todas levantaram seus braços, até uma idosa... Então ele lhes disse:
- Quem for, tem que fazer um treinamento com Roan par estarem habilitadas na hora de enfrentar o inimigo.
As mulheres em geral ficaram satisfeitas com as explicações, mas algumas ainda queriam saber mais detalhes sobre seus maridos, mas ele cortou:
- A única coisa que posso lhes dizer é que estavam vivos, já saí de lá há mais de dez dias, espero que estejam bem...
Aulah puxou-o pelo braço e se juntou a Kally e foram para a cabana conversar.
- Acredito que agora elas se acamem, Kally, diga ao Auan para providenciar o treinamento das guerreiras, e que o Roan fique inteiramente à disposição desse projeto.
- Tudo bem, eu direi, Amom, mas estive pensando na proposta de visitar as outras aldeias e tenho uma sugestão.
- E qual é?
- A Aldeia Maurid, embora seja a mais longínqua, poderia ser a primeira a ser visitada...
- Porque?
- Eles não são criadores de cavalos?
Amom levantou-se esmurrando o ar e disse rindo:
- Grande ideia, minha rainha!