A Aldeia (XXVI)
- Majestade, fui procurar umas ervas e encontrei um homem, quase morto, ele precisa de ajuda.
- E ele disse quem era, de onde era?
- Ele está tão debilitado que não consegue falar, mas entendeu o que eu disse, ele é muito alto e eu sozinho não conseguiria trazê-lo, voltei para buscar ajuda, mas escureceu...
- Você sabe voltar até lá?
- Na escuridão não sei se vou conseguir...
- Então, antes de clarear, saiam para ir buscá-lo, você, Roan, Isaac e Malec. Preparem logo uma maca para trazê-lo. Você tem remédios para dar-lhe?
- Tenho, nosso estoque de remédios está bom.
-Então fale com os rapazes e providenciem tudo.
Está certo, majestade, fique tranquilo.
Antes mesmo do sol apontar os quatro saíram sem nada dizer para as mulheres e levando a maca foram buscar o homem que Ormec havia encontrado.
Procuraram por três horas e já imaginavam que eletivesse sido resgatado por outras pessoas ou mesmo sido devorado por alguma fera, quando o viram desmaiado atrás de uma moita de capim.
Eles o viraram, suas costas estavam todas marcadas por açoite, e as formigas já se acumulavam onde havia sangue pisado.Com o devido cuidado eles limparam suas feridas, Ormec lhe aplicou um unguento e o colocaram na maca. Ele já não esboçava qualquer reação e Ormec espremeu em sua boca um pano úmido, as gotas correram em seus lábios ressequidos e nem assim ele reagiu. Ormec olhou para os demais e disse:
- Ele está muito mal, temos de levá-lo logo!
- Seu corpo está frio, é melhor agasalhá-lo, e ato contínuo Isaac retirou sua própria blusa e colocou sobre o corpo do homem.
Os quatro seguiram com dificuldade, levando o fardo pesado, passando por trechos difíceis, por entre arbustos e descidas íngremes, cuidando para que o desconhecido não caísse da maca e se machucasse mais ainda do que já estava. Tiveram que parar diversas vezes para descansar os braços e trocar de mãos, mas antes do meio dia estavam chegando na Aldeia Van.
Eles foram rodeados pelas mulheres e uma delas gritou:
- Aulah! Venha Aulah, eles trouxeram o Amom!
Aulah se acercou da maca, olhou para Amom e começou a chorar...
- Quem fez isso em você, Amom? Você está todo machucado, querido... Você vai sarar, eu te prometo, eu juro, eu juro!
Auan mandou que todos se dispersassem, mandando que o levassem para junto do cantinho de Aulah e olhando para ela, disse:
- Você vai ficar encarregada de cuidar do seu marido, pede os remédios ao Ormec e siga as orientações dele.
Foram três dias de febre, Amom tremia da cabeça aos pés, Aulah trocava lençóis e cobertas, ministrava os remédios que Ormec tinha indicado, dava-lhe água e sopa em colheres, até que após a terceira noite ele parou de gemer e balbuciou alguma coisa incompreensível.
- Ele está melhorando, Aulah, vai conseguir superar e sair desta, é um homem forte, um atleta, disse-lhe Ormec.
As feridas começaram a serem cicatrizadas e no quinto dia ele reconheceu Aulah:
- Eu consegui, minha mulher, eu consegui! Quem é o moço que me salvou?
- Ele e mais três vieram vender cabras para nós e o Auan pediu para eles ficarem conosco para caçarem animais para nós, um deles sabe tudo sobre remédios, foi ele quem te curou.
- Ele é um homem bom, Aulah, porque um outro me viu e não me socorreu...
- Você está fazendo confusão, Amom, ele te encontrou de noite e veio aqui buscar o socorro, fizeram a maca e foram te buscar.
- Majestade, fui procurar umas ervas e encontrei um homem, quase morto, ele precisa de ajuda.
- E ele disse quem era, de onde era?
- Ele está tão debilitado que não consegue falar, mas entendeu o que eu disse, ele é muito alto e eu sozinho não conseguiria trazê-lo, voltei para buscar ajuda, mas escureceu...
- Você sabe voltar até lá?
- Na escuridão não sei se vou conseguir...
- Então, antes de clarear, saiam para ir buscá-lo, você, Roan, Isaac e Malec. Preparem logo uma maca para trazê-lo. Você tem remédios para dar-lhe?
- Tenho, nosso estoque de remédios está bom.
-Então fale com os rapazes e providenciem tudo.
Está certo, majestade, fique tranquilo.
Antes mesmo do sol apontar os quatro saíram sem nada dizer para as mulheres e levando a maca foram buscar o homem que Ormec havia encontrado.
Procuraram por três horas e já imaginavam que eletivesse sido resgatado por outras pessoas ou mesmo sido devorado por alguma fera, quando o viram desmaiado atrás de uma moita de capim.
Eles o viraram, suas costas estavam todas marcadas por açoite, e as formigas já se acumulavam onde havia sangue pisado.Com o devido cuidado eles limparam suas feridas, Ormec lhe aplicou um unguento e o colocaram na maca. Ele já não esboçava qualquer reação e Ormec espremeu em sua boca um pano úmido, as gotas correram em seus lábios ressequidos e nem assim ele reagiu. Ormec olhou para os demais e disse:
- Ele está muito mal, temos de levá-lo logo!
- Seu corpo está frio, é melhor agasalhá-lo, e ato contínuo Isaac retirou sua própria blusa e colocou sobre o corpo do homem.
Os quatro seguiram com dificuldade, levando o fardo pesado, passando por trechos difíceis, por entre arbustos e descidas íngremes, cuidando para que o desconhecido não caísse da maca e se machucasse mais ainda do que já estava. Tiveram que parar diversas vezes para descansar os braços e trocar de mãos, mas antes do meio dia estavam chegando na Aldeia Van.
Eles foram rodeados pelas mulheres e uma delas gritou:
- Aulah! Venha Aulah, eles trouxeram o Amom!
Aulah se acercou da maca, olhou para Amom e começou a chorar...
- Quem fez isso em você, Amom? Você está todo machucado, querido... Você vai sarar, eu te prometo, eu juro, eu juro!
Auan mandou que todos se dispersassem, mandando que o levassem para junto do cantinho de Aulah e olhando para ela, disse:
- Você vai ficar encarregada de cuidar do seu marido, pede os remédios ao Ormec e siga as orientações dele.
Foram três dias de febre, Amom tremia da cabeça aos pés, Aulah trocava lençóis e cobertas, ministrava os remédios que Ormec tinha indicado, dava-lhe água e sopa em colheres, até que após a terceira noite ele parou de gemer e balbuciou alguma coisa incompreensível.
- Ele está melhorando, Aulah, vai conseguir superar e sair desta, é um homem forte, um atleta, disse-lhe Ormec.
As feridas começaram a serem cicatrizadas e no quinto dia ele reconheceu Aulah:
- Eu consegui, minha mulher, eu consegui! Quem é o moço que me salvou?
- Ele e mais três vieram vender cabras para nós e o Auan pediu para eles ficarem conosco para caçarem animais para nós, um deles sabe tudo sobre remédios, foi ele quem te curou.
- Ele é um homem bom, Aulah, porque um outro me viu e não me socorreu...
- Você está fazendo confusão, Amom, ele te encontrou de noite e veio aqui buscar o socorro, fizeram a maca e foram te buscar.