A Aldeia (XX)
- Vamos cortar bambus, todos do mesmo tamanho, incentivava Malec.
- Nós cortamos os bambus e você toca flauta? Vamos trocar, me dê essa flauta que lhe dou o serrote...
- Está certo, me dê o serrote, vou lhe mostrar como você é vagarosa... Comigo mulher mole não tem vez!
Pegou o serrote e cortou várias peças. Depois havia que se abrir os bambus em meia cana, e colocá-los, um ao lado do outro, prendendo-os com o barro. Quando a parede ficou toda revestida, a impressão que deu, era que a casa era toda feita de madeira.
A parede frontal, onde ficava a porta de entrada do compartimento de Auan, que eles denominaram de palácio real, era revestida com bambus de cor verde, enquanto nas laterais e na parte de trás, onde era a porta de entrada do compartimento dos anciãos, o revestimento das paredes tinha a cor amarela.
Quem comparava as outras casas com a nova, percebia uma discrepância tão grande entre elas, que se poderia chamar a casa nova verdadeiramente de palácio real.
Ormec tinha um porte atlético, ombros largos, braços roliços e fortes, de quem estava acostumado a se exercitar, mas tinha um olhar meigo, infantil, que fazia com que sua imagem lhe desse um toque de aparente ingenuidade. Como ele se misturava sempre com as crianças, sentando-se com elas, às vezes se confundia com elas. Mas quem reparasse melhor, veria nele um olhar reflexivo, de uma sábia ingenuidade.
Ele chamou suas mulheres e as crianças filhos delas, a quem ele tratava também de meus enteados, para irem à mata buscar plantas e sementes, porque sua intenção era formar uma horta e pomar na aldeia, onde pudessem catar frutos, hortaliças e plantas medicinais.
Entraram em um bosque, ele seguido por Maab, N'Alida e Caaj e as quatro crianças. Logo Ormec encontrou um tubérculo , quando ensinou:
- Dessa raiz brota as mais lindas flores, de um caule que se forma como um copo de cor roxa clara, onde de dentro deste copo, cresce uma protuberância roxo escura, serviria para plantarmos um canteiro em volta do palácio... Todos cataram as raízes que as mulheres denominavam de batatas. Uma menina mostrou, apontando:
- Olha lá, a flor roxa!
Então Ormec, com todo o cuidado, retirou a muda do tubérculo com a flor e separou numa sacola.
Mais na frente parou em frente a uma árvore onde pendiam orquídeas amarelas que formavam cachos, ele disse para as mulheres o seu nome regional e colheu as mudas para implantá-las nas árvores da aldeia, e explicou:
- Essa é uma parasita fácil de se encontrar, mas de uma beleza rara, chamam-na de cachos de ouro!
Quando retornaram, estavam com o embornal repleto de sementes, tubérculos, flores e plantas medicinais.
Maab lhe perguntou:
- Ormec, existe alguma planta que se possa fazer um chá para evitar ter filhos?
- Existe uma florzinha branca, de uma planta rasteira que chamam de sapeca que serve para essa finalidade, mas ela é perigosa, porque se a mulher já estiver grávida, ela se torna abortiva, e em determinadas circunstâncias, quem tomou pode até morrer... A natureza é sábia, Maab, e não deve ser contrariada, se a mulher se engravidar, deve deixar nascer, se ela for fértil, deve deixar se engravidar, e o melhor método para evitar de se ter filhos, querida, é não fazer amor!
- Vamos cortar bambus, todos do mesmo tamanho, incentivava Malec.
- Nós cortamos os bambus e você toca flauta? Vamos trocar, me dê essa flauta que lhe dou o serrote...
- Está certo, me dê o serrote, vou lhe mostrar como você é vagarosa... Comigo mulher mole não tem vez!
Pegou o serrote e cortou várias peças. Depois havia que se abrir os bambus em meia cana, e colocá-los, um ao lado do outro, prendendo-os com o barro. Quando a parede ficou toda revestida, a impressão que deu, era que a casa era toda feita de madeira.
A parede frontal, onde ficava a porta de entrada do compartimento de Auan, que eles denominaram de palácio real, era revestida com bambus de cor verde, enquanto nas laterais e na parte de trás, onde era a porta de entrada do compartimento dos anciãos, o revestimento das paredes tinha a cor amarela.
Quem comparava as outras casas com a nova, percebia uma discrepância tão grande entre elas, que se poderia chamar a casa nova verdadeiramente de palácio real.
Ormec tinha um porte atlético, ombros largos, braços roliços e fortes, de quem estava acostumado a se exercitar, mas tinha um olhar meigo, infantil, que fazia com que sua imagem lhe desse um toque de aparente ingenuidade. Como ele se misturava sempre com as crianças, sentando-se com elas, às vezes se confundia com elas. Mas quem reparasse melhor, veria nele um olhar reflexivo, de uma sábia ingenuidade.
Ele chamou suas mulheres e as crianças filhos delas, a quem ele tratava também de meus enteados, para irem à mata buscar plantas e sementes, porque sua intenção era formar uma horta e pomar na aldeia, onde pudessem catar frutos, hortaliças e plantas medicinais.
Entraram em um bosque, ele seguido por Maab, N'Alida e Caaj e as quatro crianças. Logo Ormec encontrou um tubérculo , quando ensinou:
- Dessa raiz brota as mais lindas flores, de um caule que se forma como um copo de cor roxa clara, onde de dentro deste copo, cresce uma protuberância roxo escura, serviria para plantarmos um canteiro em volta do palácio... Todos cataram as raízes que as mulheres denominavam de batatas. Uma menina mostrou, apontando:
- Olha lá, a flor roxa!
Então Ormec, com todo o cuidado, retirou a muda do tubérculo com a flor e separou numa sacola.
Mais na frente parou em frente a uma árvore onde pendiam orquídeas amarelas que formavam cachos, ele disse para as mulheres o seu nome regional e colheu as mudas para implantá-las nas árvores da aldeia, e explicou:
- Essa é uma parasita fácil de se encontrar, mas de uma beleza rara, chamam-na de cachos de ouro!
Quando retornaram, estavam com o embornal repleto de sementes, tubérculos, flores e plantas medicinais.
Maab lhe perguntou:
- Ormec, existe alguma planta que se possa fazer um chá para evitar ter filhos?
- Existe uma florzinha branca, de uma planta rasteira que chamam de sapeca que serve para essa finalidade, mas ela é perigosa, porque se a mulher já estiver grávida, ela se torna abortiva, e em determinadas circunstâncias, quem tomou pode até morrer... A natureza é sábia, Maab, e não deve ser contrariada, se a mulher se engravidar, deve deixar nascer, se ela for fértil, deve deixar se engravidar, e o melhor método para evitar de se ter filhos, querida, é não fazer amor!