A Aldeia (XVIII)
Oriano era um menino levado, sempre foi criado solto, brincava, corria e liderava os demais nas brincadeiras, era o único filho de Kally que o deixava nas mãos das anciãs que cuidavam de sua alimentação, mas já não tinham o rigor necessário para coibir as suas estripulias. Como era muito novo, só tinha dez anos, todos eram condescendentes para com ele, na esperança de que, com a vinda da adolescência, ele mudasse seu comportamento.
Malec gostava das crianças e as crianças gostavam de Malec, seguiam-no enquanto tocava sua flauta, como os ratos faziam no Flautista de Hamelin. Malec parava e as crianças o rodeavam, queriam ouvir suas estórias e ele falava sobre o flautista que encantava os ratos e fez com que eles mergulhassem num rio e morressem afogados. E livrou a cidade de Hamelin da peste dos ratos...
Enquanto os meninos e meninas o ouviam e aprendiam as notas da flauta, toda a aldeia ficava tranquila porque sabiam que estavam livres dos problemas que os petizes aprontavam.
Todas as guerreiras acompanhavam Isaac e Ormec na construção da casa que foi apelidada de palácio real. Era um trabalho de muitas mãos, eles não queriam fazer uma simples casa como as quatro que já existiam.
Procuraram, além do barro e da fibra, cortar bambus para dar o acabamento final, sabia-se que ia dar muito trabalho para cortar os bambus, porque eles são muito resistentes e duros. Mas as mulheres estavam se revelando ótimas em construção. Isaac saía com as quatro mulheres para cortar os bambus na mata, ele deixava três mulheres cortando bambus enquanto ele ficava namorando a outra. Com as varetas dos bambus eles faziam os escoramentos das paredes, cruzando-as e prendendo-as com cipós para fazer uma trama firme, e depois os intervalos eram recheados com o barro socado com fibras de capim seco, e assim as paredes iam se formando. Depois que a primeira parede ficou em pé, Iod comentou:
- Vai virar uma casa comum!
Então Ormec lhe mostrou, retirou alguns bambus amarelos e outros verdes que haviam sido cortados em forma de meia cana e colocou-os verticalmente sobre a parede, dando um arremate colorido e diferenciando-a das paredes das outras casas.
- É assim que vai virar um palácio real, com certeza!
Quando estavam em plena faina, ouviram uns gritos:
- Corre, corre, eles fugiram!
Quando foram ver, Oriano havia aberto a porta do capril e as cabras, cabritos e bodes haviam saído.
Foi uma correria geral para arrebanhar a cabritada e fazer com que elas voltassem para o cercado.
Depois de muito correr ainda ficaram uns cabritos do lado de fora, mas com o esforço de Isaac, Ormec e Malec, juntamente com as mulheres, conseguiram arrebanhá-los.
Era no momento em que as guerreiras pescadoras estavam voltando com seus peixes.
Oriano era um menino levado, sempre foi criado solto, brincava, corria e liderava os demais nas brincadeiras, era o único filho de Kally que o deixava nas mãos das anciãs que cuidavam de sua alimentação, mas já não tinham o rigor necessário para coibir as suas estripulias. Como era muito novo, só tinha dez anos, todos eram condescendentes para com ele, na esperança de que, com a vinda da adolescência, ele mudasse seu comportamento.
Malec gostava das crianças e as crianças gostavam de Malec, seguiam-no enquanto tocava sua flauta, como os ratos faziam no Flautista de Hamelin. Malec parava e as crianças o rodeavam, queriam ouvir suas estórias e ele falava sobre o flautista que encantava os ratos e fez com que eles mergulhassem num rio e morressem afogados. E livrou a cidade de Hamelin da peste dos ratos...
Enquanto os meninos e meninas o ouviam e aprendiam as notas da flauta, toda a aldeia ficava tranquila porque sabiam que estavam livres dos problemas que os petizes aprontavam.
Todas as guerreiras acompanhavam Isaac e Ormec na construção da casa que foi apelidada de palácio real. Era um trabalho de muitas mãos, eles não queriam fazer uma simples casa como as quatro que já existiam.
Procuraram, além do barro e da fibra, cortar bambus para dar o acabamento final, sabia-se que ia dar muito trabalho para cortar os bambus, porque eles são muito resistentes e duros. Mas as mulheres estavam se revelando ótimas em construção. Isaac saía com as quatro mulheres para cortar os bambus na mata, ele deixava três mulheres cortando bambus enquanto ele ficava namorando a outra. Com as varetas dos bambus eles faziam os escoramentos das paredes, cruzando-as e prendendo-as com cipós para fazer uma trama firme, e depois os intervalos eram recheados com o barro socado com fibras de capim seco, e assim as paredes iam se formando. Depois que a primeira parede ficou em pé, Iod comentou:
- Vai virar uma casa comum!
Então Ormec lhe mostrou, retirou alguns bambus amarelos e outros verdes que haviam sido cortados em forma de meia cana e colocou-os verticalmente sobre a parede, dando um arremate colorido e diferenciando-a das paredes das outras casas.
- É assim que vai virar um palácio real, com certeza!
Quando estavam em plena faina, ouviram uns gritos:
- Corre, corre, eles fugiram!
Quando foram ver, Oriano havia aberto a porta do capril e as cabras, cabritos e bodes haviam saído.
Foi uma correria geral para arrebanhar a cabritada e fazer com que elas voltassem para o cercado.
Depois de muito correr ainda ficaram uns cabritos do lado de fora, mas com o esforço de Isaac, Ormec e Malec, juntamente com as mulheres, conseguiram arrebanhá-los.
Era no momento em que as guerreiras pescadoras estavam voltando com seus peixes.