A Aldeia (X)
Naquela noite fizeram a festa da água. Já haviam colocado as pedras em volta da boca da cacimba, eram pedras pesadas, umas sobre as outras, que faziam uma barreira de proteção evitando a entrada de pequemos animais, faltando somente a confecção da tampa. As crianças começaram brincando e cantando músicas folclóricas locais e em pouco tempo os idosos começaram a bater palmas e as mulheres a dançar, requebrando-se, rebolando e fazendo movimentos rítmicos com os braços. Logo apareceram os tambores para marcar o ritmo. De dentro de uma das casas surgiu um cheiro ativo, eram ervas que estavam sendo fervidas. As bebidas foram servidas e todas beberam e ficaram eufóricas, e aumentaram a vontade de comemorarem a água da cacimba.
Auan, cansado pelas atividades pela simulação do ataque da fera, foi descansar e dormiu. Nesse intervalo uma das mulheres separou um naco da carne do veado, acendeu o fogo e fez um churrasco. O cheiro foi levado longe pelo vento e quando já estavam terminando de comer a carne, ouviram um barulho diferente, eram os urros de uma leoa, que atraída pelo odor, veio também atrás da sua parte.
Houve uma correria generalizada e a leoa foi direto para o cercado das cabras, mas com o barulho Auan acordou e foi ver o que estava acontecendo.
Somente três guerreiras foram buscar suas lanças, quando Auan percebeu, estava frente a frente com a leoa, mas ela estava focada nas cabras, que eram as presas mais fáceis.
Auan deu um grito:
- Guerreiras, a postos! Lanças nas mãos! Toquem os tambores! Avancem!
As três guerreiras, as irmãs Caaleje e Caalebe, e Kaaly estavam na linha de frente, enfrentando com gritos e avançando contra a leoa.
Ela que já estava pronta para dar o bote em uma das cabras, voltou-se e encarou as três guerreiras com a altivez de uma rainha, mas elas não recuaram, pelo contrário, gritaram mais alto e apontaram suas armas para a fera.
As outras guerreiras, incitadas por Auan, também avançaram de armas em punho, e a leoa, acuada, procurou uma saída, dando no entanto, um urro assustador, como se fizesse uma ameaça para uma outra investida.
Quando a leoa recuou e procurou escapar, as guerreiras sentindo-se vitoriosas, avançaram em sua direção aos gritos, junto com o retumbar dos tambores, e ela se escafedeu para dentro da mata, onde se pode ver que ela não estava só, existia uma segunda leoa, ainda jovem na incursão.
Auan reuniu as guerreiras, que ainda excitadas pelo acontecimento, não paravam de falar e não permitiam que ele falasse:
- Guerreiras, atenção! Guerreiras, atenção, parem de falar, por favor!
O que vocês fizeram foi muito grave, isso não pode ocorrer novamente! Vocês açularam os sentidos da fera, não se deve assar carne ao ar livre, o cheiro vai longe, nós tivemos sorte, podiam ter aparecido dez leões aqui, ao mesmo tempo e não teríamos como nos defender. Agora elas já sabem que aqui tem cabras num cercado, que são presas fáceis e elas vão querer voltar.
Vocês foram muito ingênuas, esses animais são muito perigosos e inteligentes, nós temos um inimigo poderoso à nossa frente, e não poderemos nos descuidar. Por causa desse nosso erro vamos ter de manter uma vigilância noturna pelo mesmos durante uma semana, porque elas vão tentar voltar e se estivermos dormindo poderão querer entrar em nossas casas e causar uma tragédia.
Hoje as duas que tiveram treinamento de campo, as irmãs, ficarão junto com Aulah em prontidão.
Naquela noite fizeram a festa da água. Já haviam colocado as pedras em volta da boca da cacimba, eram pedras pesadas, umas sobre as outras, que faziam uma barreira de proteção evitando a entrada de pequemos animais, faltando somente a confecção da tampa. As crianças começaram brincando e cantando músicas folclóricas locais e em pouco tempo os idosos começaram a bater palmas e as mulheres a dançar, requebrando-se, rebolando e fazendo movimentos rítmicos com os braços. Logo apareceram os tambores para marcar o ritmo. De dentro de uma das casas surgiu um cheiro ativo, eram ervas que estavam sendo fervidas. As bebidas foram servidas e todas beberam e ficaram eufóricas, e aumentaram a vontade de comemorarem a água da cacimba.
Auan, cansado pelas atividades pela simulação do ataque da fera, foi descansar e dormiu. Nesse intervalo uma das mulheres separou um naco da carne do veado, acendeu o fogo e fez um churrasco. O cheiro foi levado longe pelo vento e quando já estavam terminando de comer a carne, ouviram um barulho diferente, eram os urros de uma leoa, que atraída pelo odor, veio também atrás da sua parte.
Houve uma correria generalizada e a leoa foi direto para o cercado das cabras, mas com o barulho Auan acordou e foi ver o que estava acontecendo.
Somente três guerreiras foram buscar suas lanças, quando Auan percebeu, estava frente a frente com a leoa, mas ela estava focada nas cabras, que eram as presas mais fáceis.
Auan deu um grito:
- Guerreiras, a postos! Lanças nas mãos! Toquem os tambores! Avancem!
As três guerreiras, as irmãs Caaleje e Caalebe, e Kaaly estavam na linha de frente, enfrentando com gritos e avançando contra a leoa.
Ela que já estava pronta para dar o bote em uma das cabras, voltou-se e encarou as três guerreiras com a altivez de uma rainha, mas elas não recuaram, pelo contrário, gritaram mais alto e apontaram suas armas para a fera.
As outras guerreiras, incitadas por Auan, também avançaram de armas em punho, e a leoa, acuada, procurou uma saída, dando no entanto, um urro assustador, como se fizesse uma ameaça para uma outra investida.
Quando a leoa recuou e procurou escapar, as guerreiras sentindo-se vitoriosas, avançaram em sua direção aos gritos, junto com o retumbar dos tambores, e ela se escafedeu para dentro da mata, onde se pode ver que ela não estava só, existia uma segunda leoa, ainda jovem na incursão.
Auan reuniu as guerreiras, que ainda excitadas pelo acontecimento, não paravam de falar e não permitiam que ele falasse:
- Guerreiras, atenção! Guerreiras, atenção, parem de falar, por favor!
O que vocês fizeram foi muito grave, isso não pode ocorrer novamente! Vocês açularam os sentidos da fera, não se deve assar carne ao ar livre, o cheiro vai longe, nós tivemos sorte, podiam ter aparecido dez leões aqui, ao mesmo tempo e não teríamos como nos defender. Agora elas já sabem que aqui tem cabras num cercado, que são presas fáceis e elas vão querer voltar.
Vocês foram muito ingênuas, esses animais são muito perigosos e inteligentes, nós temos um inimigo poderoso à nossa frente, e não poderemos nos descuidar. Por causa desse nosso erro vamos ter de manter uma vigilância noturna pelo mesmos durante uma semana, porque elas vão tentar voltar e se estivermos dormindo poderão querer entrar em nossas casas e causar uma tragédia.
Hoje as duas que tiveram treinamento de campo, as irmãs, ficarão junto com Aulah em prontidão.