A Aldeia (IX)
- Você é meu! Você é só meu! Quero você só para mim! Você é o meu gostoso!
- Calma menina!
- É isso mesmo, você é meu! Só meu...
Um sentimento de dubiedade tomou conta de Auan, assim como ele se sentia orgulhoso de estar com seu velho corpo despertando aquele sentimento numa jovem mulher, por outro lado ele se sentiu assustado com o tratamento de propriedade, como ela o estava tratando... E enquanto ele pedia calma, mais ela lhe declarava:
- Você é meu, só meu!
- Vamos, Kally, vamos nos ajeitar, senão poderemos ser vistos...
- Que sejamos vistos, quero que todas saibam que você é meu...
- Vamos meu bem, vamos sair...
De manhã, Ewana dançava em volta da cacimba, pulava e dizia:
- Vamos fazer a festa da água, joga água em mim!
- Isso mesmo, Ewana, vamos fazer a festa da água! Logo mais faremos uma festa em volta da cacimba, lhe disse Ewa
- Vocês podem fazer a festa, mas antes vamos ter que proteger a boca da cacimba, disse Auan, porque uma dessas crianças vão acabar caindo lá dentro e pode causar uma tragédia!
Aliás, Ewa, preciso conversar contigo, com Marmah e com N'Wana.
- Tudo bem, vou chamá-las.
As outras duas guerreiras chegaram e Auan lhes disse:
- Nós já temos as nossas armas e gostaria de fazer um treinamento com todas as meninas, para o caso de sermos atacados por um leão. Os guerreiros sabiam o que fazer mas vocês não sabem.
- Tudo bem, vou convocar as meninas.
As duas chegaram e Auan lhes explicou os motivos que o levaram a pensar em fazer um treinamento com as guerreiras simulando o ataque de um leão. ..
Quando todas as guerreiras estavam presentes, ele lhes disse:
- Todos os guerreiros nos defendiam e sabiam o que fazer no caso de um ataque por um leão ou outra fera. Nós não nos preocupávamos porque estávamos protegidos. Quando um leão ou outra fera estiver ameaçando a nossa aldeia, todos têm que saber o que fazer, saber o seu papel, porque senão a fera percebendo que não vai correr nenhum perigo, vai se tornar mais abusada, e acabar entrando em nossas cabanas, tornando-se um risco muito maior.
- E o que devemos fazer, perguntou Marmah.
- Nós temos que ter uma unidade de defesa, cada um deverá saber o que fazer, as crianças e idosos têm que ficar dentro das cabanas, não poderão sair, cada cabana deverá ter pelo menos três guerreiras com lanças en sua defesa, assim as guerreiras vão ameaçar a fera, e uma quarta deve fazer barulho com um tambor. Vamos ter de fazer muito barulho para assustá-la mas sempre deixando um espaço para que ela possa fugir, não podemos encurralá-la, nunca devemos acuá-la. Naquele dia fizeram um simulado do ataque de uma leoa, e todas ficaram sabendo o que fazer no caso de um ataque.
- Você é meu! Você é só meu! Quero você só para mim! Você é o meu gostoso!
- Calma menina!
- É isso mesmo, você é meu! Só meu...
Um sentimento de dubiedade tomou conta de Auan, assim como ele se sentia orgulhoso de estar com seu velho corpo despertando aquele sentimento numa jovem mulher, por outro lado ele se sentiu assustado com o tratamento de propriedade, como ela o estava tratando... E enquanto ele pedia calma, mais ela lhe declarava:
- Você é meu, só meu!
- Vamos, Kally, vamos nos ajeitar, senão poderemos ser vistos...
- Que sejamos vistos, quero que todas saibam que você é meu...
- Vamos meu bem, vamos sair...
De manhã, Ewana dançava em volta da cacimba, pulava e dizia:
- Vamos fazer a festa da água, joga água em mim!
- Isso mesmo, Ewana, vamos fazer a festa da água! Logo mais faremos uma festa em volta da cacimba, lhe disse Ewa
- Vocês podem fazer a festa, mas antes vamos ter que proteger a boca da cacimba, disse Auan, porque uma dessas crianças vão acabar caindo lá dentro e pode causar uma tragédia!
Aliás, Ewa, preciso conversar contigo, com Marmah e com N'Wana.
- Tudo bem, vou chamá-las.
As outras duas guerreiras chegaram e Auan lhes disse:
- Nós já temos as nossas armas e gostaria de fazer um treinamento com todas as meninas, para o caso de sermos atacados por um leão. Os guerreiros sabiam o que fazer mas vocês não sabem.
- Tudo bem, vou convocar as meninas.
As duas chegaram e Auan lhes explicou os motivos que o levaram a pensar em fazer um treinamento com as guerreiras simulando o ataque de um leão. ..
Quando todas as guerreiras estavam presentes, ele lhes disse:
- Todos os guerreiros nos defendiam e sabiam o que fazer no caso de um ataque por um leão ou outra fera. Nós não nos preocupávamos porque estávamos protegidos. Quando um leão ou outra fera estiver ameaçando a nossa aldeia, todos têm que saber o que fazer, saber o seu papel, porque senão a fera percebendo que não vai correr nenhum perigo, vai se tornar mais abusada, e acabar entrando em nossas cabanas, tornando-se um risco muito maior.
- E o que devemos fazer, perguntou Marmah.
- Nós temos que ter uma unidade de defesa, cada um deverá saber o que fazer, as crianças e idosos têm que ficar dentro das cabanas, não poderão sair, cada cabana deverá ter pelo menos três guerreiras com lanças en sua defesa, assim as guerreiras vão ameaçar a fera, e uma quarta deve fazer barulho com um tambor. Vamos ter de fazer muito barulho para assustá-la mas sempre deixando um espaço para que ela possa fugir, não podemos encurralá-la, nunca devemos acuá-la. Naquele dia fizeram um simulado do ataque de uma leoa, e todas ficaram sabendo o que fazer no caso de um ataque.